“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (24/02/09)

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24  de fevereiro de 2009
Por Jim Dawson
Inside Science News Service

As Formigas, na Hora do “Rush”, Mantém a Velocidade e Evitam Engarrafamentos

Pesquisadores que estudam “movimentos coletivos semelhantes ao tráfego” em fomigas, descobriram que as formigas que se deslocam em colunas, em sua própria versão de uma rodovia, mantém um correto espaçamento entre si e, como resultado, conseguem se manter em uma velocidade máxima. “As formigas formam grandes sistemas de trilhas que têm características em comum com as malhas viárias”, dizem os cientistas. Uma coluna de formigas que se deslocam ao longo de uma trilha “podem manter a estabilidade por horas ou dias e podem ser consideradas análogas a uma auto-estrada”, prosseguem eles. Os quatro pesquisadores, de universidades da Alemanha, Japão e Índia, estudaram formigas que se moviam em uma mesma direção, empregando processos adaptados daqueles de medição de fluxo do tráfego humano, para estudar “as similaridades e diferenças entre o tráfego veicular e o tráfego das formigas”. Uma vez que as formigas mantém um espaçamento adequado, os pesquisadores concluiram que “não ocorrem engarrafamentos”, independentemente de se as formigas estivessem se movendo rapida ou lentamente. Como as formigas conseguem fazer o que pessoas, xingando e esbravejando na hora do “rush”, parecem incapazes de fazer? “O comportamento social das formigas . . . indica a possibilidade de que a evolução biológica tenha otimizado o tráfego das formigas”, concluem os pesquisadores. O trabalho será publicado em uma edição futura de Physical Review Letters.

Planta Doméstica Pode Ter a Chave para o Tratamento do Antraz

Pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, ao pesquisarem como um patógeno bacteriano ataca a Violeta Africana, uma planta doméstica comum, descobriram que um mecanismo usado pelo patógeno para retirar ferro da planta, é similar a um mecanismo usado pela bactéria do antraz quando esta ataca uma pessoa. A descoberta foi feita quando uma equipe de pesquisadores que estudava a Violeta Africana percebeu que o patógeno empregava uma certa enzima e um processo químico para se ligar ao ácido cítrico, um componente crítico para a ligação com o ferro para a bactéria. Bloqueando o processo, os pesquisadores foram capazes de impedir que a bactéria subtraisse o ferro e salvassem a planta.

Uma segunda equipe de pesquisadores da mesma universidade, então, estabeleceu uma correlação com um processo muito similar, usado pela bactéria do antraz para ligar o ácido cítrico para subtrair o ferro, como parte de seu processo infeccioso nas pessoas. Tanto as enzimas do antraz, como as da Violeta Africana reconhecem o ácido cítrico pelo mesmo processo, o que significa que uma estratégia comum pode ser usada para bloquear tanto o antraz como o patógeno da Violeta Africana, sustentam os pesquisadores. Os artigos sobre as Violetas Africanas e o Antraz foram publicados em Nature Chemical Biology e Chemical Communications, respectivamente.

O Sistema Elétrico Pode Manejar uma Energia Eólica Variável

Os ventos podem soprar com força, suavemente, não ventar de todo, ou qualquer coisa nesse intervalo. Um dos problemas para a integração de sistemas de energia eólica de larga escala é que os sistemas elétricos precisam de uma geração de energia confiável e estável. O conflito entre a variabilidade da energia eólica e a previsibilidade das usinas elétricas tradicionais pode ser gerenciado pela rede, conquanto previsões atualizadas dos ventos mantenham os gerentes da geração de eletricidade avisados quanto ao que em pela frente, de acordo com uma pesquisa realizada por um cientista da Universidade Delft de Tecnologia na Holanda. O pesquisador, Bart Ummels, descobriu que as usinas da Holanda são capazes de gerenciar as variações na demanda por eletricidade e a quantidade de energia eólica, usando as previsões de ventos. Empregando simulações, ele descobriu que há energia eólica suficiente para prover cerca de um terço das demandas de eletricidade da Holanda e a principal questão não é o que fazer quando o vento não sopra, mas o que fazer com o excedente da eletricidade gerada. Embora as usinas de energia tradicionais tenham, algumas vezes, de aumentar sua produção para suprir a falta de ventos, com mais frequência elas terão que diminuir sua vazão para criar espaço para a energia gerada por fontes eólicas.  Ummels sugere que haverá um excedente tão grande de eletricidade gerada por usinas eólicas que a energia poderá ser vendida no mercado internacional de eletricidade.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

Discussão - 2 comentários

  1. Veri disse:

    Oi, João!!
    Adorei essa das formigas!!!
    Elas passam o tempo todo trabalhando, não reclamam e ainda são organizadas... além do que algumas espécies só "mordem" quando são atacadas...
    Seria a sociedade das formigas uma utopia pra humanidade?...rs
    Bjo!

  2. João Carlos disse:

    Sei não, Veri!... A sociedade das formigas me parece meio "sem-sal"... Mas a sociedade humana bem que podia ser menos individualista!
    Beijo!
    PS: deletei seu outro comentário, mas anotei a dica.

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