“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (16/03/09)

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16 de março de 2009
Por Jim Dawson
Inside Science News Service
Estresse danifica uma área crítica do cérebro

Altos níveis de estresse, tais como os experimentados por soldados em combate, parecem causar um encolhimento dos neurônios e uma redução nas conexões sinápticas em uma parte chave do cérebro relacionada com depressão e súbitas mudanças de ânimo — é o que diz um artigo de um grupo de pesquisas liderado por Tibor Hajszan, um cientista da Universidade Yale, em New Haven, Connecticut. Usando um modelo animal para Transtorno por Estresse Pós-traumático (TEPT), os pesquisadores descobriram que as reduções das sinapses relacionadas com o estresse no hipocampo estão diretamente relacionadas à emergência do comportamento depressivo. As mudanças relacionadas com o estresse causam uma redução real das áreas afetadas no cérebro e as desconexões resultantes entre as sinapses no cérebro “pode ter importantes consequências comportamentais”, declara Hajszan. A boa notícia trazida pela pesquisa é que parece ser possível restaurar as sinapses em questão de minutos ou horas, “o que abre novas excitantes avenidas para o desenvolvimento de anit-depressivos de rápida ação que podem dar alívio imediato dos sintomas depressivos”, prossegue Hajszan. Sua equipe está realizando novos estudos para estabelecer a ligação entre os efeitos do estresse no cérebro e os soldados que retornam do Iraque e Afeganistão com diagnósticos de lesões traumáticas cerebrais leves ou síndrome pós-concussiva. O estudo está na edição corrente de Biological Psychiatry.

Crianças nas lojas influenciam fortemente as compras dos pais

Pais que levam seus filhos consigo quando vão fazer compras em supermercado, normalmente subestimam em até metade a quantidade de itens que eles compram para agradar as crianças. Pesquisadores do departamento de marketing da Universidade de Viena, Áustria, observaram sem interferir 178 pais fazendo compras com seus filhos entre as idades de 3 a 14 anos em supermercados austríacos e descobriram que os pais subestimam significativamente o número de compras induzidas pelas crianças. Os pesquisadores observaram que mais pedidos de compras eram feitos quando as crianças eram mais moças, quando os produtos eram colocados ao nível dos olhos das crianças e quando seus movimentos não ficavam restritos por estarem sentadas no banquinho do carrinho de compras. Muitos negociantes estão cientes desse fenômeno, dizem os pesquisadores, e colocam estrategicamente doces e pequenos brinquedos nas prateleiras de baixo. Eles descobriram também que os pais tendem a conceder mais às demandas das crianças se o produto puder ser consumido dentro do mercado e provavelmente manterá a criança ocupada. A melhor maneira para os pais reduzirem o número de pedidos de compras dos filhos é por a criança sentada no carrinho de frente para os pais, restringindo assim seu campo de visão, afirmam os pesquisadores. “Crianças sentadas no carrinho também tendem a incomodar menos os pais com pedidos de compras”, declarou o pesquisador de marketing Claus Ebster. O estudo foi publicado no Journal of Retailing and Consumer Services.

Moscas podem disseminar bactérias resistentes a drogas

Moscas domésticas que se juntem perto de instalações de avicultura, onde os antibióticos são maciçamente empregados, podem contribuir para a dispersão de bactérias resistentes a dorgas e aumentar o potencial de exposição de pessoas a essas bactérias, afirmam os cientistas da Escola de Saúde Pública Bloomberg, em Baltimore, da Universidade Johns Hopkins. Estudos anteriores estabeleceram uma ligação entre o emprego de antibióticos na avicultura e o encontro de bactérias resistentes a drogas em trabalhadores rurais, produtos de consumo de origem avícola e no meio ambiente do entorno dos estabelecimentos de avicultura. Mas este estudo pesquisou as moscas que vicejam nos dejetos da produção avícola e encontrou dois tipos de bactérias resistentes a antibióticos tanto nas moscas como nos dejetos. “Embora não tenhamos quantificado diretamente a contribuição das moscas para os riscos de exposição das pessoas, nossos resultados sugerem que moscas em áreas de produção intensiva podem disseminar eficazmente organismos resistentes por grandes distâncias”, declarou Ellen Silbergeld, a pesquisadora líder do estudo. Robert Lawrence, diretor do Centro Johns Hopkins para um Futuro Vivível, declarou que “um aumento de bactérias resistentes a antibióticos é uma grande ameaça à saúde pública e os legisladores deveriam restringir e banir rapidamente o uso de antimicrobianos para uso não terapêutico em animais destinados à alimentação”.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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