“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (07/04/09)

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7 de abril de 2009,
Por Jim Dawson
Inside Science News Service


À procura do aquecimento global — um projeto de ciências para todos nós outros

Pesquisadores do Serviço de Pesquisa Geológica dos EUA (U.S. Geological Survey) e outras organizações estão procurando voluntários para auxiliar o rastreamento do impacto do aquecimento global sobre o ecossistema, mediante a observação e relato de quando se abrem os botões de flores. Ao entrar em seu segundo ano, o “Projeto Floração” (“Project BudBurst”) está coletando dados colhidos por milhares de voluntários que escolhem o tipo de planta que querem observar e relatam quano os botões das plantas se abrem. Quando os participantes enviam suas observações online, podem visualizar mapas de fases da abertura dos botões ao longo do país. No ano passado foram relatadas online 4.861 observações de todos os estados, exceto do Hawaii. “Quando esses dados são coletados por vários anos a fio, eles revelam indícios de como as variações no tempo afetam plantas e animais em nosso ambiente”, declara Carol Brewer, professora de biologia da Universidade de Montana e co-fundadora do programa de observação dos botões. Ela diz que, eventualmente, “poderemos procurar por sinais de mudanças climáticas nos tempos de abetura das folhas e das flores”. Os cientistas aprenderam que algmas plantas respondem a temperaturas mais altas extendendo suas estações de crescimento — dando botões alguns dias mais cedo a cada estação e permanecendo por mais alguns dias. Um dos problemas que está sendo causado pelas mudanças na estação de crescimento, causado pelo aquecimento global, é que os insetos polinizadores, tais como abelhas, baseiam seus ciclos na luz do Sol, não na temperatura. Se as flores se abrirem antes da hora esperada pelos insetos, a polinização não acontece. O projeto pode ser encontrado nesta página: http://www.windows.ucar.edu/citizen_science/budburst/

Fumantes cronicamente doentes ainda têm dificuldades para deixar de fumar

Fumantes que sofrem de sérias doenças, inclusive câncer e doenças cardíacas, são m segmento desproporcionalmente grande dos atuais fumantes, são alguns dos fumantes mais viciados e frequentemente continuam fumando a despeito de estarem doentes. “O bom senso deveria ser capaz de fazer alguém parar de fumar se tiver uma doença grave, porém mais da metade dos fumantes que receberam a pouco tempo um diagnóstico de câncer, continuam fumando”, diz Michael Steinberg, diretor médico do Programa de Dependência de Tabaco na Universidade de Medicina e Odontologia de Nova Jersey. “Nossa pequisa ilustra o quanto terrivelmente viciante o tabaco é, mas esse vício pode ser superado se adequamente tratado”. A despeito do poder do vício, Steinberg descobriu que mais de um terço das pessoas por ele estudadas foram capazes de deixar de fumar por ao menos seis meses, se recebessem uma combinação de medicamentos para deixar de fumar e que esses medicamentos fossem usados por um tempo maior do que o usual. A equipe de Steinberg dividiu 127 fumantes com doenças sérias em dois grupos.

Um grupo foi tratado com adesivos de nicotina pelo período padrão de 10 semanas. O outo grupo foi tratado com os adesivos, inaladores de nicotina e o anti-depressivo bupropion, usualmente empregado nos casos de dependência de tabaco. Após 26 semanas, 35 % dos que receberam a terapia combianda tinham deixado de fumar, enquanto apenas 19 % do grupo “somente adesivo” tinham-no feito. “Pessoas com doenças sérias e que continuam fumando, poderão viver mais e ter uma maior qualidade de vida se receberem um tratamento agressivo para sua dependência do tabaco”, declarou Steinberg. Ele recomendou que os planos de saúde estendam o período em que cobrem as despesas com a terapia para o tabagismo. “A dependência do tabaco deve ser tratada como qualquer outra doença crônica”, acrescenta ele. Seu artigo foi publicado em Annals of Internal Medicine.

Supercondutores podem ampliar a energia eólica

As companhias de energia elétrica dos EUA e Europa, trabalhando em conjunto com laboratórios de pesquisa dos governos, esperam conseguir dobrar a potência dos geradores eólicos de eletricidade existentes, usando fiação supercondutora de alta temperatura nas turbinas. A energia eólica é produzida quando as lâminas rotatórias de uma turbina fazem girar magnetos em torno de uma bobina em um gerador. Empregando-se fios super-condutores, o gerador poderia alcançar 100 vezes a atual densidade de corrente com os fios de cobre comuns. Companhias nos EUA, Alemanha, Grã-bretanha e Dinamarca estão todas trabalhando para criar turbinas eólicas comerciais que possam gerar 10 megawatts ou mais e, ainda assim, serem mais ou menos do mesmo tamanho e peso das turbinas eólicas existentes que são capazes de gerar apenas de 5 a 6 megawatts. O “Projeto Super-vento”, conduzido pelo Laboratório Nacional para Energia Sustentável da Dinamarca, está perto de concluir a construção de uma turbina com supercondutores de alta temperatura com uma potência um pouco menor, para realizar pesquisas. Essa turbina será um primeiro passo para a máquina de 10 megawatts. A Dinamarca gera 20% de sua eletricidade a partir de usinas eólicas — mais do que qualquer outro país. Além do apoio das agências governamentais dos EUA e vários países europeus, as turbinas eólicas de supercondutores de alta temperatura têm o apoio de vários grupos industriais e ecológicos, segundo um relatório publicado na edição corrente de Physics Today.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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