O Ministro Stephanes resolveu dar uma de Lobão
Perdidinha no meio do noticiário (alarmista e desorientador, diga-se de passagem) sobre a “Gripe Suína”, apareceu no Jornal do Brasil – on line essa reportagem, assinada por Lúcia Nório da Agência Brasil: Stephanes apresenta propostas para aperfeiçoar a legislação ambiental.
Oooops! O ministro da agricultura querendo aperfeiçoar legislação ambiental?… mau cheiro no ar… e a reportagem já começa assim:
Uma das sugestões é manter a permissão de atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs) já consolidadas (topos de morro,
encostas e várzeas)
Peraí!… Afinal a área é para ser de “preservação permanente”, ou não?… Eu acho que o Ministro se confundiu e quer preservar permanentemente qualquer porcaria que estiver lá agora.
E a coisa piora:
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Para o ministro, se um agricultor já planta 20% da área para preservar nascentes de rios, não precisa manter a reserva legal. As APPs são locais de floresta e vegetação ao longo de rios, nascentes, várzeas, encostas e topos de morro. Já a reserva legal é o percentual de floresta que deve permanecer intacto em propriedades rurais e que varia de acordo com os biomas: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% nos demais.
Sei lá!… Eu já acho que esses percentuais são baixos demais para a cobertura vegetal nativa.
O Minsitro ainda propõe que sejam considerados válidos, para efeitos de APA, o plantio de árvores frutíferas e “com florestas manejáveis, que tragam rendimento econômico, árvores que pudessem ser exploradas economicamente, como o babaçu e o dendezeiro”.
Bom… Eu não sou agrônomo, nem engenheiro florestal… Mas esse papo do Ministro Stephanes está me cheirando igualzinho àquele da “Coalizão do Clima Global“: “o meio ambiente que se dane; o (agro)negócio é mais importante”…
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