As montanhas dos Andes são mais velhas do que se pensava

Smithsonian Tropical Research Institute

Novos resultados da encosta Leste da cordilheira na Colômbia


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Os sedimentos que se acumular na base das montanhas fornece importantes pistas sobre como e quando as montanhas se formaram.

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As falhas geológicas responsáveis pelo soer­gui­mento da Cordilheira dos Andes  na Colom­bia se tornaram ativas há 25 milhões de anos — 18 milhões de anos antes da data anterior­mente aceita para o início do soerguimento dos Andes, segundo os pesquisadores do Smith­sonian
Tropical Research Institute
no Panama, da Universidade de Potsdam na Ale­ma­nha e da Ecopetrol na Colombia.

Mauricio Parra, antigo doutorando na Univer­sidade de Potsdam (agora pesquisador asso­ciado na Universidade do Texas) e principal autor do estudo, declarou: “Ninguém tinha ja­mais datado os eventos que criaram as monta­nhas na encosta Leste dos Andes Colom­bianos. Este setor ocidental da espinha dorsal da América se revelou muito mais antigo aqui do que nos Andes Centrais, onde as encostas oci­dentais provavelmente começaram a se formar apenas a 10 milhões de anos”.

A equipe integrou novos mapas geológicos que ilustram os movimentos tectô­nicos, informações acerca das origens e dos movimentos dos sedimentos, e a lo­ca­lização e idade do pólen de plantas nos sedimentos, bem como de análise de rastros da fissão do zircônio, para obter uma descrição incrivelmente deta­lhada da formação das bacias e serras.

Quando as serras se elevam, a chuva e a erosão carregam minerais, tais como o zircônio, das rochas vulcânicas para as bacias adjacentes, onde eles se acu­mulam formando rochas sedimentares. O zircônio contém traços de urânio. Quando o urânio decai, rastros da radiação se acumulam nos cristais de zircônio. Em altas temperaturas, os rastros de fissão desaparecem como as marcas de uma faca desaparecem de um bloco de manteiga mole. Contando os rastros microscópicos de fissão nos minérios de zircônio, os pesquisadores podem dizer a quanto tempo os sedimentos foram formados e quão fundo eles foram enterrados.

A classificação de quase 17.000 grãos de pólen tornou possível delimitar claramente a idade das camadas sedimentares.

O uso dessas técnicas complementares levou a equipe a postular que o rápido avanço da da borda mergulhante de material, como parte dos eventos tec­tônicos de 31 milhões de anos passados, pode ter criado as condições para o subsequente soerguimento da cordilheira.

Carlos Jaramillo, cientista do plantel do STRI, declarou: “A data do crescimento das montanhas é crítica para nós que queremos entender a movimentação de antigos animais e plantas do continente e para os engenheiros que procuram por petróleo e gás. Ainda estamos tentando montar esse enorme quebra-cabeças tectônico para entender como esta parte do mundo se formou”.

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Este trabalho foi publicado no Geological Society of America Bulletin em abril de 2009.

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