Lamarckismo: Uma Alternativa a Altura?

Muitas pessoas já encararam (ou encaram) o Lamarckismo como um substituto à altura do Darwinismo na explicação da evolução. Mas a filósofa Helena Cronin nos deixa claro que não é bem assim e explica o porquê. Aliás, para ela Richard Dawkins mostrou brilhantemente isso no seu livro The Exended Phenotype de 1982.
.
O Lamarckismo e o Darwinismo têm respostas fundamentalmente diferentes à questão do surgimento das respostas adaptativas. É a distinção entre os modelos instrutivos e os seletivos das origens das adaptações. Imaginem um chaveiro que precisa fazer uma chave adaptada a uma determinada fechadura. A maneira instrutiva é fazer um molde da fechadura com cera e produzir uma chave sob medida, retirando do meio ambiente as informações sobre o desenho específico que se faz necessário. A maneira seletiva é pegar um molho de chaves ao acaso e testá-las até que uma delas funcione. O Lamarckismo é uma teoria instrutiva; o Darwinismo é uma teoria seletiva.
.
O Darwinismo pode explicar com facilidade de que maneira a girafa inicialmente passou a fazer a coisa certa, adaptativa. É a descendência de uma longa linhagem de girafas que – saindo de um conjunto aleatório de mudanças genéticas possíveis – acaba encontrando em mudanças que representam um avanço, mesmo que elas sejam muito pequenas. As girafas não precisam encontrar a chave que finalmente abrirá a fechadura, mas simplesmente uma chave que se aproxime um pouco disso, não importando quão pequena seja essa a aproximação. É o fato de as chaves adaptativas poderem ser escolhidas por incrementos que torna possível encontrar, entre todas as chaves, uma que seja satisfatória.
.
Em contrapartida, o Lamarckismo precisa explicar de que maneira a girafa, por algum meio misterioso, foi orientada a fazer a coisa certa. A teoria pressupõe que um organismo responda adaptativamente porque aprende do seu meio ambiente, extrai dele informações, recebe dele “instruções” sobre qual resposta é necessária. Mas a teoria não elucida como surge a habilidade de esse organismo aceitar as instruções em primeiro lugar.
.
Como é que o Lamarckismo responde a esse problema? Confiando secretamente nas adaptações Darwinistas, aceitando como certo que a girafa vai esticar-se e não curvar-se, que seus músculos vão dar suporte em vez de falhar, que ela vai desenvolver gosto pelo nutritivo e não pelo nocivo, que ela vai tentar evitar a dor ao invés de procurá-la. Os mecanismos lamarckistas não poderiam gerar adaptações; eles poderiam no máximo passar pra frente, para futuras gerações, as tendências à “aquisição” que são geradas por meios Darwinistas. Qualquer teoria instrutiva precisa, no final, basear-se num modelo seletivo ou apelar e recorrer ao projeto deliberado.
Assim, o Lamarckismo não poderia ser nunca algo mais que um anexo limitado para a teoria Darwinista. Ele nunca poderia substituir o Darwinismo como uma teoria abrangente da evolução.

Fonte
CRONIN, H. (1995). A Formiga e o Pavão: Altruísmo e Seleção Sexual de Darwin até hoje. Tradução C. Fragoso e L. C. B. de Oliveira. Campinas: Papirus, capítulo 2 – Um Mundo sem Darwin. P. 69.

Evolução & Diversidade

Tenho um prazer de comunicar que estamos no primeiro dia do Maior Evento Coletivo da Ciência no País, a SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA de 20 a 26 de outubro. O tema desse ano faz jus aos 150 anos da Seleção Natural e à colaboração entre Darwin e Wallace abordando a EVOLUÇÃO & DIVERSIDADE.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia acontece no Brasil desde 2004 e tem tido um êxito grande com participação crescente a cada ano. Os objetivos da semana são mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de ciência e tecnologia, valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Além de chamar a atenção para a importância da C&T para a vida de cada um e para o desenvolvimento do País, assim como contribuir para que a população possa conhecer melhor e discutir os resultados, a relevância e o impacto das pesquisas científicas e tecnológicas e suas aplicações.

A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2008 contabiliza até o momento 8876 atividades cadastradas. Participam da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 394 cidades brasileiras e 634 instituições ligadas a ciência e tecnologia espalhadas por estas cidades. Você pode participar de qualquer evento da Semana Nacional de C&T, já que todos são gratuitos.
.
No estado de São Paulo são 42 cidades com eventos e 88 eventos na capital. Aqui na praça do relógio na cidade universitária da usp tem um palco armado e algumas tendas com vários estudantes por lá e uma baleia inflável gigante. (Provavelmente para chamar a atenção para a possibilidade de criação do Santuário Atlântico Sul de proteção às baleias). No Rio de Janeiro são 31 cidades com eventos e 176 só na capital. No Rio Grande do Norte são 19 cidades com eventos e 84 em Natal. Na Bahia são 20 cidades com eventos e 36 em Salvador. Até no Acre tem 2 cidades com eventos e 34 em Rio Branco.
No site da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2008 vocês encontrarão todos os quase 9 mil eventos cadastrados e os informes atuais. Estamos tendo a semana mais evolucionista do Brasil e já é hora para o brasileiro conhecer e valorizar sua própria diversidade. Boa semana a todos.

Palestra Internacional sobre Ritmicidade do Comportamento

Nessa semana tive o prazer de conhecer o professor Jerry A. Hogan, ex-presidente da International Society of Comparative Psychology e professor emérito do Departamento de Psicologia da University of Toronto no Canadá.

.

Nessa segunda, dia 6 de outubro, ele dará uma palestra gratuita sobre “O Desenvolvimento do Controle Circadiano do Comportamento” às 15h no IEA da usp. Sua palestra será em inglês sem tradução, mas será transmitida ao vivo via web aqui.

.

Ele fez psicologia em Harvard e iniciou seus estudos com agressividade em peixes beta e, entre outras coisas, pesquisou motivação e aprendizagem em galináceos. Famoso pesquisador dos sistemas motivacionais, ele tem interesse particular no desenvolvimento do “relógio biológico”, o conjunto de mecanismos que regulam a ritmicidade diária e cotidiana dos comportamentos. Estudou também o como fatores do desenvolvimento influenciam no comportamento de bicar os outros, um importante componente de vida social em galinhas.

.

O professor Jerry Hogan é muito simpático, humilde e perspicaz, um figuraça. Para ele, muito na vida se dá por processos de comparação. E a Psicologia Comparativa lida justamente com a evolução filogenética e com o desenvolvimento, sempre de uma perspectiva comparada entre diferentes espécies.

 

E a Psicologia Comparativa está às vésperas de seu 14th Biennial Meeting International Society for Comparative Psychology que ocorrerá semana que vem de 9 a 11 de outubro em Buenos Aires na Argentina e contará, é claro, com a presença do Professor Jerry Hogan. Um pouco da história da Psicologia Comparativa e da Sociedade Internacional pode ser desbravada aqui. Vale muito a pena assistir a palestra dele, eu recomendo, seja no IEA ou na web.

Evolução Humana Facilitada

Para aqueles que acham a evolução humana muito complicada, distante e difícil de se entender apresento aqui um vídeo de 10 minutos que poderá contribuir bastante. Este vídeo trata da evolução humana de modo simplificado, o que facilita muito o entendimento. Aborda as mitologias sobre as origens de outras culturas, a revolução Darwinista e os papeis de Darwin, Wallace e Huxley. Verão também os a questão do elo perdido entre humanos e os “macacos”, incluído a história dos Neandertais e Homo Erectus. Além disso, veremos as hipóteses de surgimento dos humanos na África e em vários lugares ao mesmo tempo, nossas características únicas e nossos parentes antepassados segundo a paleoantropologia e a genética. O famosos uso do DNA mitocondrial para traçar filogenias é explicado claramente. Assim veremos o quanto as evidências fósseis e de DNA estão estreitamente relacionadas contando uma mesma história sobre nossa evolução.

Steven Pinker e os Palavrões

Você se acha uma pessoa desbocada, boca suja que adora falar palavrões? Pois fique sabendo que você não está sozinho. Nesses dois vídeos curtos veremos Kate Bohner falando sobre o que Steven Pinker escreveu em seu último livro The stuff of Thought a respeito do porquê, nós seres humanos, temos o estranho hábito universal de xingar e falar palavrões pra caramba. Mas lembre-se sempre que explicar não quer dizer  justificar, assim como entender não é perdoar. E no segundo vídeo o próprio Pinker, numa entrevista inusitada e descontraída, solta o verbo e fala seus palavrões prediletos sem dó. Além disso, fala sobre vários de outros temas desconexos pra #$*+#@&$#%#. Opa! Me empolguei!

DVDs sobre Evolução

A Scientific Amecian Brasil traz um presentão para os brasileiros com a coleção de DVDs sobre Evolução feita pela PBS. Entre as comemorações dos 150 da Seleção Natural e os 150 do Origem das Espécies essa série apresenta de forma didática 7 vídeos sobre evolução: A Perigosa Idéia de Darwin, Grandes Mutações, Extinções, Corrida das Espécies, Porquê do Sexo, Big Bang da Mente e Ciência e Religião.

Como bem falou o Luciano do Caapora é uma coleção excelente, mas não estamos fazendo propaganda alguma apenas dando uma dica. E não é só porque nós recomendamos e porque é uma série americana que você deve acreditar em tudo. Eles cometem alguns deslizes, por exemplo, reforçando a idéia de que o ser humano é o mais complexo ser do planeta, ideiazinha pra lá de egocêntrica. Quanto aos problemas com a religião acho que eles foram por demais coniventes com os absurdos das pessoas religiosas que assistem os Flinstones e a Família Dinossauro achando se tratar de documentários literais e realistas de que homens e dinossauros viveram juntos e felizes, ideiazinha maluca como deixa claro Sidney Harris na figura ao lado.

Além do mais, grande parte desses vídeos já está fatiada e disponível no youtube, mas sem a legenda. O vídeo sobre o Porquê do Sexo fez parte do Festival de Vídeos sobre a Sexualidade Humana I aqui no MARCO EVOLUTIVO. E parte do vídeo sobre Corrida das Espécies sobre as salamandras ultra venenosas constava na Exposição Darwin.  De qualquer forma essa série de vídeos é um bom incentivo para que criemos eventos, como apresentação de vídeos sobre evolução, somando aos eventos comemorativos do ANO DE DARWIN 2009 . Pois como o Gabriel falou no RNAmensageiro, até os religiosos estão planejando eventos comemorativos a Darwin em 2009, então você também pode organizar .

Curvando-se ao Corvo, o Pensador

É surpreendente o fato de que algumas aves, como os Bowerbirds, naturalmente apresentam grandes manifestações custosas e cuidadosamente ornamentadas, comportamento antes só relatado em humanos. Isso nos faz ter uma visão mais humilde do ser humano. Porém, mais surpreendente ainda é o corvo capaz de se reconhecer no espelho. Isso mesmo! Agora sim você vai se sentir realmente apenas mais uma espécie animal.

O teste do espelho é bem simples: anestesie um animal e faça uma marca colorida (transparente ou cor da pele para o controle) num local do animal onde ela possa ser vista apenas pelo espelho, então apresente um espelho a ele. Se o animal interagir mais com o espelho é sinal que ele não se reconhece, mas se ele interagir mais com sua própria marca é sinal que ele se reconhece.

O auto-reconhecimento ao espelho é um sinal de autoconhecimento, uma característica elevada e requintada. Algo como: reconheço-me, logo existo metalingüisticamente.

Como acompanhamos no texto Autoconhecimento em Comum, essa faculdade antes tida como exclusividade dos humanos, agora já é reconhecida nos grandes primatas, golfinhos e elefantes. O que já era difícil de aceitar agora ficou pior. A machadada final em nosso antropocentrismo foi dada por três pesquisadores alemães no paper de agosto de 2008 intitulado: “Mirror-Induced Behavior in the Magpie (Pica pica): Evidence of Self-Recognition” disponível online. Eles trouxeram a primeira evidência de autoconhecimento em aves, mais especificamente em corvos, seres conhecidamente inteligentes, capazes de resolver problemas complexos e usar ferramentas inusitadas.


Em testes iniciais, cinco corvos, ao serem apresentados ao espelho, agiram como se seu reflexo fosse outra ave, mas três deles mudaram seu comportamento e passaram a se examinar. Daí quando submetidos ao teste a mancha ao espelho, dois dos três prestaram mais atenção na própria mancha colorida do que na mancha controle. O vídeo mostra o lindo e incomodo momento do auto-reconhecimento. Resta sabermos o porquê dessa variação individual.

Esses resultados mostram que as habilidades cognitivas elaboradas responsáveis pela noção de si mesmo não são privilegio de mamíferos cabeçudos, mas evoluíram independentemente em grupos taxonômicos que se separaram evolutivamente a 300 milhões de anos atrás.


E para que a inteligência dos corvos não seja subestimada deixo outro vídeo estonteante na narração de Sir David Attenborough. Veja o que pode acontecer quando corvos usam os humanos no trânsito japonês como ferramentas para abrirem sua comida. E se você ainda não sabe usar a faixa de pedestre melhor aprender, porque eles já sabem.

Bowerbirds e a Arte de Seduzir I

Pense num animal que produza arte… Muito bem por considerar o ser humano mais um animal!! Mas agora pense em outro animal que produza manifestações artísticas, ou seja, manifestações intencionais extra-corpóreas, esteticamente valorizadas, bem trabalhadas, ornamentadas, muito apreciadas e invejadas. Será que existe? Lembre-se que não somos o ápice da evolução, nem somos os únicos a ter auto-conhecimento, característica que compartilhamos com orangotangos, golfinhos e elefantes.

Então será que até manifestações artísticas não são exclusividade dos humanos? Pois então conheça os Bowerbirds, ou pássaro-arquiteto, e descubra a continuidade evolutiva entre a ornamentação corporal e a arte, ou melhor, ornamentação extra-corporal. Os Bowerbirds são um grupo de várias espécies de pássaros da Austrália e Nova Guiné. Eles têm apenas 21 cm de altura, mas constroem ninhos de até 3m de vários tipos e formatos que enfeitam com flores, conchas, besouros e qualquer outro objeto coloridos.
.
.
As fêmeas ancestrais de Bowerbirds desenvolveram um incrível senso estético, por isso, elas parecem favorecer ninhos robustos, simétricos e bem enfeitados com cores que podem refletir inclinações sensoriais. Eles realizam danças na frente desses ninhos, e quando uma parceira aparece, elas inspecionam e se gostaram andam para dentro do ninho, acasalam, e a fêmea sai para construir um outro ninho, pequeno e funcional, onde irá colocar seus ovos, sem qualquer participação do macho. Isso mesmo, tanto o macho quanto a fêmea constroem ninho, mas só o das fêmeas serve para chocar os ovos, pois o do macho seduz as fêmeas.
.
A qualidade do ninho artístico, o número de decorações preferidas e as danças e cantos contribuem muito para o sucesso reprodutivo dos machos. Muitas fêmeas, de coloração mais clara, se acasalam com um único macho depois de visitar os ninhos de muitos machos. Alguns machos chegam a acasalar com 25 fêmeas em seu “ninho de amor” em uma estação de reprodução. As fêmeas que acasalaram com macho de alta qualidade reduzem muito suas buscas por ninhos e acabam retornando para acasalar com o mesmo macho nos anos sucessivos. E quanto mais experiente a fêmea fica ao longo das épocas de acasalamento ela passa da dar menos valor para a decoração do ninho e mais para o canto e a dança do macho.
.
O alto custo despendido na construção, confecção e decoração dos ninhos pode refletir indicadores de aptidão do macho. Além disso, os machos brigam uns com os outros, tentando destruir os ninhos alheios, e tendo que lutar para defender e manter impecável o seu ninho. Isso mostra a aptidão do macho, pois se ele é capaz de construir um ninho com 15 vezes sua altura, decorá-lo, e mantê-lo inteiro e vistoso apesar do ataque constante de outros machos, é porque a sua aptidão é muito alta, e ele trará melhores características para passar para sua prole.
.
.
Os ornamentos extra-corpóreos assim como os ornamentos corpóreos, como penas e cores, também evoluem por seleção sexual. Richard Dawkins cunhou o conceito de fenótipo estendido que é o alcance total dos genes do indivíduo no ambiente. Dawkins argumentou que os genes são selecionados, muitas vezes, pelos efeitos que se espalham para fora do corpo e chegam ao ambiente. Então, se até as construções estéticas do Bowerbird evoluíram por seleção sexual imaginem as nossas construções estéticas. Veja no vídeo abaixo a difícil vida artistica de um Bowerbird.

Entre o dia do Psicólogo e do Biólogo, a Psicobiologia

A Psicobiologia consiste no estudo sobre as bases biológicas do comportamento e é, em grande parte, contribuição multidisciplinar de pesquisas em numerosas disciplinas, como a etologia, psicologia, neurologia, neurofisiologia, bioquímica, endocrinologia, farmacologia, psiquiatria e antropologia. Tais disciplinas vieram auxiliar significativamente o ser humano em seu esforço para compreender biologicamente os mecanismos psicológicos responsáveis pelo comportamento, como atenção, cognição, aprendizagem, memória, emoção, sensação e percepção.


É uma disciplina relativamente recente tendo aproximadamente 40 anos. Trata basicamente das causas proximais, visando uma integração da pesquisa voltada a todos os níveis de organização biológica dirigida ao avanço de nossa compreensão do funcionamento do cérebro e do sistema nervoso durante a aquisição de informações do meio e expressão do comportamento. Porém, enquanto as causas distais do comportamento, ou seja, seu valor adaptativo e sua história filogenética, focos de disciplinas como a etologia, ecologia comportamental e psicologia evolucionista forem menos abordados, a psicobiologia vai carecer do sentido que abordagem evolucionista traz para a biologia.

 
Theodosius Dobzhansky (1900 -1975) afirmou em 1973 que “nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução”. E eu digo que nada na psicobiologia fará sentido, ou seja, terá seus porquês distais respondidos, a não ser à luz da evolução. Tarefa que a etologia se propôs englobando tanto o estudo das causa proximais quanto das distais, para ter uma integração explicativa mais ampla e completa para o comportamento. Tudo isso buscando o melhor estilo interdisciplinar na aproximação entre a Psicologia e a Biologia.
Empreitada que faz mais sentido ainda quanto estamos na semana entre o Dia do Psicólogo dia 27 de agosto e do Dia do Biólogo, hoje dia 3 de setembro. Feliz dia do Psicólogo e do Biólogo e Feliz aproximação entre ambos.

A Evolução da Arte e dos Rituais

 A arte a o ritual são dificilmente separáveis. O que hoje vemos enquanto algo independente como a pintura, a moda, a dança, a música e as religiões não estavam tão claramente distintas em nosso ambiente ancestral. A perspectiva etológica busca em observações interculturais as constantes na manifestação da natureza humana. A arte e o rito, enquanto manifestações universais da natureza humana, podem ser foco de estudos etológicos sobre sua função evolutiva.

Uma das visões clássicas sobre a evolução do comportamento artístico e ritualístico em nossa espécie aponta para a coesão grupal como um elemento chave na seleção dessas manifestações. Os grupos em que a arte e os rituais tornavam mais coesos e integrados tinha vantagens para seus membros frente a outros grupos. No vídeo abaixo (de 4 minutos e meio), Ellen Dissanayake explica de uma forma rica e tocante essa visão evolutiva sobre nossa arte e rituais.

Sobre ScienceBlogs Brasil | Anuncie com ScienceBlogs Brasil | Política de Privacidade | Termos e Condições | Contato


ScienceBlogs por Seed Media Group. Group. ©2006-2011 Seed Media Group LLC. Todos direitos garantidos.


Páginas da Seed Media Group Seed Media Group | ScienceBlogs | SEEDMAGAZINE.COM