Hildegarda de Bingen
No verbete desta semana você vai conhecer Hildegarda de Bingen, uma abadessa alemã que viveu no século XII. Aos oito anos de idade ela foi entregue pela família a carreira religiosa, o que lhe possibilitou acesso a uma ampla educação, algo que não era comum às mulheres na época. Se tornou magistra do mosteiro beneditino do qual fazia parte em 1136 e, alguns anos depois, começou a escrever seu primeiro livro. Como nos mostram Maria Cristina Martins e Edla Eggert, Bingen “fez parte de uma minoria de mulheres medievais que deixaram escritos literários, científicos e artísticos”. Sua produção foi vasta, além de escritora foi também compositora e sua contribuição se deu em diversas áreas, como a cosmologia, a medicina e a música. Entre suas obras de destaque estão aquelas nas quais a autora faz relatos a respeito de suas visões do plano espiritual: Scivias, Livro dos Méritos da Vida e Livro das Obras Divinas; um tratado de ciências naturais, intitulado Physica, e um tratado de medicina, intitulado Causas e Curas.
Maria Cristina da Silva Martins é professora associada do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da UFRGS, onde leciona latim e literatura latina. Atua em pesquisa, principalmente com os seguintes temas: latim clássico, latim tardio, latim medieval, filologia românica, filologia clássica e tradução comentada.
Edla Eggert é professora na Escola de Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PPGEdu e PPG de Teologia), PUCRS. Pesquisa temas da educação popular; da produção do conhecimento invisibilizado em atividades criadoras e artesanais; história da educação de mulheres e das resistências conscientes pela dignidade da vida das mulheres.
Venha conhecer mais sobre a vida e a obra de Hildegarda de Bingen. Leia o verbete aqui e acesse a entrevista com as autoras aqui.