(1935 – 1994)
Por Flavia Rios
Professora da Universidade Federal Fluminense (PPGS/UFF), doutora em Sociologia pela USP e pesquisadora do Afro/CEBRAP – Lattes.
Vida
Lélia de Almeida Gonzalez nasceu no dia 1º de fevereiro de 1935 na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte, e faleceu em 10 de julho de 1994, na cidade do Rio de Janeiro. Seu nome de nascimento é Lélia de Almeida e ela é a décima-sétima de uma família com dezoito filhos. Criada em um lar operário, seu pai, Accacio Serafim d’ Almeida, era ferroviário e sua mãe, Orcinda Serafim d’ Almeida, foi responsável pela criação e educação dos filhos, além de trabalhar como empregada doméstica e de tornar-se mãe de leite para famílias mineiras. Em seus depoimentos, Lélia Gonzalez gostava de sublinhar o seu lado paterno era de origem negra e o materno, indígena. Migrante, sua família mudou-se, em 1942, para o Rio de Janeiro visando melhores condições de vida, o que foi possível graças ao talentoso irmão mais velho, Jaime de Almeida, jogador de futebol do Flamengo.
Com trajetória parecida com a de seus irmãos mais velhos, Lélia precisou trabalhar bem cedo. Seu primeiro emprego foi como babá. Diferentemente do restante da família, ela teve mais oportunidades educacionais e seguiu seus estudos em escolas públicas. Um distintivo fundamental em sua trajetória foi ter realizado os estudos secundários no prestigiado Colégio Pedro II, instituição à época monopolizada pelas classes médias, pela pequena burguesia e por famílias de elite, portanto pouquíssimo acessível às classes populares. O número de anos estudados e a qualidade educacional a que ela teve acesso mudaram completamente os rumos de sua vida. Do Colégio direcionou-se à universidade, onde obteve os títulos de bacharel em História e Geografia. Em 1962, tornou-se bacharel em Filosofia pela Universidade Estadual da Guanabara, atual UERJ. Formada em filosofia, lecionou essa disciplina em escolas secundárias. Com os diplomas universitários, tornou-se professora de importantes estabelecimentos de ensino superior cariocas, públicos e privados, como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e a Pontifícia Universidade Católica, a PUC.
Foi também no mundo universitário que Lélia conheceu e se casou com Luiz Carlos Gonzalez, de quem recebeu o sobrenome, o qual, por escolha, carregaria para toda a vida. Marcado por amor, cumplicidade e reflexão racial, o matrimônio, não obstante, também gerou grande trauma em sua vida: a rejeição da família de seu marido, de origem europeia, que não a admitia aquele laço conjugal. Anos mais tarde ao ser entrevistada por uma agência de notícias nos Estados Unidos, Lélia Gonzalez analisaria aquele processo de rejeição: “No Brasil é aceitável que um homem branco tenha um caso com uma mulher negra, mas casamento é outro assunto. Quando eles descobriram que nos casamos, ficaram furiosos. Me chamaram de preta suja. Era isso que eu tinha me tornado aos olhos deles, apesar da minha educação, apesar da minha posição.” (Gonzalez, 2020 a, p. 283-4).
Essas e outras experiências com o racismo seriam muito decisivas nas suas escolhas intelectuais e políticas nas décadas seguintes. Como intelectual e ativista, Gonzalez participou de numerosas formas de resistência política ao Regime Militar, por isso foi vigiada pelo Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS. Ela foi fundadora do Movimento Negro Unificado, esteve na formação do Partido dos Trabalhadores (PT), participou ativamente das eleições de 1982 e 1986. Nesta última eleição, já integrava os quadros do Partido Trabalhista Brasileiro, o PDT. Ela atuou nas mobilizações civis brasileiras contra o Apartheid na África do Sul, fundou a organização Nzinga – Coletivo de Mulheres Negras, em 1983, e participou de inúmeros encontros feministas e de mulheres negras no Brasil e em outras partes do mundo. Lélia Gonzalez esteve nas mobilizações pela constituinte e colaborou ativamente com as comissões parlamentares entre 1986 e 1988, integrou o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), em 1985, e envolveu-se em vários protestos e mobilizações de rua que denunciavam as desigualdades raciais e de gênero.
Lélia Gonzalez não hierarquizava ações políticas e culturais. Segundo ela, ambas eram relevantes para a transformação social. Em sua trajetória são fartas as experiências e colaborações com grupos culturais, artísticos e intelectuais. Em meados dos anos setenta, ela colaborou com o Grêmio Recreativo de Arte Negra e com a Escola de Samba Quilombo ao lado do mestre Candeia. Gonzalez participou também da formação do Colégio Freudiano no Rio de Janeiro, criado em 1975 por Magno Machado Dias e Betty Milan, instituição fundamental para a difusão do pensamento de Lacan no Brasil. Mais tarde, ela assessorou o cineasta Cacá Diegues em seu filme Quilombo (1984). Nas artes performáticas, teve papel importante na produção dramatúrgica de Hilton Cobra, especialmente para a construção da peça teatral Candaces. Ela pertenceu a um terreiro de Candomblé no Rio de Janeiro e festejou o fortalecimento dos blocos afros e afoxés em Salvador, na Bahia. Afinal, para Lélia Gonzalez, a linguagem cultural precisava ser subvertida, já que o sexismo e o racismo eram as marcas profundas da cultura de dominação brasileira e latino-americana.
Obra
A produção intelectual de Lélia Gonzalez é variada. Inicialmente, ela se lançou na área de tradução de livros de filosofia. Como tinha boa formação em língua francesa, em 1968, traduziu do francês para o português o II Volume da coletânea Compêndio moderno de Filosofia. Durante os finais dos anos 50 e 60, ela organizava em sua casa grupos de estudos para discutir, dentre outros livros, o Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir, filósofa que foi grande referência para o pensamento da intelectual brasileira durante toda a sua trajetória.
Desde o fim dos anos de 1970, até o final de sua vida, escreveu ensaios influentes como Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira (1983), A mulher negra no Brasil (1984), Por um Feminismo Afro-latino-Americano (1988), A categoria político-cultural de amefricanidade (1988) recentemente traduzido para o francês (Gonzalez, 2015). Ademais, destaquem-se os escritos na imprensa alternativa, especialmente os periódicos feministas e negros, em que a autora se envolveu durante toda a sua trajetória intelectual. Dessa produção, alguns artigos merecem ser mencionados a título de ilustração: E a trabalhadora negra, cumé que fica? (1982), no Jornal Mulherio, A questão negra no Brasil (1981), nos Cadernos Trabalhistas, A importância da organização da mulher negra no processo de transformação social (1988), no Jornal Raça e Classe. Dois livros são assinados por Lélia Gonzalez: Lugar de Negro (1982), em coautoria com o sociólogo argentino Carlos Hasenbalg; Festas Populares no Brasil (1987), este último premiado na Alemanha. No conjunto, suas publicações autorais compreendem o período que vai de 1977, com a publicação do artigo A propósito de Lacan, até 1995, quando é publicado postumamente o artigo The black woman in Brazil, no livro African presence in the Americas, organização realizada pelo intelectual cubano Carlos Moore, amigo de Lélia Gonzalez desde suas incursões em África, especialmente no Senegal.
Lélia Gonzalez pode ter sido, em seu tempo, a intelectual negra que mais circulou internacionalmente. Nesse sentido, dignas de nota são suas conferências proferidas em universidades, encontros acadêmicos e em eventos organizados pelas Nações Unidas. Desses diálogos internacionais, sublinhem-se Racism and its Effects in Brazilian Society proferida no evento Women’s Conference on Human Rights and Mission, em Genebra no ano de 1979. No mesmo ano, ela ainda daria mais duas conferências: The Role of Black Woman in Brazilian Society: an Economic and Political Approach no evento Spring Symposium: The Political Economy of the Black World, evento realizado pelo Center for Afro-American Studies, da University of California, e a palestra Brazilian Black Youth and Unemployment, proferida no Annual Meeting of the African Heritage Studies Association, em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Sobre suas principais referências intelectuais, podemos destacar Simone de Beauvoir, Heleieth Safioti, W.E.B. Du Bois, Rose Marie Muraro, Beth Millan, MD. Magno, Florestan Fernandes, Clóvis Moura, Guerreiro Ramos, Albert Memmi, Frantz Fanon, Carlos Hasenbalg, Alice Walker, Abdias do Nascimento, Sigmund Freud e Jacques Lacan.
Temas e conceitos
Foi Luiza Bairros, intelectual gaúcha radicada na Bahia, a primeira a registrar as contribuições de Lélia Gonzalez para o pensamento político. Em Lembrando Lélia Gonzalez, a feminista negra prestou homenagem à intelectual mineira com sotaque carioca, revelando seus temas e conceitos que mereceriam atenção por sua originalidade e atualidade. Aliás, Bairros registra também o aprendizado não escrito que fora transmitido por Gonzalez às gerações mais novas com quem tivera contato. “O comportamento ousado”, “a risada de corpo inteiro” e “o linguajar popular” foram atributos marcantes da intelectual que transmitia seu conhecimento acadêmico de um modo que “permitia que nós, os militantes mais novos, entendêssemos o que é epistemologia!”, descreveu a socióloga gaúcha em seu célebre ensaio (Bairros, 1999, p. 2).
Com efeito, algumas ideias, noções e conceitos desenvolvidos por Gonzalez merecem atenção especial. Um deles é o termo “pretuguês”, uma espécie de africanização ou crioulização do idioma falado no Brasil. Os contextos nos quais a autora evoca a ideia de pretuguês são diversos, a exemplo das formas de comunicação nos quilombos e nas senzalas durante a escravidão. A autora atribui às mulheres negras – especialmente à mãe preta – a responsabilidade de transmissão do pretuguês no Brasil, ou seja, a língua portuguesa africanizada pela sabedoria daquelas que garantiam a reprodução social da vida e a iniciação ao mundo da linguagem. Suas contribuições para pensar o pretuguês baseiam-se na combinação de análise do social e da linguagem, valendo-se tanto de categorias da antropologia como da base epistemológica da psicanálise.
Com esses referenciais a autora irá explorar também a categoria amefricanidade. Tal categoria, foi melhor desenvolvida em seu artigo “A categoria político cultural da Amefricanidade”. Gonzalez, com essa terminologia teórica e histórica, busca superar o nacionalismo metodológico, ultrapassando as barreiras territoriais, linguísticas e ideológicas das Américas. Trata-se, antes de tudo, de uma categoria anti-imperialista, ou seja, que busca reagir às formulações norte-americanas autorreferenciadas que se impunham sobre as demais partes do continente. Ademais, é uma categoria que tem por objetivo estabelecer bases comuns críticas à formação colonial. Não se trata, porém, apenas de um termo para nomear a opressão e exploração do período da escravidão, trata-se antes de lançar bases para uma solidariedade cultural e política levando em conta as dimensões de gênero e os elementos étnicos e raciais da América Latina, a qual é chamada por Gonzalez de Améfrica Ladina, justamente para dar visibilidade aos agentes econômicos, políticos e culturais não brancos da formação desse extenso e diverso território.
Em comum com a sua geração, Gonzalez tem a preocupação de refletir sobre o colonialismo e seus efeitos deletérios nas sociedades contemporâneas. Se aproximamos o pensamento de Gonzalez ao de Angela Davis, autora com produção semelhante à da pensadora brasileira durante os anos de 1980, veremos que merecem ser destacadas algumas linhas argumentativas, a exemplo do enfrentamento à intelligentsia de seus respectivos países e a busca pela atualização das pesquisas históricas sobre a situação das mulheres negras especialmente durante a escravidão. A recorrência com que essas autoras buscam retirar da invisibilidade temas, agências e produções de mulheres negras é notável, tornando-se mais um ponto de reflexão comum às duas autoras americanas. Por fim, note-se o empenho de ambas em desnaturalizar os estereótipos coloniais sobre as populações negras e, especialmente, o destaque para a teorização sobre a multidimensionalidade das formas de opressão, em três eixos especialmente: o racial, o de gênero e o de classe. Nesses termos, os temas e conceitos de Gonzalez são melhor entendidos em diálogo profícuo com a produção intelectual que, durante o último quartel do século XX, buscou mudar o horizonte interpretativo sobre o mundo social.
A atualidade de Lélia Gonzalez
Lélia Gonzalez é referência para diversos coletivos antirracistas e organizações feministas no Brasil, porém seu pensamento é ainda pouco explorado na academia. Para as novas gerações, Gonzalez tornou-se ícone do feminismo negro brasileiro, sendo cada vez mais influente na América Latina e nos EUA, e recém-descoberta pelo feminismo europeu, especialmente o francês. Dessa produção renovada sobre o pensamento de Lélia Gonzalez, que ganhou forma na segunda década do século XXI, algumas abordagens merecem destaque. A primeira delas dá ênfase ao caráter anticolonial do seu pensamento, particularmente sua crítica ao eurocentrismo das Ciências Sociais e do feminismo ocidental. Em 2015, Jules Falquet e Azadeh Kian traduziram Gonzalez para o francês, introduzindo o termo Amefricanidade ao mundo francófono e enfatizando o caráter descolonizante desse conceito, que a um só tempo denuncia a “latinidade” da América Latina como uma forma do eurocentrismo, ao passo que também revela o ocultamento dos africanos e indígenas nas culturas contemporâneas do continente.
Mais recentemente Gonzalez tem sido redescoberta pelos estudiosos da psicanálise. Por se valer do suporte epistemológico da psicanálise – especialmente de Jacques Lacan e Sigmund Freud– as interrogações e suspeições da autora ficam evidentes quando ela realiza sua crítica aos chamados intérpretes do Brasil, questionando também os pressupostos do nacionalismo metodológico e da razão ocidental na base da produção brasileira. Uma contribuição relevante dessa influência psicanalítica é a ideia de racismo por denegação, desenvolvida por ela para caracterizar sociedades colonizadas pelos ibéricos.
Outra linha de pesquisa revisita os trabalhos da autora mostrando sua perspectiva interseccional, envolvendo as dimensões da dominação sexual, de classe e de raça articuladas às formas de opressão e hierarquização social, bem como à formação de identidade de afirmação coletiva. Nesse caso em particular, fica em relevo o vigor do pensamento da autora, assim como a relevância de se estudar autoras que desenvolviam interpretações multidimensionais, antes mesmo da emergência do conceito “interseccionalidade”.
Tanto sua produção escrita como sua biografia têm recebido mais atenção na última década. Tais esforços são fundamentais para a divulgação de sua obra e trajetória política e intelectual. Homenagens importantes merecem destaque. No ano de 2015, em Brasília foi inaugurado um prédio da Organização das Nações Unidas (ONU), que, para lhe homenagear, deu o nome Lélia Gonzalez ao edifício. Movimentos feministas e antirracistas também têm se empenhado na divulgação da sua figura em várias partes do país por meio de uma rica exposição fotográfica e documental do projeto chamado Lélia Gonzalez: o Feminismo Negro no Palco da História, organizado por Schuma Schumaher e Antônia Ceva, que circulou entre os anos de 2014 e 2016, rendendo várias reportagens escritas e televisivas. O coletivo Pan-africanista organizou em 2018 boa parte da produção de Lélia Gonzalez em ordem cronológica, sob o título Primavera para as Rosas Negras, feito fundamental para a difusão do pensamento da intelectual brasileira.
Em outubro de 2019, milhares de pessoas se reuniram no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para assistir a intelectual marxista Angela Davis, que conheceu pessoalmente Lélia Gonzalez. Em discurso, a ex-pantera negra disse que os brasileiros e as brasileiras deveriam conhecer mais suas intelectuais negras, dentre as quais Lélia Gonzalez, cujos escritos, aliás, possuem muitas afinidades intelectuais com a produção da feminista estadunidense, a exemplo da influência do marxismo e do feminismo para entender a realidade das mulheres racializadas. Nessa linha dominante de sua produção não se pode negar afinidades intelectuais entre o pensamento de Gonzalez com eminentes pensadoras da contemporaneidade, como Françoise Vergès, Mara Viveros Vigoya e Grada Kilomba, esta última pelo esforço crítico de refletir sobre o racismo pelas bases epistemológicas da psicanálise, em movimento semelhante ao realizado pela autora brasileira nos anos de 1980.
Em 2020, a LASA, maior encontro acadêmico do mundo voltado para a produção científica sobre a América Latina, decidiu homenagear a intelectual brasileira nomeando seu evento de “Améfrica Ladina”, termo que Lélia Gonzalez usava para se referir à formação do continente, marcando suas influências indígenas e africanas, além da ibérica. Não só nomeou o grande evento internacional, mas também o pensamento da autora foi discutido por intelectuais de diferentes partes da América Latina e dos Estados Unidos, aproximando-a, mais uma vez, da abordagem decolonial. Na esteira desse evento, um número especial da revista Fórum LASA foi publicado para discutir as ideias de Gonzalez ao longo de sua vida intelectual, dando destaque para suas reflexões sobre rupturas com o pensamento ocidental e novas maneiras de olhar para os modos de vida e formas de resistência na região, esgarçando, assim, as fronteiras linguísticas e nacionais.
Por fim, no final da segunda década do século XX, com a publicação por uma grande editora brasileira da maior parte da produção intelectual da autora, ampliou-se o acesso aos escritos de Gonzalez – inclusive artigos apenas disponíveis em língua estrangeira tornaram-se disponíveis para consulta, facilitando o contato e o desenvolvimento de pesquisas a partir dos escritos da intelectual amefricana. A republicação de sua obra foi o passaporte para que a autora já clássica tivesse seu status reconhecido em seu país natal. Com isso, tudo indica que o pensamento de Lélia Gonzalez entrará em um novo ciclo de recepção acadêmica e política no Brasil.
Referência Bibliográfica
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Registros em audiovisual com Lélia Gonzalez
Entrevista concedida a Mali Garcia para o documentário “As Divas Negras do Cinema Brasileiro”. Lélia Gonzalez – parte 1. Duração: 10’16’’.Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=o9vOVjNDZA8&feature=related
Entrevista de Lélia Gonzalez concedida a Mali Garcia para o documentário “As Divas Negras do Cinema Brasileiro”. Lélia Gonzalez – parte 2. Duração: 11’21’’.Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=aiTfzVKhsGw
Produção em audiovisual sobre Lélia Gonzalez
Vídeo-aula do Centro de Formação e Pesquisa do Sesc – Intérpretes negras (os) do Brasil: Lélia Gonzalez, por Flavia Rios (2020) Acessível em https://www.youtube.com/watch?v=pNbEEPGukj0
Lélia Gonzalez: Feminismo negro no palco da História, de Elisio Costa, acessível em https://www.youtube.com/watch?v=WxB3SVZ2tzk
Em busca de Lélia Gonzalez, Beatriz Vieira. 2017 Acessível em https://www.youtube.com/watch?v=TzcKD-8P2zs
Literatura secundária
AMBRA, Pedro. As Pedras de Exu: a psicanálise em Frantz Fanon e Lélia Gonzalez. Revista Rosa. Número 3. Rio de Janeiro, 2021. http://revistarosa.com/3/as-pedras-de-exu
AMBRA, Pedro. O lugar e a fala: a psicanálise contra o racismo em Lélia Gonzalez. SIG revista de psicanálise. São Paulo, 2019.
BAIRROS, Luiza. Lembrando Lélia Gonzalez. Afro-Ásia n. 23. Salvador. 1999, p. 347-368.
BARRETO, Raquel. Enegrecendo o feminismo ou feminizando a raça – Narrativas de Libertação em Angela Davis e Lélia Gonzalez. Dissertação (Mestrado em História Social da Cultura) – Centro de Ciências Sociais, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,2005.
CARDOSO, Cláudia Pons. “Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez”. Revista Estudos Feministas (UFSC. Impresso), v. 22, p. 965-986, 2014.
FELIPPE, Ana Maria. Para (re)ver Lélia Gonzalez. Revista Eparrei. Santos, N 1º. 4,, 2003, p. 8-9.
RIOS, Flavia. Améfrica Ladina: The conceptual legacy of Lélia Gonzalez (1935-1994). LASA FORUM, v. 50, 2019.
RIOS, Flavia; RATTS, Alex. “A perspectiva interseccional de Lélia Gonzalez”. Em: CHALHOUB, Sidney; PINTO, Flavia Magalhães. (Org.). Pensadores Negros-Pensadoras Negras do século XIX e XX. 1a.ed.Belo Horizonte: Traço Fino LTDA, 2016.
RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Lélia Gonzalez. Editora Summus/Selo Negro. São Paulo, 2010.
RODRIGUES, Carla; Monteiro, Juliana de Moraes. “Lélia Gonzalez, uma filósofa Amefricana”. Revista Ideação, V. 1 N. 42, Julho/Dezembro 20/20
VIANNA, Elizabeth do Espírito Santo. Relações raciais, gênero e movimentos sociais: o pensamento de Lélia Gonzalez 1970 – 1990. Tese de doutorado defendida na Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006.