Anne Conway

(1631 – 1679)
Por Nastassja Pugliese

Professora adjunta da Faculdade de Educação e membro do PPGLM do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Lattes

PDF – Anne Conway

“Jovem com uma carta”, Samuel van Hoogstrate, Royal Cabinet of Paintings, Mauritshuis, The Hague. É possível que a jovem retratada seja Anne Conway. Essa imagem aparece na capa da biografia de Conway escrita por Sarah Hutton (2004)

Anne Conway (1631- 1679), nascida em Londres como Anne Finch, foi educada em casa onde recebia tutores que a ensinavam letras clássicas. Ela “passava a maior parte do seu tempo estudando Latim e Grego, e lendo vorazmente a literatura clássica e filosófica” (White 2008 p.5). Anne era irmã mais nova de John Finch. Os dois eram muito próximos e dividiam interesses pela filosofia. Quando John Finch foi aceito para o Christ’s College em Cambridge, continuou o contato com a irmã através de cartas. Anne recebia os principais tratados estudados pelo irmão em Cambridge e tinha acesso às discussões intelectuais e a manuscritos de obras importantes do seu tempo (como o Principia de Descartes) através desta correspondência. Em apoio a Anne e visando desenvolver suas habilidades intelectuais, John Finch pede a Henry More, também um fellow do Christ’s College, para ser tutor de sua irmã. More aceita e realiza a instrução de Conway através de cartas e visitas. A troca de correspondências leva os dois a tornarem-se amigos. Esta amizade que durou até o fim de sua vida permitiu Conway a ter educação filosófica de excelência e a conhecer vários outros intelectuais da época. Como sua casa era frequentada pelos amigos de seu irmão, Conway teve contato com muitos outros pensadores e membros da Escola de Cambridge. Através de More, Conway foi apresentada a Franciscus Mercurius van Helmont (1614-1698), filósofo holandês estudioso da cabala, do ocultismo renascentista e da tradição hermética, que em um esforço conjunto com Henry More (que traduziu a obra do inglês para o Latim), organizou a publicação póstuma do Principia. Também foi por influência de van Helmont que Conway se converte ao Quakerismo no fim de sua vida. Os Quakers são um grupo religioso formado por cristãos protestantes que possuíam posições políticas radicais para a época e acreditavam que Cristo é uma entidade que existe em cada pessoa.  

Conway, apesar de não ter cursado a universidade de Cambridge, compartilha com os outros membros do grupo dos Platonistas de Cambridge o apreço pelos problemas da metafísica e um interesse na crítica à religião. Sua obra é um exemplo do resgate do neoplatonismo nas discussões metafísicas do XVII, oferecendo importantes críticas ao cientificismo mecanicista de Descartes, ao materialismo Hobbesiano e ao monismo Espinosista. Entretanto, como diz White (2008): “Conway é mais conhecida por suas eternas dores de cabeças que exauriram os recursos da medicina do século XVII do que por suas contribuições para a filosofia natural” (p.4). Essas dores de cabeça tornaram-se famosas, pois ela tentou todos os tipos de tratamento disponíveis, inclusive os descritos por Boyle. Entre os tratamentos, ela realizou ingestão de café, tabaco, ópio, mercúrio e uma cirurgia no crânio para aliviar a pressão. Os médicos não tiveram coragem de abrir o crânio de Conway e cortaram sua jugular. More a acompanhou durante a cirurgia, que ocorreu na França, e seu marido, ao tentar se juntar a eles, é capturado e preso na França. Depois de pagar fiança, ele consegue se juntar aos dois e então os três voltam para a Inglaterra. Suas dores de cabeça era frequentes e exigiam que ela ficasse em um quarto escuro pela maior parte do tempo. Como Conway ficou muito doente do meio ao fim de sua vida, ela não saía da cama e seu tratado foi escrito em meio a febres e fortes dores no corpo. Alguns temas do tratado de Conway tem ligação com o extremo sofrimento pelo qual passou, como por exemplo, a noção de purificação pelo sofrimento e pelo pecado, além da defesa da união do corpo e do espírito. É esperado que, com os trabalhos de resgate da obra de Conway e sua inserção no cânone filosófico, a  justiça seja feita para que Conway torne-se, agora, mais conhecida por sua filosofia natural do que por suas dores de cabeça.  

 

Obra: temas e conceitos 

A pouca literatura que há sobre a obra de Conway pode ser compreendida hoje a partir de quatro eixos temáticos: noções gerais sobre a obra e o legado de Conway (White 2008, Hutton 2004), críticas de Conway à Descartes (McRobert 2000, Couder & Corse 1996), influência de Conway na obra de Leibniz (Merchant 1979, Mercer 2012), criticas de Conway a Espinosa (Pugliese 2019) e análises das teses do Principia (Lascano 2013, Duran 1989).  

A metafísica de Conway é um exemplo das filosofias de transição que são presentes no começo da modernidade. O Principia deve ser compreendido dentro deste contexto de transição, obra de um tempo em que a filosofia se dá tanto em meio às crenças religiosas quanto em meio aos exercícios intelectuais de motivação estritamente científica ou filosófica. Conway, segundo McRobert (2000): “apresenta sua filosofia como um amálgama dos antigos e dos modernos. Entretanto, caracterizar o que ela tira de inspiração dos antigos não é uma tarefa fácil. Ela é um Platonista mas no sentido mais amplo do Platonismo Renascentista que toma de empréstimo com o mesmo grau de entusiasmo tanto dos diálogos de Platão, as interpretações Neoplatônicas, quanto do misticismo cabalístico e de vários escritos herméticos” (p.23) Seu sistema metafísico, apesar dos elementos religiosos que são próprios de  tantos outros sistemas metafísicos do século XVII, é uma proposta original.  

Há também quem defenda que Leibniz tomou o conceito de mônada de empréstimo de Giordano Bruno, mas é bem mais provável que a influência tenha vindo de Conway, através de van Helmont (Courdet 1995). Uma evidência clara é uma carta de Leibniz a Burnet onde explica as diferenças entre sua filosofia e a de Locke. Nela, Leibniz confessa: “minha filosofia se aproxima muito mais daquela da finada Lady Conway” (Nicolson 1992 p.456). Para Leibniz, as mônadas são entes vivos e perceptivos que agem em vista de uma causa final (Popkin p.117) E como Leibniz, Conway utiliza o conceito de mônada para indicar um conjunto de atividades de um ser individual que está em constantemente em processo de mudança. Ainda que Leibniz, procure conjugar o vitalismo com as explicações mecanicistas (Popkin p.117), através do conceito de substância individual, Conway defende o monismo substancial. O conceito de substância de Conway, entretanto, não reflete o de Leibniz. 

A metafísica de Conway, expressa nos Principia, é uma alternativa ao racionalismo nascente no século XVII. Segundo Popkin (1991), Conway e os Platonistas de Cambridge fazem parte da “terceira força no pensamento do século XVII”, sendo as duas primeiras, o racionalismo e o empirismo. O Principia é um tratado dividido em 8 capítulos que seguem a ordem de dedução metafísica tradicional. Ele inicia com um capítulo sobre Deus e seus atributos que dá os fundamentos para os capítulos seguintes: um capítulo sobre as criaturas, outro sobre a relação entre Deus e as criaturas e um outro sobre a necessidade de se conceber um ente intermediário entre Deus e as criaturas (Cristo). Daí o tratado segue para a definição dos movimentos no interior da substância a partir da mediação do ente intermediário, até chegar a individuação dos seres. O último e um dos mais importantes capítulos é um posicionamento frente as questões do século XVII e, mais especificamente, é onde se encontram suas críticas a Descartes, Hobbes e Espinosa. Assim, a ordem de dedução começa desde o ente mais perfeito e imutável para a derivação dos seres imperfeitos que são constituídos pela mudança e pelo movimento. 

Um dos principais temas do tratado de Conway é a noção de transformação, que é uma operação fundante da individuação e um atributo principal das criaturas. Conway considera que o movimento é da natureza das criaturas e argumenta que, em um processo de transformação para uma maior ou menor perfeição, as criaturas são constituídas pelo movimento que sucede de suas operações (Conway 1996 p14). Estas transformações que ocorrem nas criaturas não são, no entanto, fruto de um mecanismo causal determinado. Ao contrário, estas transformações, constituintes do processo de individuação, são fruto da transformação da matéria em espírito e vice-versa. Ou seja, a mudança é característica intrínseca da matéria, fazendo parte de sua natureza. Conway defende o princípio vitalista de que a matéria é vivente, não sendo, portanto, inerte. Há vários argumentos em Conway que interessam para a compreensão da filosofia no começo da modernidade. A caracterização da matéria e sua relação com o pensamento é um dos temas mais ricos para contextualização filosófica de sua obra. Entretanto, nos deteremos aqui nos fundamentos iniciais do Principia para que, como uma primeira introdução, seja possível estabelecer as bases de sua metafísica. Vejamos, portanto, as definições iniciais de Conway: sua metafísica da substância e a divisão tripartite do ser como fundamento para o seu conceito de indivíduo.  

A metafísica de Anne Conway, expressa em seu Principia Philosophiae, é estruturada segundo um realismo moral de inspiração neoplatônica (Hutton 2004). Ou seja, a totalidade do que existe é dividida em três grupos distintos de seres: as espécies inferiores, as espécies mediadoras e as espécies superiores. Tal divisão tripartite do ser no interior da natureza se segue da definição de substância que é, por sua vez, única e, ao mesmo tempo, mutável segundo a hierarquia de perfeição de seus seres. No que diz respeito a sua concepção de substância, Conway concebe um monismo anti-cartesiano e com uma aceitação ambivalente da teoria da substância de Espinosa. Conway procura mostrar, contra Espinosa, que apesar da natureza ser constituída de uma só substância, Deus não participa dessa substância e nem a substância pode ser identificada com Deus. Ou seja, Conway argumenta que Deus e a substância não são idênticos, apesar de defender o monismo. Conway concebe um monismo no qual Deus age como causa transitiva das criaturas e, portanto, não pode ser completamente identificado com a substância e nem pode ser considerado como uma substância separada. 

A dificuldade que a tese de Conway enfrenta é a seguinte: ao conceber Deus como causa transitiva as criaturas, Deus as causa sem ser causado por elas. Mas se esse é o caso, então as criaturas são exteriores a Deus e Deus deveria ser considerado uma substância separada. Para solucionar esse problema, Conway precisa conceber a substância de modo que ela não seja completamente exterior a Deus. Portanto, Conway concebe a relação entre Deus e a substância de modo tal que eles compartilham propriedades. Deus tem certos atributos que, ao agir como causa, esses atributos passam para os efeitos. Estes efeitos, no entanto, não se mantém em Deus, mas por compartilhar propriedades, devem ser considerados, sob certo sentido, em unidade com a divindade. Com essa condição, Conway então defende que Deus e substância possuem uma certa unidade mas não são completamente idênticos. As características compartilhadas, segundo Conway, são o espírito e a bondade. O espírito é o atributo através do qual a relação entre Deus e a substância é explicada. Já o atributo da bondade, tem a função operativa de justificar a estrutura ontológica no interior da natureza. Apesar de Deus ser um agente livre e sua existência ser necessária, a vontade do ente perfeito não é indiferente, mas guiada pela bondade (Conway 1996 p.16). 

Conway oferece três conceitos para explicar a relação entre Deus e a substância: o da vontade, o da luz e o de vida. O conceito de luz, inspirado na Cabala, ajuda na construção do argumento da união parcial entre Deus e a substância. Este conceito, diferente dos outros dois por ser metafórico, não permite uma explicação exaustiva e não dissolve os paradoxos metafísicos com os quais Conway se depara, mas ilustra o argumento e nos permite elencar os problemas que ainda precisam ser tratados e estudados com mais detalhes. No primeiro capítulo do Principia, Conway concebe Deus como “ a mais intensa e infinita luz” (Conway 1996, p.10). Pela intensidade de sua luz e através de um ato de benevolência “para o benefício das criaturas (a fim de que houvesse espaço para elas), ele diminuiu o grau máximo de sua luz intensa”. Através deste ato, um lugar se abriu, onde foi possível o surgimento de vários mundos. A metáfora procura ilustrar que Deus e a substância (e nela, a multiplicidade de criaturas) podem ser vistas como sendo um único espectro de luz, onde Deus é o grau mais intenso do espectro e as criaturas são a parte mais fraca do espectro. Ou seja, as criaturas se misturam com as sombras (a ausência de luz) e Deus é o espaço mais luminoso do espectro; mas tanto criaturas quanto criador fazem parte do mesmo feixe de luz. Com esta metáfora, Conway procura mostrar a continuidade entre Deus e substância de modo que sua metafísica não leve ao dualismo. Para Conway, portanto, há uma única substância com os atributos matéria e espírito, mas criada por um deus transcendente. A matéria, para Conway é a forma do espírito quando sua luz fica escassa. Já o espírito é a parte com mais intensidade no espectro de luz. Assim, Deus e substância partilham o mesmo atributo: o espírito, ilustrado por ela com a metáfora da luz. Conway ilustra a relação entre Deus e substância com a metáfora da luz e o espírito como atributo partilhado.  

Além disso, a metafísica de Conway é fundada em valores que, como primitivos metafísicos, determinam a hierarquia dos seres. Ou seja, ao estabelecer que o mais alto grau de perfeição é o fim para o qual tendem todas as criaturas, ela consegue, a partir de uma visão teleológica, estruturar e definir três tipos de movimento: (1) a inércia, representada pela ausência completa de movimento, (2) o movimento em direção à perfeição, (3) o movimento que pode ir em direção à perfeição ou para longe dela. Estes três movimentos, que cumprem um papel mais geral de serem princípios de transformação da realidade, funcionam como critérios de distinção entre os três tipos de ser: o ser da espécie superior, o ser da espécie mediadora e os seres inferiores. Com essa divisão, Conway justifica o movimento no interior da substância. Estas distinções também deixam claro que a metafísica de Conway carrega influências neoplatônicas.  

A teoria da individuação de Conway, por sua vez, é tão radical quanto contra-intuitiva. Dado que os indivíduos da espécie inferior são partes da substância única, e dado que os indivíduos são parte de um mesmo nível hierárquico, então os indivíduos podem transformar-se uns nos outros sem que isso implique em uma mudança na substância. Os seres da espécie inferior podem transformar-se em outros de acordo com sua capacidade de desenvolver sua perfeição. Conway, como afirma Duran (1989), concebeu uma teoria que permite a continuidade entre os seres humanos e outras criaturas não-vivas: “não há linha demarcatória clara para Conway ente o humano e o não-humano, o vivente e o não-vivente. (…) Ela defende que, por gradações, um humano pode se transformar em uma mosca” (Duran, 1989, p.69). Nesse contexto da individuação, o processo de transformação e de mudança é anterior as essências e a instituição de um ser individual. Ou seja, os indivíduos são caracterizados por transformações que variam de acordo com sua capacidade de ação. Não há um critério de identidade individual que seja anterior ao estado das transformações atuais de um indivíduo. Além disso, essas transformações só são possíveis porque os indivíduos fazem parte de uma só substância e porque são constituídos de uma pluralidade de corpos. Conway concebe a tese de que as criaturas podem modificar-se e transformar-se umas nas outras. Esse argumento da transmutação é uma alternativa – ainda que contra-intuitiva – às dificuldades decorrentes dos critérios de identidade na individuação no contexto de uma metafísica monistas. O argumento da transmutação de Conway leva às últimas consequências a tese de que os indivíduos são modificações da substância única. 

Há muito o que ser pesquisado sobre a filosofia de Conway e sua relação com os círculos intelectuais do século XVII. Conway é uma das primeiras mulheres a publicar filosofia em língua inglesa e, certamente, uma das primeiras a escrever sobre Espinosa. O resgate de seu breve tratado de metafísica e também do conjunto de sua correspondência traz uma compreensão mais rica e justa dos debates filosóficos do século XVII. Esta narrativa sobre o começo da modernidade em que Anne Conway aparece como protagonista nos permite traçar os argumentos anti-mecanicistas, a defesa do vitalismo, e as teses monistas do começo da modernidade e capturar de modo mais preciso as discussões filosóficas da época. Uma revisão da metafísica produzida no XVII que ignore a contribuição de Conway é uma revisão certamente incompleta. 

[Texto adaptado pela autora de seu capítulo “O Principia de Anne Conway: metafísica neoplatônica no século XVII” presente em Vozes Femininas na Filosofia (org.) Schmidt, A., Secco, G. & Zanuzzi, I. ED. UFRGS. Porto Alegre: 2018).] 

 

Bibliografia 

Obras de Conway 

Tradução para o Latim: 

http://dev.cambridge-platonism.divinity.cam.ac.uk/view/texts/diplomatic/Conway1690  

 

Traduções para o Inglês:  

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CONWAY, Anne. (1996) The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy. Translated & Edited by Allison P. Coudert & Taylor Corse. Cambridge Texts in the History of Philosophy. Cambridge University Press.  

CONWAY, Anne. (1998) The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy. Edited and with an introduction by Peter Loptson. Second Edition. Scholar’s facsimiles & reprints. 

 

Excertos em Inglês 

ATHERTON, Margaret (ed.) (1994). Women Philosophers of the Early Modern Period. Indianapolis: Hackett Publishing Company. 

Tradução para o Português 

CONWAY, Anne. (2010) Os Princípios da Filosofia Mais Antiga e Moderna. tradução de Maria Leonor Telles. Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa.  

Tradução para o Espanhol 

ORIO de MIGUEL, Bernardino (ed.) (2004). La Filosofiá de Lady Anne Conwayun Proto-LeibnizPrincipia Philosophiae Antiquissimae et Recentissimae. Valencia: Editorial de la UPV. 

 

Literatura Secundária 

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POPKIN, Richard. (1984) ‘Spinoza’s Relations with the Quakers in Amsterdam’. Quaker History Vol.73 (Spring), pp.14-28.  

PUGLIESE, Nastassja. (2018) “O Principia de Anne Conway: metafísica neoplatônica no século XVII” em Vozes Femininas na Filosofia (org.) Schmidt, A., Secco, G. & Zanuzzi, I. ED. UFRGS. Porto Alegre. 

PUGLIESE, Nastassja. (2019) “Monism and Individuation in Anne Conway as a critique of Spinoza”. In British Journal for the History of Philosophy. Special Issue: Women Philosophers in Early Modern Philosophy. guest Editors Ruth Hagengruber and Sarah Hutton. Volume 27, Number 4 (July) 771-785. 

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Outros materiais:  

Vídeo da apresentação de Nastassja Pugliese no Dutch Seminar – Early Modern Philosophy em 2018: 

https://www.youtube.com/watch?v=QZv36_2Xs80&list=PLGs_mpVpZS7uD-PidbghgSB_m5pkKEsuf&index=9&t=0s 

Project Vox sobre Conway:  

https://projectvox.org/conway-1631-1679/ 

Verbete da Stanford Encyclopedia of Philosophy escrito por Sarah Hutton: 

https://plato.stanford.edu/entries/conway/ 

Na Encyclopedia of Concise Concepts do Center for the History of Women Philosophers and Scientists há três verbetes sobre Conway: 

https://historyofwomenphilosophers.org/ecc/#hwps