Tem alguém de porre! (Será que sou eu?…)

Salve, Pessoal! Vou transcrever (pelo menos parcialmente) três notícias publicadas em “O Globo”, hoje. Comparem e tirem suas conclusões. Eu apresento as minhas no fim.
18 de maio de 2005 Versão on line
ECONOMIA
18/05/2005 – 10h30m
Palocci sugere política monetária ‘menos restritiva’ e queda de juros em 2005
Agências Internacionais
LONDRES – Em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou que as perspectivas para 2005 são de uma política monetária “menos restritiva” e de queda de juros. O ministro acrescentou que o pior da inflação parece já ter passado e que “a política monetária começou a surtir efeito”.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira se muda a taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 19,50% ao ano. Uma aceleração da inflação em abril levou uma boa parte do mercado a apostar em uma nova alta de 0,25 ponto percentual nos juros. Mas vem ganhando força o grupo de analistas que acredita na manutenção da taxa nesta reunião.
Ao ser perguntado se as taxas cairiam este ano, o ministro respondeu:
– Esta é a perspectiva.
Palocci admitiu na entrevista que a política de expansão do crédito adotada no ano passado, como as linhas de empréstimo com desconto em folha de pagamentos, contribuiu para pressionar a inflação, mas acrescentou que “a médio e longo prazo será bom para a economia”.
O ministro também disse ao jornal britânico não acreditar que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vá flexibilizar a meta de inflação para 2007, fixada em 4,5% ao ano, ainda que não queira antecipar nenhuma decisão.
O ministro reafirmou ser contrário à proposta de elevar o teto da meta de inflação, como defendem alguns membros do PT.
– Não gosto da idéia. Não concordo com os que acreditam que um pouco mais de inflação gera mais crescimento. No Brasil essa teoria já demonstrou estar errada e não estou disposto a pô-la em prova novamente – disse o ministro.
Palocci afirmou ainda que o real, que chegou a seu maior nível em três anos no começo deste mês e já começa a afetar as exportações, vai se desvalorizar de forma gradual.
Esta é a opinião do Ministro da Fazenda. Agora, vejamos o que pensa o Presidente do Banco Central:
18 de maio de 2005 Versão on line
ECONOMIA
18/05/2005 – 20h43m
Copom eleva juros para 19,75% ao ano
Paula Dias, Nice de Paula e Eduardo Diniz – Globo Online
RIO e SÃO PAULO – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu elevar a taxa básica de juros da economia em 0,25 ponto percentual com viés neutro. Com a alta, a nona seguida, a Selic sobe para 19,75% ao ano.
Na justificativa, divulgada logo após o anúncio da taxa, o Copom repetiu o mesmo texto das altas anteriores: “Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros iniciada em setembro, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a Selic para 19,75%”.
A decisão frustrou boa parte dos analistas, que apostava na manutenção da taxa, sobretudo depois que o Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) da Fundação Getúlio Vargas apontou inflação zero em abril e a segunda prévia do IGP-M registrou deflação este mês. Os IGPs refletem, principalmente, os movimentos de preços no atacado. No varejo, a segunda prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe também mostrou desaceleração da inflação no varejo.
O problema é que os sinais de arrefecimento da inflação ainda não estão muito claros. O Boletim Focus, do Banco Central, mostrou no início da semana que o mercado elevou pela 11ª semana consecutiva a projeção para a inflação deste ano medida pelo IPCA, índice usado no sistema de metas e que mede a inflação para o consumidor final: a média do mercado acredita que o IPCA fechará o ano em 6,39% (o BC já anunciou que persegue a meta de 5,1% para 2005). Daí, para evitar que a inflação fuja da meta – que é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional – o BC eleva os juros, buscando conter a demanda e segurar as altas de preços.
Analistas como Paulo de Sá Pereira, estrategista da Sul América Investimentos, afirmam que o principal motivo de os diretores do BC terem elevado a taxa pela nona vez são as taxas ainda elevadas da inflação corrente.
– O temor é de que a inflação corrente contamine a inflação de médio prazo. Mas o ciclo aparentemente está no final, com a desaceleração dos índices de preços no atacado. Precisamos agora esperar pela ata da reunião, que vai apontar os fatores de risco levados em conta na decisão – disse Sá Pereira.
Apesar de toda a pressão política contra a alta dos juros, inclusive de membros do governo, a maioria dos analistas financeiros prevê que a taxa básica só deverá voltar a cair a partir de setembro ou outubro.
Agora, vejamos os efeitos da elevação da Taxa de Juros (SELIC), sobre a Dívida Pública:
18 de maio de 2005 Versão on line
ECONOMIA
18/05/2005 – 11h09m
Dívida interna permaneceu estável em abril, mas parcela indexada à Selic cresceu
Martha Beck – O Globo
BRASÍLIA – O resgate líquido de títulos públicos fez com que o estoque da dívida mobiliária federal (a dívida do governo interna em títulos) se mantivesse em R$ 874 bilhões em abril. No mês passado, os resgates de títulos superaram as emissões em R$ 9,3 bilhões. Mesmo assim, a dívida indexada à taxa Selic cresceu de 57,7% em março para 59,2% do estoque total em abril.
Já a participação de títulos prefixados caiu de 21,5% em março para 20,2% em abril, devido principalmente a um resgate líquido de R$ 13,3 bilhões. Mais uma vez a dívida indexada à taxa de câmbio voltou a cair, passando de 4,2% para 4% entre março e abril. Segundo o Tesouro Nacional, isso ocorreu devido a um resgate líquido de R$ 800 milhões em títulos e à apreciação cambial de 5,06% no mês.
Pela terceira notícia, vocês percebem que o Banco Central jogou no lixo R$ 9,3 bilhões, no mês passado… Na segunda notícia, o que está omitido é que a “Taxa de Inflação” medida (que não é taxa de inflação merda nenhuma! Aumento de preços é um sintoma de inflação; de inflação e de outros fenômenos. Assim como “febre” não é doença! É sintoma! Tente tratar de uma dengue com antitérmicos: a febre vai baixar um pouco e o pacienta vai acabar morrendo!) é resultado direto do aumento dos “preços administrados” (leia-se: petróleo e seus derivados, e tarifas de serviços públicos). “Inflação” é aumento de base monetária, sem o correspondente aumento da produção de bens e serviços. A principal fonte de inflação é o endividamento, público e privado. Agora, pergunte: quem é que está, cada vez mais, se endividando e endividando os outros?
Enquanto isso o Palhaço Palloci, em Londres (advinhe às custas de quem…) fala ao Financial Times em “política monetária menos restritiva e queda de juros”. Será que ele acha que alguém acreditou? Será que ele próprio acredita no que falou?
O Serverino pode ser uma piada de mau gosto, mas, quando ele fala em “botar freio no COPOM”, eu só posso concordar.
Acorda, Lula! Deixa de sonhar com as púrpuras do poder e comece a ver as responsabilidades de ser Presidente!

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