Mulheres e minorias étnicas nos EUA estão estudando mais física

INSIDE SCIENCE NEWS SERVICE

17 de outubro de 2008
Atualmente as Mulheres e Estudantes das Minorias Ampliam suas Participações em Cursos de Física
Por Sam Ofori
Inside Science News Staff

As mulheres e estudantes oriundos de minorias étnicas, tradicionalmente mal representados, vêm cobrindo com sucesso o fosso existente nos cursos avançados de física das “high school”, relata o Instituto Americano de Física em uma pesquisa recentemente publicada. As aulas de física nas “High school” que, historicamente, tinham um maior percentual de estudantes homens, agora estão apresentando quantidades iguais de ambos os sexos.

As aulas de física também receberam uma porcentagem de cerca de 25%, tanto de afro-americanos, como de hispano-americanos, uma percentagem recorde e um salto de dois dígitos a partir dos números registrados em 1990, de acordo com o relatório.

O relatório também observa que mais estudantes, no todo, estão se inscrevendo para cursos de física nas “high school”. Em 2005, um terço dos alunos seniors tinham assistido a ao menos um curso de física, antes da formatura. Isto é um aumento significativo, comparado com 20 anos atrás, quando apenas um em cada cinco estudantes cursava aulas de física nas “high schools”.

Na pesquisa, estudantes afro-Americanos eram 23% dos estudantes de física e os hispano-americanos 24%. Em 1990, cada um desses grupos tinha uma presença de cerca de 10% em aulas de física.

Além disso, o número de estudantes que têm aulas de física avançada quase triplicou nos últimos quinze anos. O relatório também descobriu que mais de 70% dos atuais professores de física “high schools” têm graduação em física ou grande experiência em ensino de física, ou ainda, ambos.

Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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Explicações do Tradutor:

A “High School” americana corresponde ao 2º Grau no ensino brasileiro. Só que o sistema, lá, funciona de forma mais parecida com nossas Faculdades (“créditos”). Há “matérias obrigatórias” e “matérias eletivas” e você pode obter uma “graduação em High School” (mais ou menos equivalente ao Certificado de Conclusão do 2º Grau) direcionada para um futuro curso superior ou mesmo um grau profissionalizante.

Então um “High School Graduate” não tem que, necessariamente, estudar física e, mesmo que tenha que cursar física, não precisa de “física avançada” (Em compensação, o histórico escolar e as matérias nele inclusas são determinantes para a aceitação de um estudante para o curso de graduação em nível superior; dito de outra forma, lá não há “vestibular”: há um sistema algo semelhante ao que se quer fazer do ENEM no Brasil).

Trocando em miúdos: mais estudantes estão se inscrevendo para “física avançada” e mais dentre eles são mulheres ou minorias étnicas, em um campo tradicionalmente dominado pelos WASP.

Um dado desta notícia contrasta com o dado constante em outro boletim ISNS da mesma data, sobre as políticas educacionais dos candidatos à Presidência dos EUA: este afirma que há um número adequado de professores de física devidamente qualificados, embora não o ideal, enquanto o outro pinta um quadro mais sombrio. O que este, na realidade, quer dizer “com experiência no ensino de física” é algo nebuloso… Provavelmente se refere àquelas “licenciaturas alternativas”, mencionadas no outro boletim (algo como engenheiros e outros profissionais com boa formação em física, suficiente para dar aulas no 2º grau).

Diversos termos constantes do texto original em inglês não correspondem a coisa alguma existente no Brasil, por exemplo: the number of students taking advanced physics (an honors, advanced placement, or second-year course) e eu tive que recorrer ao Daniel Doro Ferrante para conseguir compreender a que o texto se referia.

Discussão - 1 comentário

  1. Isis disse:

    No Brasil, a cada dia que passa, as mulheres estão estudando mais que os homens. Acredito que lá fora seja assim também. E a física, em si, tem atraído mais pessoas interessadas nessas megalomaníacas construções e avanços tecnológico. Ótimo para todos!

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