“Por Dentro da Ciência” do Instituto Americano de Física (8/12/08)

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8 de dezembro de 2008
Por Jim Dawson
Inside Science News Service

E Você Pensava que os Elfos Eram Pequenininhos

Como é que Papai Noel e suas renas voadoras fazem para cobrir cerca de 5.200.000 km², parar em mais de 80 milhões de residências e entregar exatamente o brinquedo que cada criança deseja, tudo em uma única noite? Os cientistas têm trabalhado neste problema por anos a fio e as soluções estão começando a aparecer. Em 1998, os cientistas do Laboratório Nacional do Acelerador Fermi, próximo a Chicago, resolveram o problema do “cara gordo passando pela chaminé”, ao observarem que, se Papai Noel está viajando a uma velocidade próxima à da luz, seu corpo ficaria esticado por uma contração de Lorentz-Fitgerald e ele caberia. Eles também estabeleceram que, viajando somente um pouco abaixo da velocidade da luz, isso permitiria que ele visitasse os milhões de crianças em sua lista em cerca de 500 segundos.

Agora, um pesquisador da North Carolina State University, Raleigh, adicionou alguns dados à base de dados “Noélicos”, observando que Papai Noel e seus elfos provavelmente disõem de “conhecimentos avançados em ondas eletromagnéticas, do contínuo espaço-temporal, nanotecnologia, engenharia genética e ciências da computação”. Larry Silverberg, um engenheiro mecânico e aeroespacial, acredita que Papai Noel tem um “canal de informação” para os pensamentos das crianças, através de uma “antena receptora que combina as tecnologias atualmente usadas nos telefones celulares e EEGs (eletroencefalogramas). Um sofisticado sistema de comunicações processa os sinais, filtrando os dados, dando a Papai Noel as dicas sobre quem deseja o que, onde as crianças moram e quem foi bonzinho ou não”. Silverberg também observou que os dados são, provavelmente, processados em um sistema de navegação “onboard” do trenó.

No tocante às renas nos telhados, distribuindo os milhões de brinquedos, Silverberg oferece a seguinte explicação: “Suas renas — geneticamente modificadas para poderem voar, se equilibrar nos telhados e enxergar bem no escuro — não tracionam de verdade um trenó cheio de brinquedos. Em lugar disso, cada casa se torna a oficina de Papai Noel, porque ele utiliza um nano-fabricador-de-brinquedos {do tamanho de um punhado de átomos] para fabricar os brinquedos dentro das casas das crianças. Os presentes são criados no local, quando os nano-fabricadores-de-brinquedos criam — átomo por átomo — os brinquedos a partir de neve e fuligem, de modo bem parecido com o qual o DNA consegue comandar o crescimento de materiais orgânicos tais como tecidos e órgãos.”

Finalmente, Silverberg alerta as crianças para “não confiarem demais nas opiniões daqueles que dizem que não é possível entregar presentes pelo mundo inteiro em uma noite. É possível e isso se baseia em ciência plausível”.

Tome Duas Aspirinas e Chame Sua Camisa

A idéia de tecidos “eletrônicos” vem sendo discutida pelos cientistas há vários anos, freqüentemente no centxto de tecidos emissores de luz que podem fazer com que o vestuário mude de cores e reflita as cores de maneiras pouco usuais. Novas pesquisas, publicadas em Nano Letters, avalia a possibilidade de incorporar nanotecnologia em fibras de algodão para fabricar “vestuário com alto-conteúdo-tecnológico”. As fibras de algodão podem ser revestidas com eletrólitos (condutores de eletricidade) e nanotubos de carbono, e, então, revestidos com anticorpos que detectem a presença de albumina, uma proteína chave do sangue.  Nicholas Kotov, da Universidade de Michigan, Ann Arbor, observa que as roupas podem se tornar “sensores biomonitores e telemédicos”, que poderiam monitorar e difundir os sinais vitais de uma pessoa, progressos de doenças, ou poderiam mesmo detectar se um soldado em combate foi ferido. Kotov também afirma em seu artigo, em parceria com vários cientistas da Universidade Jiangnan, Wuxi, China, que deve ser possível criar fibras para vestuário que “coletem e armazenem energia”, permitindo que as pessoas se tornem seus próprios sistemas geradores e acumuladores de energia.

Um toque de tom verde, ou vermelho

Pesquisadores da Universidade Brown, em Providence, Rhode Island, EUA, descobriram que existe uma diferença genérica na cor da pele de homens e mulheres caucasianos: os homens têm a pele mais avermelhada e as mulheres tendem a ser mais “esverdeadas”. Para realizar o estudo, Michael Tarr, um cientista da cognição, analisou 200 imagens de homens e mulheres. Essas imagens foram fotografadas em 3-D, sob condições idênticas de iluminação e sem maquilagem. Tarr e seus colegas usaram um computador para analisar a quantidade de pigmento vermelho e verde nas faces. “Se houver mais do extremo vermelho do espectro [o rosto] tem uma maior probabilidade de ser um homem”, explica ele. “Se estiver mais para o lado verde do espectro, há uma probabilidade maior de ser uma mulher”.

Tarr criou um rosto composto, sexualmente ambíguo, e “nubliou” a imagem com ruído visual, semelhante à estática em uma tela de TV. Um grupo de estudantes, então, olhou para milhares de versões da imagem, alguns tingidos ligeiramente mais verde, outros ligeiramente mais vermelhos. Os estudantes identificavam cada imagem como homem ou mulher, e os resultados mostraram que as faces avermelhadas eram identificadas, de maneira consistente, como sendo de homens, enquanto as esverdeadas eram identificadas como mulheres. O estudo, publicado na revista Psychological Science, tem implicações nas pesquisas de ciência cognitiva, especialmente sobre nossa percepção de faces. Isto também pode ter aplicações no desenvolvimento de uma melhor tecnologia de reconhecimento facial, declarou Tarr, bem como para a indústria de propaganda.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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