“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (19/02/09)

(São dois boletins do ISNS, mais ou menos sobre o mesmo tema, publicados em 19/02/09).
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19 de fevereiro de 2009

Energia “Verde” e “Limpa” Ganha Bilhões no Pacote de Estímulo (da Economia)

Por Jim Dawson
ISNS

Dinheiro para a climatização das residências para famílias de baixa renda, garantias para financiamento para projetos de energia eólica e solar, fundos para programas estaduais e locais de “energia limpa”, e recursos para pesquisas para energia de biomassa e geotérmica respondem por alguns dos bilhões de dólares do pacote de recuperação da economia que caem na categoria genérica de “energia verde”.

Os investimentos e benefícios fiscais contidos no pacote de estímulo de US$787,2 bilhões envolve tantos programas, em tantas áreas diferentes, que é difícil definir claramente quais são somente “verdes”, mas é possível dar uma visão geral.

Os investimentos em “energia verde” mais imediatos incluem mais de US$ 6 bilhões em fundos para os estados investirem em eficiência energética e conservação de energia, mas os detalhes sobre exatamente como os estados vão investir esse dinheiro ainda estão por ser definidos.

Uma análise dos números, vinda de diversas fontes que incluem os membros da Câmara e do Senado, organizações envolvidas com energia e meio ambiente, e organizações científicas, tais como a Associação Ameriacana para o Progresso da Ciência (AAAS), indicam que mais de US$ 4o bilhões vão para a “energia verde” de uma forma ou de outra.

Essa cifra não inclui os cerca de US$11 bilhões para a melhoria da rede nacional de eletricidade (vide o outro boletim do ISNS desta data), mas inclui US$ 9,3 bilhões para o desenvolvimento de sistemas ferroviários de alta velocidade intermunicipais e o melhoramento da eiciência da Amtrak. Sem contar os trens, os recursos para energia limpa montam a pouco mais de US$ 30 bilhões.

Os número se subdividem assim:

  • US$6,3 bilhões para fundos de eficiência energética e conservação de energia dos estados. De acordo com o Senador Jeff Bingaman, (Democrata -Novo México), presidente da Comissão de Energia e Recursos Naturais, mutios estados e governos locais desenvolveram programas de energia limpa, porém, por causa da crescente crise econômica, agora carecem dos recursos financeiros para desenvolver e por para funcionar esses projetos. Os US$ 6,3 bilhões devem permitir que os estados e governos locais “acelerem rapidamente o desenvolvimento [dos programas] de energia limpa”, declarou Bingaman.
  • US$6 bilhões para novas garantias de financiamentos para projetos de energia renovável, tais como os de energia eólica e solar. Os recursos também incluerm dinheiro para projetos de linhas de transmissão de eletricidade que permitirão que a energia gerada por usinas eólicas e solares se conectem à rede.
  • US$5 bilhões para ampliar os fundos de financiamento para climatização de residências de famílias de baixa renda. O fundo de financiamento tem como meta tornar mais de um milhão de residências mais energeticamente eficientes, mediante melhor isolamento térmico, portas e janelas melhores e outros melhoramentos para maior eficiência. A climatização porde diminuir as contas de energia em até US 350 por ano por residência e, provavelmente, se constitui no retorno mais rápido de qualquer investimento em energia, dizem os experts.
  • US$4,5 bilhões para aumento da eficiência energética em prédios do governo federal. De acordo com a Comissão, “o governo federal é o maior consumidor de energia do mundo” e realizar melhoramentos da eficiência energética dos prédios federais pode reduzir a conta de energia do governo em 25%.
  • US$2,5 bilhões para pesquisas sobre eficiência energética e energia renovável para os programas do Departamento de Energia (DOE). Isso se subdivide em US$800 milhões para biomassa, US$400 milhões para energia geotérmica e US$1 bilhão para programas de pesquisa e desenvolvimento relacionados com tecnologias mais limpas para carvão, petróleo e gás, inclusive pesquisas sobre sequestro de carbono.
  • US$400 milhões para estabelecer a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada sobre Energia (Advanced Research Projects Agency-Energy = ARPA-E) no Departamento de Energia. A ARPA-E tem como missão reunir equipes de cientistas de vários campos para, de acordo com sua regulamentação de criação, resolver “as necessidades mais urgentes da nação em energia, através de pesquisa de alto risco e o rápido desenvolvimento de tecnologias de transformação para energias limpas”.
  • US$300 milhões para pesquisa relacionada com energia no Departamento de Defesa. Esses recursos são destinados a projetos de geração, transmissão, regulação, armazenagem e uso de energia renovável em instalações militares.
  • US$500 milhões para a preparação de trabalhadores para carreiras nos campos de eficiência energética e energias renováveis. O Presidente Obama declarou que o pacote de estímulo, no todo, deve empregar 460.000 pessoas em programas relacionados com a energia e dobrar a quantidade de energia produzida por fontes alternativas nos próximos três anos.
  • US$2 bilhões em financiamentos para a manufatura de sistemas de baterias avançados. Um dos problemas críticos no desenvolvimento de automóveis elétricos comercialmente viáveis é a eficiência das baterias. O melhor que a ciência e a indústria automobilística podem prometer, no momento, é um veículo elétrico com uma autonomia de menos de 80 km e, mesmo isso, para daqui a um mínimo de um ou dois anos. A indústria automobilística gastou milhões com a pesquisa sobre baterias, mas o progresso tem sido lento.
  • US$1 bilhão para programas de eficiência energética que financiem combustíveis alternativos para caminhões e ônibus, e dêm início a uma infraestrutura de transportes que abranja automóveis elétricos e outros veículos. Cerca de Us$300 milhões desse total iriam para a repotencialização de velhos caminhões com a atualização de seus motores a diesel, enquanto outros US$300 milhões iriam para a aquisição pelos governos estaduais e locais de ônibus e caminhões acionados por gás natural comprimido. Cerca de US$300 milhões dos recursos proveriam compensações fiscais para consumidores que comprassem eletrodomésticos com maior eficiência energética.
  • US$8 bilhões para o desenvolvimento de ferrovias de alta velocidade para promover o transporte ferroviário intermunicipal por toda a nação. Outros US$1,3 bilhões serão alocados para o sistema Amtrakde transporte de passageiros.

Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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