“Por dentro da ciência” do Instituto Americano de Física (03/03/09)

Photobucket 3 de março de 2009 Por Jim Dawson Inside Science News Service

Vinho e Cerveja Podem Fazer Bem aos Ossos

Um copo de vinho ou uma garrafa ou duas de cerveja por dia podem fortificar os ossos de mulheres e homens idosos, porém beber mais do que isto pode até enfraquecer os ossos — é o que diz uma nova pesquisa do Centro de Pesquisa de Nutrição Humana no Envelhecimento da Universidade Tufts em Boston. A pesquisa que homens e mulheres pós-menopausa acima dos 60 anos de idade, descobriu que a ingestão de doses moderadas de álcool estava associada com uma maior densidade mineral óssea [também conhecida como, simplesmente, Densidade Óssea = DO]. Enquanto pesquisas anteriores sugeriam uma ligação entre a ingestão moderada de bebidas e uma melhora na densidade óssea, o estudo da Tufts procurou especificamente pelos “possíveis efeitos de três classes de bebidas alcoólicas: cerveja, vinho e destiladas, sobre a DO”, como diz Katherine Tucker, a diretora do programa de pesquisa epidemiológica na Tufts. “Encontramos associações mais fortes entre uma maior DO e bebedores de cerveja, na sua maioria homens, e bebedores de vinho, em sua maioria mulheres, em comparação a bebedores de bebidas destiladas”, acrescenta ela. Tucker e seus colegas especulam que o silício encontrado na cerveja contribui para uma maior densidade óssea entre os homens. Fica menos claro o motivo porque as bebidas destiladas e o vinho podem proteger a densidade óssea. Os pesquisadores também enfatizam que beber demais causa danos aos ossos e observam que “ninguém deve confiar em bebidas alcoólicas para manter a densidade óssea”. O estudo foi publicado no American Journal of Clinical Nutrition. Uma pesquisa realizada por Tucker em 2006, descobriu que bebidas carbonatadas tipo cola causam uma diminuição na densidade óssea de mulheres idosas, mas não em homens.

Titica de Galinha Encoraja Bactérias a Comer Petróleo Derramado

Cientistas da Universidade Wuhan na China descobriram que titica de galinha e outros dejetos de animais podem fornecer os iniciadores químicos e microbianos para dispararem a biodegradação de petróleo cru em solos contaminados. Em um artigo no International Journal of Environment and Pollution, os cientistas declaram que o método que emprega dejetos animais para limpar contaminações por petróleo é “mais benigno para o meio ambiente” do que os processos convencionais, tais como o emprego de detergentes que podem se tornar, eles próprios, os poluentes. Eles dizem que, nos testes, a titica de galinha aumentou o pH do solo contaminado de modo significativo, o que encorajou o crescimento de conhecidas bactérias “devoradoras de petróleo”. Em solo contaminado por quantidades significativas de petróleo cru, os pesquisadores descobriram que 75 % do petróleo foi fracionado no solo com o “aditivo galináceo”, depois de duas semanas. No solo não tratado, os processos naturais fracionaram apenas 50 % do petróleo. “O uso de titica de galinha para estimular a biodegradação do petróleo cru no solo pode ser um dos vários processos ambientalmente amistosos sonhados para combater a poluição pelos hidrocarbonetos do petróleo no ecossitema natural”, declaram os pesquisadores.

Mudanças Climáticas Podem Elevar o Mar Mediterrâneo em Quase 70 cm

Uma equipe de pesquisa hispano-britânica, usando modelos globais do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (conhecido pela sigla em inglês: IPCC) das Nações Unidas, desenvolveram três cenários sobre qual será o impacto causado pelo aquecimento global sobre o Mar Mediterrâneo nos próximos 90 anos. O cenário “mais favorável” presume que as concentrações de gases de efeito estufa permaneçam constantes nos níveis do ano 2000, prediz um aumento de pouco mais de 2,5 cm (1 pole­gada). Os outros dois cenários “contemplam um aumento dos gases de efeito estufa e prevêem um aumento de até 2,5°C”. Além disso, dizem os pesquisadores, “os resultados mostram que o aumento das temperaturas vai se acelerar durante o século XXI”. Os pesquisadores declaram que o nível de todo o Mediterrâneo vai subir entre 3 e 61 cm em média como resultado dos efeitos do aquecimento”. A significativa variação entre os cenários depende da atividade econômica global, bem como do sucesso ou falha dos esforços para controlar a emissão de gases de efeito estufa. A pesquisa, publicada no Journal of Geophysical Research-Oceans, também indica que o Mediterrâneo vai se tornar, cada vez mais, salgado, porém as previsões correntes sobre salinidade não são muito confiáveis, segundo os cientistas.


Este texto é fornecido para a media pelo Inside Science News Service, que é apoiado pelo Instituto Americano de Física (American Institute of Physics), uma editora sem fins lucrativos de periódicos de ciência. Contatos: Jim Dawson, editor de notícias, em jdawson@aip.org.

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