A mediocridade passa a ser obrigatória no Brasil
Como é que eu posso me juntar ao coro de apupos à jornalista Ruth de Aquino, se ela parece ser uma lídima porta-voz da sociedade brasileira?
Alguém duvida disso?… Então dê uma olhadinha nesta notícia reproduzida no Jornal da Ciência da SBPC (que ainda não suscitou comentário algum… talvez por medo de soar “elitista”…):Câmara proíbe aluno de cursar duas faculdades públicas ao mesmo tempo.
Não é sensacional?… Primeiro, foi o famigerado sistema de “cotas” — um “atestado de falência” para o ensino público e as políticas sociais. E uma tremenda “enganação” para com os candidatos a um diploma de curso superior: nem precisa dizer que, quem não aprendeu antes do vestibular, não será depois que vai aprender… E — sejamos francos — de semi-analfabeto com diploma de curso superior, o Brasil já está cheio (a OAB que o diga!…)
Pois o nosso sábio Legislativo — eleito livremente pela sociedade brasileira e seu representante legítimo — acaba de “tirar o sofá da sala”, mais uma vez…
Será que, em nome de tanto “igualitarismo”, vamos “progredir” em outros campos, também?… Por exemplo, no futebol. Já que é profundamente injusto que um “pereba” como eu nunca vá ter a oportunidade de jogar pelo timinho da Nike pela Seleção Brasileira, que tal aprovar uma legislação compensatória,.obrigando todas as equipes a ter uma “cota” de “pernas-de-pau”? Assim satisfaríamos as inúmeras famílias brasileiras que acham que seus rebentos são “craques”, mas nunca tiveram uma chance.
O que a Ruth de Aquino falou, é o que o “povão” pensa! É chato, é ridículo, é uma mostra de ignorância sobre como se faz pesquisa científica, mas é um retrato da opinião pública (ou, pelo menos, da “opinião que se publica” — como diria o Barão de Itararé).
E, se a ciência no Brasil continuar dependendo da SBPC para defendê-la, eu vou dizer o que Brecht disse pela boca de Galileu: “Infeliz do povo que precisa de heróis”.
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