Ciscando pelo EurekAlert
Duas notícias sobre a Dengue:
Nova compreensão do vírus da dengue aponta caminhos para possíveis terapias e Cientistas identificam fatores no hospedeiro que são críticos para a infecção pelo vírus da dengue, ambas sobre uma pesquisa realizada por uma equipe da Universidade Duke, liderada por Mariano Garcia-Blanco, M.D., Ph.D., professor de genética molecular e microbiologia no Centro Médico da Universidade Duke, a ser publicada na edição de 23 de abril da Nature.
Garcia-Blanco e seus colegas conseguiram desabilitar o funcionamento dos genes envolvidos em células de mosca de fruta infectadas com uma cepa do vírus da dengue conhecida como DENV-2. O “trabalho de chinês” foi, simplesmente silenciar um gene de cada vez ( e eram, apenas, por volta dos 14.000) e indicar, com precisão, quais os genes eram essenciais ao crescimento do vírus e quais não eram. Eles usaram a mosca da fruta como modelo porque as ferramentas genéticas necessárias para realizar o mesmo trabalho em mosquitos ainda não foram desenvolvidas.
Diz Garcia-Blanco: “A dengue é uma doença perigosa e, até agora, não existe tratamento para ela, nem meios para prevenção. Mas, se pudermos achar uma fraqueza no vírus, podemos projetar uma estratégia para combatê-lo. Este estudo nos ajudou a identificar algumas brechas na couraça da dengue”.
O processo apresentou 116 fatores do hospedeiro que pareciam ser importantes para o sucesso da infecção nas moscas de fruta. Durante os testes com vários desses fatores na Universidade Johns Hopkins, os pesquisadores descobriram que ao menos um deles – e possivelmente um segundo – era necessário para que ocorresse a infecção por dengue nos insetos.
Os cientistas também infectaram células humanas com o vírus DENV-2 e descobriram que 82 dos genes do mosquito tinham seus análogos nos genes humanos. Cerca de metade deles se revelaram fatores específicos do hospedeiro importantes para a infecção em pessoas.
Com o título Plantas absorvem mais Carbono com céus nebulosos, vem o relato de um estudo realizado sob os auspícios do Conselho de Pesquisas sobre o Ambiente Natural da Grã-Bretanha, que envolveu cientistas do Centro de Ecologia & Hidrologia, do Met Office Hadley Centre, ETH Zurich e da Universidade de Exeter.
A autora principal do estudo, Dra Lina Mercado, do Centro para Ecologia & Hidrologiay, declarou: “Surpreendentemente, os efeitos da poluição atmosférica parecem ter melhorado a produtividade global das plantas em até ¼, de 1960 a 1999. Isso resultou em um aumento líquido de 10% na quantidade de carbono armazenado sobre as terras, decontados os demais efeitos”.
Um aumento nas partículas microscópicas liberadas na atmosfera (conhecidas como aerossóis) pelas atividades humanas e mudanças na cobertura de nuvens, causaram um declínio na quantidade de luz solar que atinge a superfície da Terra, desde a década de 1950s até a dácada de 1980 (um fenômeno conhecido como “Escurecimento Global”). Mas isso foi contrabalançado por uma maior difusão da luz solar, o que permitiu uma maior absorção dessa luz, uma vez que menos folhas ficaram efetivamente na sombra.
Um co-autor do estudo, o Professor Peter Cox da Universidade de Exeter resume assim as consequências do estudo: “Na medida em que continuarmos a limpar o ar na atmosfera inferior, o que temos que fazer pelo bem da saúde das pessoas, o desafio de evitar mudanças climáticas perigosas através de reduções das emissões de CO2, será ainda maior. Os diferentes agentes poluidores envolvidos nas mudanças climáticas têm diferentes efeitos sobre as plantas e esses efeitos têm que ser levados em consideração para que possamos tomar decisões sensatas sobre como lidar com as mudanças climáticas”.
E uma notícia vinda da Universidade de Michigan fala de um Concreto auto-reparante para obras de infraestrutura mais duráveis. Esse novo material, desenvolvido pela equipe de Victor Li, Professor de Engenharia Civil e de Ciência e Engenharia de Materiais, é projetado para se dobrar e rachar em fissuras bem finas, em lugar de quebrar e abrir grandes rachaduras. O melhor é que as únicas coisas necessárias para a “cicatrização” das fissuras são dióxido de carbono e água.
Fotos: Nicole Casal Moore (Clique na foto para ampliar)
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