O tal meteorito não causou a extinção dos dinossauros


Press Release 09-076

Geólogos descobrem que o impacto não levou a uma extinção em massa há 65 milhões de anos

Impacto do meteorito em Chicxulub.

Essa é uma concepção artística do impacto do meteoro que criou a cartera de Chicxulub.
Crédito e imagem ampliada

27 de abril de 2009

A disseminada e antiga teoria de que a cratera de Chicxulub tem a chave para a extinção dos dinossauros, junto com 65% de todas as outras espécies, há 65 milhões de anos, é contestada em um artigo publicado neste 27 de abril no Journal of the Geological Society.

Quando esférulas resultantes do impacto foram achadas logo abaixo da fronteira Cretáceo-Terciária (K-T), foram imediatamente identificadas como a “arma fumegante” responsável pela extinção em massa que ocorreu há 65 milhões de anos.

Sedimentos que mostram que o meteorito de Chicxulub é anterior à extinção K-T

Os sedimentos mostram que o meteorito de Chicxulub antedata a extinção em massa de 65 milhões de anos atrás.
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A mais nova pesquisa, conduzida por Gerta Keller da Universidade de Princeton em Nova Jersey, e Thierry Adatte da Universide de Lausanne, Suíça, com dados colhidos no México, vê indícios de que o impacto de Chicxulub antedate a fronteira K-T em até 300.000 anos.

Gerta Keller e colegas trabalham na região de Chicxulub.

Geólogos, Gerta Keller e outros, trabalham para desenterrar os indícios do evento do impacto de meteorito em Chicxulub.
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“O problema com a interpetação que aventa um tsunami”, explica Keller, “é que esse com­plexo de arenito não foi depositado dentro de horas ou mesmo dias por um tsunami. O de­pósito aconteceu ao longo de um grande período de tempo”.

Os cientistas também descobriram indícios de que o impacto de Chicxulub não teve o im­pacto dramático sobre a diversidade de espécies que foi sugerido.

Essa conclusão nem devia causar surpresa, diz ela. Nenhum outro grade evento de extin­ção em massa é associado com um impacto e nenhuma outra grande cratera é tida como associada a outro evento significativo de extinção.

Keller sugere que as maciças erupções vulcânicas no Trapps do Decan, na Índia, podem ser resposáveia pela extinção, liberando enormes quantidades de poeira e gases que podem ter bloqueado a luz solar e causado um significativo efeito estufa.


Discussão - 3 comentários

  1. jose roberto de oliveira disse:

    Estou tão encantado com a novidade quanto o fato da existência de tão importante blog. Parabéns aos idealizadores.

  2. Climber disse:

    "é que esse com­plexo de arenito não foi depositado dentro de horas ou mesmo dias por um tsunami. O de­pósito aconteceu ao longo de um grande período de tempo".
    Pronto...existiu o dilúvio global!!!! E os dinossauros eram muito grandes para caberem na Arca...
    Seria essa diferença de 300 mil anos uma perturbação dos dados? Um simples erro matemático? Bem...não sou geólogo/climatólogo

  3. João Carlos disse:

    Eu confesso que também não estou muito convencido... Se os dados provassem que o impacto foi posterior à extinção, isso sim descartaria a hipótese totalmente.
    E um impacto dessas proporções também causaria um tremendo vulcanismo no ponto antípoda do impacto; portanto, uma coisa parece não excluir a outra...
    O importante é que a discussão está mais aberta do que nunca...

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