Sabe qual é o problema com os imbecís?

É que eles não se acham imbecís! E eu não estou falando dos “corações de galinha” que vão votar “sim” no referendo porque têm “medinho” de arma de fogo. A coisa é muito mais séria.
Quando a imbecilidade se une à ganância, você ve coisas como uma matéria de seis páginas (de internet) na edição on line do New York Times (aqui — eu não vou me dar ao trabalho de traduzir seis páginas de sandices) falando das benesses da redução da Calota Polar Ártica. Vai facilitar a navegação do Ártico, trazer movimento para os portos da região e, o mais importante na cabeça desses consumistas de merda, os americanos: petróleo! Vai ser possível montar plataformas para exploração do petróleo ártico!
Puta que pariu! Tadinho do capeta: vai ter que arrumar um lugarzinho pior no inferno para acomodar esses infelizes que sabem que estão fudendo tudo para as próximas gerações, mas estão cagando e andando!
E eu aqui, me preocupando com o direito do brasileiro ter ou não uma arma de fogo… Não faz a menor diferença: tanto faz morrer assassinado por um bandido, como morrer afogado, quando o nível dos Oceanos subir e Araruama for riscada do mapa… (quem foi o engraçadinho aí atrás que gritou que “merda boia!”?)
É nessas horas em que a gente desanima da humanidade, da ciência e da religião… A primeira não presta, a segunda não sabe e a terceira não resolve…
Deus deve adorar os imbecís: fez um monte deles!…

P.S: por falar em imbecís, eu fui obrigado a botar aquele infeliz campo, onde você tem que digitar aquelas letrinhas tronxas que aparecem em um quadrinho, por causa dos imbecís que mandam spam disfarçado de comentário! Quosque tandem abutere patientia nostra?…

Acidificação dos Oceanos e diminuição das calotas polares

Salve, Pessoal! Mais uma notícia, desta vez do Le Monde, dando conta das lambanças climáticas. La vai:

A acidificação dos oceanos ameaça a cadeia alimentar do Oceano Austral LE MONDE | 01.10.05 | 14h20 • Atualizado em 01.10.05 | 14h20
A acidificação dos oceanos vai desestabilizar, de hoje a 2030-2050, os ecossistemas marinhos? Sem dúvida, se acreditarmos em um estudo internacional publicado na quinta-feira 29 de setembro na revista “Nature” e realizado por uma dezena de laboratórios alemães, americanos ou, ainda, franceses. Segundo eles, o crescimento da taxa de dióxido de carbono na atmosfera vai provocar, em um prazo mais ou menos breve, uma acidificação dos mares tal que certos organismos com esqueletos externos não poderão nele subsistir. No decurso do século XX, o pH médio dos oceanos despencou de 0,1 unidade. Esta tendência vai se acelerar no decorrer do século XXI e é prevista uma baixa do pH de 0,3 a 0,4 unidades de hoje até 2100.
“Em função de diferentes cenários de desenvolvimento”, explica Patrick Monfray, co-autor dessa publicação e pesquisador no Laboratório de Geofísica e Oceanografia Espaciais (CNRS, IRD, CNES e Universidade de Toulouse-III), “nós demonstramos que a acidez dos oceanos vai crescer até o ponto em que, nas altas latitudes polares, certos organismos dotados de conchas calcárias, vão estar em uma água tão ácida que ela será capaz de dissolver suas carapaças”. Se as emissões de CO2 não forem dominadas (cenário chamado “Business as usual”=”Negócios como os usuais”), esse pónto será atingido cerca de 2030, estima o Sr. Monfray. Se, ao contrário, a concentração de gás carbônico se estabilizar em 650 ppm (partes por milhão), chega-se a ele em torno de 2050.
Os organismos cujas conchas são formados de calcita não deverão ser os primeiros a serem afetados. Em contrapartida, aqueles com o esqueleto externo constituído de aragonita (CaCO3 ou carbonato de cálcio) estão particularmente ameaçados.
É notadamente o caso dos moluscos planctônicos chamados pterópodes. Ora, esses organismos se revestem de uma importância particular. “Eles formam um elo importante da cadeia alimentar do Oceano Austral”, explica Patrick Onfray. “Potencialmente, isso pode gerar fenômenos em cascata em grande escala”, que afetarão uma grande faixa de espécies (cetáceos, salmôes, etc.).
Estes fatos são ainda mais preocupantes já que, perdurando a tendência atual, o fenômeno vai atingir, em torno de 2100, não somente as altas latitudes, mas, igualmente, as zonas mais meridionais como o Pacífico Norte. A publicação destes trabalhos vem de encontro àquilo que diversas pesquisas recentemente puseram em evidência: importantes modificações na repartição da fauna planctônica.
ENXUGAR OS EXCESSOS
No Atlântico Norte, por exemplo, certos planctons migram para o norte, sob o efeito do reaquecimento das águas da superfície (ver matéria do Le Monde de 20 de setembro de 2004). Entre uma acidez crescente ao Norte e o aumento da temperatura mais ao Sul, a dinâmica dessas espécies será realmente profundamente perturbada a curto prazo.
Os recifes de coral – nichos de uma abundante biodiversidade – poderão sofrer também com a acidificação dos mares, acrescentam os pesquisadores. Ainda assim, este ponto continua em discussão. Um estudo controvertido, publicado em dezembro de 2004 na revista “Geophysical Research Letters”, concluía que os corais poderiam, ao contrário, se benefeiciar do aquecimento. Com efeito, se a baixa do pH tende a reduzir o conteúdo de aragonita na água do mar (e, portanto, desacelerar os fenômenos de calcificação) o aumento da temperatura da água contrabalancearia esta tendência.
Mesmo se estas discussões permaneçam na comunidade científica, a acidificação dos oceanos é objeto de inquietudes crescentes. Porque ela conduz, por outro lado, à redução da capacidade dos oceanos em absorver o CO2 produzido pela atividade humana. Quanto mais o oceano ficar ácido, menos será capaz de enxugar os excessos produzidos pelo homem.
Em suma, explica o Sr. Onfray, este é um caso de “realimentação positiva”, Ou seja, este efeito tampão do oceano não pode ser negligenciado porque as águas da superfície absorvem mais de um terço dos rejeitos de gás carbônico engendrados pela queima de combustíveis fósseis.
Stéphane Foucart
(Quadro anexo ao artigo)
Forte redução da calota glacial ártica
A calota glacial ártica ficou fortemente reduzida este ano e isso pelo quarto verão consecutivo, indicaram na quarta-feira 28 de setembro os cientistas americanos. Este fenômeno, atribuído ao aquecimento do clima vai, provavelmente, se acelerar. “Dado o baixo nível recorde dos gelos este ano, no fim de setembro, 2005 vai, praticamente com certeza, ultrapassar 2002 em ter a mais fraca calota de gelo no Ártico em um século”, declarou Julienne Stroeve do Centro Americano de Dados sobre Neves e Gelo (NSIDC). “Neste rítmo, o Ártico não terá mais gelo, durante a estação do Verão, bem antes do fim deste século”, acrescentou ela. A zona gelada do Oceano Ártico fica normalmente reduzida a seu mínimo em setembro, no fim do verão. Em 21 de setembro de 2005 a banquisa não tinha mais do que 5,32 milhões de km2, ou seja, a mais tênue superfície jamais medida pelos satélites, precisaram os cientistas em um comunicado. Os “experts” do NSIDC calcularam que a calota glacial do Ártico vai se reduzir em 8% em média, a cada decênio. – (AFP.)
Artigo publicado na edição de 02.10.05

Quando será que os idiotas vão ver que estão pondo fogo na própria casa???

Tadinho do Papai Noel…

Salve, Pessoal! Como a falta do que fazer é muita e eu gosto de praticar minhas habilidades de tradução, lá vai mais uma de um artigo do The New York Times, da edição de ontem, sobre a diminuição das calotas polares. Leiam e vejam se observam a mesma coisa que eu…

29 de Setembro de 2005
Em uma tendência de derretimento, menos gelo disponível no Ártico
Por ANDREW C. REVKIN
A camada flutuante de gelo marinho no Oceano Ártico encolheu, neste verão, ao que provavelmente foi seu menor tamanho em pelo menos um século de registros feitos, continuando a apresentar uma tendência na direção de menos gelo no verão, conforme relatou ontem uma equipe de “experts”.
Esta mudança é algo difícil de explicar sem atribuí-la, em parte, ao aquecimento global por interferência do homem, disseram os membros da equipe e outros “experts” sobre a região.
A mudança parece, também, estar inclinada a se tornar auto-sustentável: a maior superfície de águas abertas absorve mais energia solar que, de outra forma, teria sido refletida de volta ao espaço pelo brilhante gelo branco, disse Ted A. Scambos – um cientista do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo em Boulder, Colorado – que compilou os dados juntamente com a NASA.
“Os ‘feedbacks’ no sistema estão começando a tomar conta”, disse o Dr. Scambos.
Os dados foram disponibilizados no site do Centro: www.nsidc.org.
As descobertas são consistentes com as recentes simulações computadorizadas que mostram que um acúmulo de emissões de gases associados ao efeito-estufa provenientes de chaminés e canos de escape, poderia levar a um Ártico profundamente transformado, lá para o final deste século, quando grande parte do Oceano que era preso na banquisa de gelo, vai se tranformar em águas abertas durante os verões.
As áreas de águas abertas no verão podem ser um benefício para as baleias e os bacalhaus e o recesso do gelo poderia criar atalhos nas rotas de navegação entre o Atlântico e o Pacífico.
Mas uma hoste de problemas está, também, pela frente. Uma das conseqüências mais significativas do aquecimento do Ártico serão fluxos aumentados de águas derretidas e icebergs, das geleiras e banquisas, e, com isso, um aumento acelerado nos níveis dos mares, ameaçando as áreas costeiras. A perda do gelo marinho também pode ser danosa para os ursos polares e os caçadores de focas Esquimós.
A calota de gelo do Ártico sempre cresce no inverno e encolhe no verão. A área média do mínimo, desde 1979 quando começou o preciso mapeamento por satélite, até 2.000 era de 2,69 milhões de milhas quadradas, um tamanho semelhante ao território dos Estados Unidos, sem o Alaska. A nova mínima de verão, medida em 19 de setembro, ficou 20% abaixo disso.
Antes de 1979, os cientistas estimavam o tamanho da calota de gelo com base em realtórios feitos por navios e aviões.
A diferença entre a área média de gelo e a área registrada neste verão foi de cerca de 500 mil milhas quadradas, uma área cerca de duas vezes o estado do Texas, disseram os cientistas.
Este verão foi o quarto de uma série em que a área da calota de gelo ficou bem abaixo da média histórica – disse Mark C. Serreze, um cientista sênior e professor na Universidade de Colorado em Boulder.
O Dr. Scambos disse que as sucessivas reduções da calota de gelo “tornam bastante certo que um declínio de longo prazo está em andamento”.
Segundo o Dr. Serreze, o ciclo natural na atmosfera polar, chamado de “Oscilação Ártica” que contribuiram para redução do gelo ártico no passado, não parece ter sido um fator presente nos muitos últimos anos.
Ele disse que o papel da acumulação das emissões de gases associados ao efeito-estufa tem se tornado mais e mais aparente, com temperaturas crescentes no ar e no mar. Ainda assim, muitos cientistas dizem que não é possível estabelecer que parte das mudanças no Ártico são causados pelos níveis de dióxido de carbono e outras emissões de fontes humanas, e o quanto são as oscilações climáticas usuais.
O Dr. Serreze e outros cientistas dizem que maiores instabilidades podem estar pela frente e que a área da calota de gelo pode até aumentar em alguns anos. Mas os cientistas acharam poucos indícios de que outros fatores, tais como um aumento na nebulosidade no Ártico, em um mundo em processo de aquecimento, possa reverter a tendência.
“Com toda essa água escura aberta, você começa a ver um aumento na armazenagem de calor no Oceano Ártico”, disse o Dr. Serreze. “Quando chega o outono e o inverno, isso torna mais difícil o crescimento do gelo e, na próxima primavera, você acaba com uma calota menor e mais fina. E fica mais fácil perder mais ainda no ano seguinte”.
O resultado, disse ele, é que o Ártico está “se tornando um lugar profundamente diferente do lugar que nós nos acostumamos a pensar”.
Outros “experts” em gelo e clima árticos discordaram de detalhes. Por exemplo, Ignatius G. Rigor da Universidade de Washington, disse que a mudança estava provavelmente ligada a uma mistura de fatores, inclusive as influências do ciclo atmosférico.
Porém ele concordou com o Dr. Serreze em que a influência dos gases associados ao efeito-estufa têm que estar envolvidos.
“A idéia do aquecimento global tem que ter um papel importante nesse cenário”, disse o Dr, Rigor. “Eu penso que nós temos um estado climático diferente no Ártico agora. Todos esses ‘feedbacks’ estão começando a influenciar diretamente e realmente estão sumindo com o gelo no fim do verão”.
Outros “experts” expressaram alguma cautela. Claire L. Parkinson, uma “expert” em gelo oceânico no Centro Goddard de Vôos Espaciais (da NASA) em Greenbelt, Mariland, dise que uma pletora de de mudanças no Ártico – inclusive temperaturas mais altas, derretimento dos gelos perenes e a reução da calota de gelo marinho – são consistentes com o aquecimento de origem humana. Mas ela enfatizou que o complexo sistema está, ainda, longe de ser completamente compreendido.
William L. Chapman, um pesquisador de gelo marinho na Universidade de Illinois Urbana-Chamapaign, disse que é importante ter em mente que o tamanho da calota de gelo pode variar tremendamente, em parte por causa das mudanças nos padrões de ventos, que podem fazer com que a calota de gelo se acumule de um lado do litoral ártico ou se afaste do outro.

Perceberam?… Diversos especialistas estão dizendo “é o efeito-estufa!” Os outros dizem: “é possível que seja o efeito-estufa…” O curioso é que os que dizem que é só “possível” são os dos Órgãos do Governo, como a especialista da NASA.
Isso tudo porque o imbecil chapado do W. Bush se recusa a admitir que tem que aderir ao Protocolo de Kioto e os caras querem manter seus empregos públicos…
Tadinho do Papai Noel: daqui a pouco, tudo que vai restar de sua fábica de brinquedos e de sua casa vai ser a piscina…
Mas o que ninguém está falando, com clareza, é das conseqüências do efeito-estufa. Em uma primeira etapa, as calotas polares vão se derretendo. Isso faz com que o nível dos mares suba (e lá se vai minha casa em Araruama, junto com a cidade…) e, também, aumenta a umidade da atmosfera (se vocês acharam as gêmeas Catarina e Katrina interessantes, aguardem o que vem por aí…). No final, o mundo inteiro vai ficar coberto por núvens. Aí começa a segunda etapa. Essas nuvens vão refletir a radiação solar de volta para o espaço e a temperatura geral da Terra vai mergulhar rapidamente. As chuvas vão continuar a cair, cada vez mais fortes e os invernos vão ficar cada vez mais rigorosos. E as geleiras vão se expandir mais uma vez, tornando todas as áreas temperadas da Terra inabitáveis e os Trópicos em uma área fria e seca.
Esse foi o quadro pintado por Louis Agassiz em 1837, assumindo que o efeito-estufa tenha sido causado por um ciclo particularmente violento de vulcanismo, para a Idade do Gelo que, por pouco, não fez perecer uma certa espécie de macaquinhos muito promissores…
Mas eu confio em Mamãe Natureza: ela nunca vai à loucura; vai à forra… O mundo inteiro vai sofrer com isso, mas quem vai para o brejo primeiro são as vacas sagradas… E o Primeiro Mundo vai ficar no dilema da cigarra da fábula: não cantou? Agora dance! (E seus arsenais nucleares podem ser usados como supositório: se usarem, as terras que eles precisam vão ficar inabitáveis, também…)
Quem semeia “Tempestades no Deserto”, colhe furacões na Costa do Golfo…

Corrupção e desvio de dinheiro público

Alô, Pessoal! Você que andava desanimado, achando que o Brasil é o lar dos corruptos, que a roubalheira da coisa pública é uma “claúsula pétrea da Constiuição” e que “no Primeiro Mundo isso não acontece”, que “isso é coisa de subdesenvolvido” — Seus problemas acabaram! Seu “Personal Translator Tabajara” apresenta mais uma tradução de um artigo do famigerado New York Times, falando de… corrupção! Senão, vejamos:

27 de Setembro de 2005
Ex-Chefe de Distrito Escolar se declara culpado de Grande Roubo
Por PAUL VITELLO
MINEOLA, N.Y., 26 Set – O antigo Superintente das Escolas de Roslyn, uma figura antes reverenciada, cujas credenciais acadêmicas e contatos com os escritórios de Admissão da “Ivy League” (nota do tradutor: as Universidades mais tradicionais do Leste dos EUA) pareciam fazê-lo o guardião ideal para as aspirações das crianças de um distrito rico, declarou-se culpado, na 2ª feira, de roubar US$ 2 milhões do sistema escolar nos últimos seis anos.
Em um tribunal totalmente preenchido por irados pais e presidentes de Associações de Pais e Alunos (“P.T.A.”), vários dos quais vaiaram quando ele entrou na Sala de Audiências, o antigo superintendente, Frank A. Tassone, 58, concordou em cooperar em uma ampla investigação criminal dos roubos no distrito por outros – uma suposta rede de desvio de recursos públicos, descrita pelo “Comptroller” Estadual Alan G. Hevesi como “o maior, mais notável, mais extraordinário roubo” de um sistema escolar da história americana.
Tudo somado, foram roubados cerca de US$ 11 milhões do distrito em um esquema que envolveu alguns dos administradores de mais alto escalão, de acordo com os Promotores. O Dr. Tassone concordou em devolver sua parte, US$ 2 milhões.
O Dr. Tassone é, até agora, o primeiro de cinco indiciados, inclusive seu companheiro Setphen Signorelli, 60, a resolver as acusações criminais contra si.
Em troca de sua cooperação, o Promotor Distrital Denis Dillon prometeu recomendar que o Dr. Tassone, ameaçado de até 25 anos de prisão por acusações de grandes desvios de fundos e fraude, receba, no máximo, uma sentença de 4 a 12 anos. O Dr. Tassone vai restituir o dinheiro de acordo com um calendário de pagamentos ainda a ser acordado com o escritório do Promotor Distrital.
Os residentes de Roslyn, na audiência, criticaram amplamente o acordo de “delação premiada”. Muitos exigiram que o Dr. Tassone cumpra uma pena de 25 anos, não só pelo prejuízo que ele causou às finanças do Distrito, mas pelo impacto que seus crimes tiveram – e continuam a ter, após 16 meses de sua demissão forçada – no senso comunitário de Roslyn.
“Ele causou um grande dano a esta comunidade escolar”, declarou Judi Winters, uma ativista cívica de longa data em Roslyn. “É uma questão moral, não uma questão de dólares”. Tal como outros, ela descreveu uma comunidade dividida sobre a questão sobre o que deve ser um conselho escolar: fiscal da educação ou fiscal das finanças.
“Você fica com a impressão de que há um sentimento de ‘turba irada’ dirigindo a política dos conselhos escolares agora”, disse Chris Messina, uma mãe. “Isso fez com que muitas pessoas se sintam relutantes a se envolver com o assunto”.
Em uma declaração lida em um sussuro diante do Juiz Alan L. Honorof da Corte do Condado de Nassau, o Dr. Tassone pediu desculpas pelos danos que causou, embora muitos presentes na Sala de Audiências tenham reclamado que ele tentou passar a imagem de ser uma das maiores vítimas.
“Durante o último ano e meio”, disse o Dr. Tassone, “eu tenho refletido diariamente sobre os erros que cometi nos últimos anos, após uma brilhante carreira de 35 anos na eduação pública. Esse erros capitais danificaram irreparavelmente, se não destuíram, minha carreira na educação pública. Eu não posso explicar adequadamente a dor que meus erros me causaram”.
“Eu vou restituir o dinheiro às escolas de Roslyn e eu estou arrependido de meu fraco discernimento”, disse ele. “Eu só posso esperar e rezar para que, algum dia, a comunidade de Roslyn se lembre o bem que eu fiz pelo distrito, bem como que achem em seus corações o perdão para mim e meus erros”.
Os US$ 2 milhões que o Dr. Tassone admitiu ter roubado, pagaram férias, refeições, contas de lavandeira, mobília, tratamentos dermatológicos, aluguel de carros, investimentos imobiliários e despesas pessoais em uma média de US$ 20 mil por mês, em alguns anos. Em uma confissão separada, ele dise que apresentou “notas frias” no valor de US$ 219.000 em favor de seu parceiro, o Sr. Signorelli, pela impressão de manuais escolares.
Como parte de seu acordo de cooperação, espera-se que o Dr. Tassone deponha contra o Sr. Signorelli, com quem ele dividiu um apartamento em Manhattan por vários anos.
De acordo com o escritório do Promotor Distrital, o roubo de US$ 11 milhões foi realizado por um pequeno grupo de empregados do distrito de Roslyn, que inclue a Superintendente Assistente de Finanças, Pamela Gluckin, que é acusada de usar o dinheiro das escolas para pagar suas prestações de financiamento habitacional, aluguéis de carros, computadores pessoais e contas de água.
Em quase todos os aspectos, a habilidade do Dr. Tassone em fraudar o sistema escolar, parece ser, em retrospecto, uma faceta de sua habilidade em encantar, cair nas boas graças e forjar laços com conselhos escolares, companheiros da administração e, especialmente, com os pais, disseram os habitantes do distrito.
Ele mantinha sua porta aberta para visitantes não agendados, atendia a pedidos de favores, escrevia uma coluna regular para o jornal semanal local e dirigia um grupo de leitura dedicado às novelas de Charles Dickens, acerca de quem ele escreveu sua tese no Colégio de Professores da Univesidade de Colúmbia.
“Ele tinha todas as credencias corretas, o vocabulário certo”, disse Judy Birnbaum, uma ex-presidente da Associação de Pais e Mestres da Escola Primária de East Hills. “Ele fez tantos favores às pessoas que, se alguém dissesse uma palavra contra ele, aparecia sempre alguém para defendê-lo: ‘Oh, não. Não o Sr. Tassone. Ele não faria isto'”.
Os pais ansiosos por conseguir a aceitação de seu filhos para a escolas da Ivy League eram reassegurados pelo Sr. Tassone, como relataram muitos pais, de que suas cartas de recomendação trariam grande ajuda a seus requerimentos.
Fosse ou não por sua intervenção, os 95% dos estudantes de Roslyn que se graduavam em seus cursos de 2° grau incluiam um grande número dos que eram aceitos pelas melhores Universidades do país.
O escândalo de Roslyn, que até agora implicou a Srta. Gluckin, dois outros antigos funcionários escolares e o diretor de uma firma de auditoria, Andrew Miller, tem um impacto significativo na supervisão estadual sobre os distritos escolares locais.
As auditorias estaduais sobre os distritos foi grandemente descontinuada em 1980, para economizar dinheiro. Porém, desde que a fraude de Roslyn foi revelada, a Secretaria de Finanças foi reinstada a conduir auditorias regulares em todos os 700 distritos escolares do estado fora da cidade de Nova York, cujas auditorias são conduzidas pela Controladoria Municipal.
Em Roslyn, uma comunidade suburbana a 20 milhas de Manhatan Leste, onde advogados, pequenos comerciantes e professores compõem uma parte substancial dos residentes, a raiva sobre o escândalo fica um pouco misturada com a vergonha de terem sido engazopados por pilantras.
“Eu sou uma professora”, disse a Sra. Birnbaum. “Eu estava no comitê que entrevistou ele. Ele causava uma boa impressão. Sim, nós fomos tapeados e traídos”.
Alguns pais começaram a circular uma petição para que o Sr. Tassone receba uma sentença mais dura. Ela será apresentada ao juiz na sessão de sentenciamento do Dr. Tassone, agendada para 29 de novembro.
Outros, entretanto, dizem que a reparação monetária do Dr. Tassone, sua cooperação na investigação que continua, e um mínimo de quatro anos na prisão estadual, parecem um pagamento justo por seu débito para com a comunidade.
“Não importa muito para mim se ele realmente está arrependido, ou só está dizendo que está”, disse Rebecca Katz-White, uma moradora e mãe que assistiu à sessão ontem. “Eu sou uma antiga advogada de defesa criminalística que já esteve em um estabelecimento correcional. Eu acho que quatro anos em uma prisão é um tempo grande, muito grande”.
Faiza Akhtar, em Roslyn, N.Y., contribuiu para este artigo.

Pelo menos, lá a “pizza” leva uns quatro anos para ser digerida… E não exite essa de “réu primário, com bons antecedentes”, respondendo ao processo em liberdade, até que se esgote o último dos trocentos recursos possíveis.
Como se depreende, o problema do Brasil não é a corrupção (que esta existe em todas as partes): é a impunidade!

Sobre furacões e aquecimento global

Salve, Pessoal! Lá vai mais uma tradução de um artigo do The New York Times, sobre a questão do “efeito estufa” e os recentes furacões.

24 de Setembro de 2005


Então quem está certo no debate sobre as responsabilidades pelo Aquecimento Global?


Por ANDREW C. REVKIN


Com uma cidade americana afogada por um grande furacão e, então, por outro, menos de um mes depois, e com os meteorologistas federais “gaivotando” no fim da lista de 21 nomes anuais em uma prancheta, não é surpesa alguma que o debate sobre as responsabilidades sobre o aquecimento global tenha se inflamado.


Afinal, um dos sinais mais claros de que as ações humanas levaram o recente aquecimento além de seus ciclos naturais, é a medição feita na temperatura dos oceanos da Terra e o calor oceânico é o combustível que alimenta os furacões.


O assunto tem sido abordado de pontos de vista radicalmente diferentes. Por exemplo, o ex-Vice-Presidente Al Gore realizou uma “tournée” de contínuos discursos sobre a necessidade de cortar a emissão de poluentes que causam retenção de calor, enquanto o Senador James M. Inhofe, Republicano do Oklahoma, acusou os ativistas do meio-ambiente de fomentar medos infundados sobre o aquecimento causado pelos seres humanos.


Então, o que tem a dizer a ciência acerca das discussões sobre a mensagem enviada pelos furacões Rita e Katrina?


O que fica claro é que vários “experts” em oceanos e climas concordam que os oceanos tropicais se aqueceram de uma maneira que dificlmente pode ser atribuída a outra coisa diferente de um aquecimento generalizado do clima, causado pelo acúmulo de dióxido de carbono e outras emissões causadoras do efeito-estufa.


Para muitos cientistas meteorológicos e oceanógrafos fica claro, também, que oceanos mais quentes eventualmente aumentarão a intensidade dos ventos e das chuvas dos furacões, não necessariamente sua freqüência.


De fato, dois recentes estudos sobre furacões, feitos por diferentes cientistas, usando processos diferentes, declaram detetar um grande crescimento na intensidade dos furacões por todo o mundo, ao longo das muitas últimas décadas.


Porém os autores de ambas as análises reconheceram que necessitariam de mais dados para confirmar uma ligação entre isso e um aquecimento de origem humana. Essa nebulosidade aparece porque a relação entre o aquecimento de longo prazo do clima e dos mares somente é perceptível no estudo estatístico de dúzias de tempestades, não na origem ou no destino de qualquer tempestade em particular.


O crescimento e a trajetória de qualquer uma das tempestades são moldados pelas grandes variações naturais na atmosfera e nos oceanos, assim como eventos aleatórios, tais como a passagem de ambos os recentes furacões por cima de meandrosas ressurgências de águas incomumente quentes no Golfo do México.


“É uma coincidência de condições ideais”, disse Christopher W. Landsea, um “expert” em furacões do Laboratório Oceanográfico e Meteorológico do Atlântico, do Departamento do Comércio, próximo de Miami.


Kerry Emanuel, o autor de um dos recentes estudos que mostram a crescente intensidade, fez eco a vários colegas ao dizer que o impacto do aquecimento global provavelmente não iria se manifestar de maneira “preto-sobre-o-branco” que serviria como toque de rebate para os que buscam eliminar as emissões. Ao contrário, disse o Dr. Emanuel, um cientista atmosférico no “Massachussets Institute of Techniology”, isso vai emergir como se alguem tivesse sutil, porém progressivamente, viciado um par de dados.


E enquanto os “experts” continuam debatendo sobre se a cabeça da vaca causa o rabo, ou se a vaca é causada pela convergência do rabo com a cabeça, a dita cuja vai pro brejo…
E o mais triste é constatar que cientistas do calibre de um Luboš Motl classificam o Protocolo de Kioto como lixo científico (“junk science”). Para que gastar dinheiro com essas “frescuras”, em lugar de construir um acelerador de partículas mais poderoso?

Acende a luz e para para organizar!!

Salve, Pessoal!
Cansou, torrou, esgotou a paciência. Eu não vou mais traduzir os artigos do Times de Londres sobre a cagada da Scotland Yard no caso Jean Charles de Menezes. Eu não vou mais discutir sobre a Lulambança, a não ser para dizer que, mais uma vez, um elo que deveria ser invstigado, não vai, por causa das “conveniências”.
O primeiro caso, foi na época do linchamento político do Collor. Saiu uma pequenina nota, no meio da página que tratava do caso, dando grande destaque às declarações deste e daquele político. A nota dizia que o avião do PC Farias (o famoso “Morcego Negro”) tinha feito um último percurso, antes de ficar meses estacionado em Brasília: uma viagem a Santa Cruz della Sierra, Cali e Medelin. Para quem sabia (como eu) que o Collor, no tempo em que era deputado, era conhecido como “Fernandinho do pó”, a notícia parecia uma ponta de uma meada que iria dar em conseqüências extraordinárias. Pois bem… Foi a última vez que eu ouvi falar no assunto…
Agora, descobriram que o Valério trabalhou para o PSDB, mais exatamente para o Azeredo e patota, em Minas Gerais. Como é que o PT ficou sabendo do Valério? Mistério… Teoricamente, ele é amigo de longa data do Delúbio… Mas existe um fato que ninguém está querendo remexer: lembram-se por que a Senadora Heloisa Helena foi expulsa do PT (ela e mais dois deputados)? Porque ela se recusou a aceitar o Henrique Meirelles para Diretor do Banco Central. E não foi só porque ele tinha sido um dos Diretores do Banco de Boston: ele era “tucano” de carteirinha! Oficialmente filiado ao PSDB! É, no mínimo, uma coincidência interessante que já deveria ter sido investigada… Mas não vai ser. O mero fato do Pallocci ter sido denunciado como envolvido no caso do assassinato do Celso Daniel fez a Bolsa cair e o dólar subir… Apesar desse envolvimento ser conhecido desde que o Pallocci foi indicado para Minsitro.
Outro assunto que já encheu definitivamente meu saco: tem um monte de gente pedindo que os militares dêm um novo golpe de estado, para “por ordem na casa”.
Não funcionou em 1964 e não vai funcionar agora… Primeiro, porque os próprios militares não querem. A grande maioria dos militares jamais esteve ligada ao processo de tomada de decisões, durante o período da “ditadura”. Levamos a fama e nenhum proveito. Só se lembram dos “desaparecidos” e dos “exilados” – os soldados e policiais mortos pelos “combatentes da liberdade”, alguns executados barbaramente, a porrada, não contam. Só quem matou e torturou foram “os militares” (a sentinela do 5°BI de Lorena, SP, explodido por um carro-bomba, era um “japinha” de dezessete anos, que queria ser professor…). Segundo: para por o que, no lugar? Um bando de generais otários que vai ser, de novo, enrolada pelos economistas e sociólogos. Nenhum general (de qualquer força) atual é tão bobo. Sabe o tamanho da ‘batata quente” e não vai por as mãos nela.
O pânico é mau conselheiro. Esse é o título de um tópico na Comunidade Orkut “Questões Militares – Brasil”, da autoria deste nada modesto blogger. Nele, eu traço um paralelo entre a cagada feita pela Scotland Yard e o faniquito dos brasileiros. E digo, textualmente: “Quem está disposto a entregar sua liberdade, em troca de sua segurança, tem nome: “Escravo!” O povo brasileiro tem que se conscientizar de que esse bando de corruptos safados foi posto lá por um bando de otários que queria se beneficiar com as promessas que eles fizeram. Toda vítima de “conto do vigário” é um vigarista burro que foi tapeado por um vigarista mais esperto que contou com a ganância do “pato”.
Em resumo, Deus não é brasileiro! Se foi, há muito tempo ele cruzou a fronteira pelo Rio Grande e foi viver como “ilegal” nos EUA, ou então, teve seu passe vendido para o Real Madrid. O problema é nosso, do povo inteiro, e a gente tem que resolver com as leis que tem. Se acharem que as leis não estão boas, elejam legisladores decentes… E não quem vai puxar a brasa para a sua (minha, deles) sardinha…
Se (como diz o título deste BLOG) “quem faz, não sabe”, trate de aprender a fazer! Chega de arrumar “bodes expiatórios” e dar uma de mulherinha “dona-de-casa”: “chama ‘o homem’ para resolver”… Essa casa tem “homem” (e, eu desconfio de que, a maioria deles, são do sexo feminino) e não precisa “chamar” ninguém, seja de fora, seja de farda…

Quem policia a polícia?

Matéria publicada no The Times de Londres, sobre o assassinato de Jean Charles de Menezes (matéria de capa do The Times on-line).

17 de agosto de 2005
Relatório “vazado” enumera “mancadas” que a polícia deu quando atirou no suspeito de ser homem-bomba
Por Daniel McGrory and Stewart Tendler
A SCOTLAND YARD cometeu uma “série de erros catastróficos” que levaram policiais armados, que caçavam os homens-bomba de 21 de julho, a matar a tiros um brasileiro inocente, é o que foi revelado na noite passada.
O vazamento do depoimento dos policiais que tomaram parte na malfadada operação, revela que Jean Charles de Menezes foi dominado por um dos componentes da equipe de vigilância, antes de ser alvejado oito vezes, quando se sentava em um vagão do metro.
Documentos e fotografias da Comissão Independente de Queixas da Polícia também revelam que um dos componentes da equipe à paisana, que deveria ser o responsável pela identificação do suspeito, estava “aliviando necessidades fisiológicas”, no momento em que Menezes saiu de seu apartamento, em 22 de julho, de forma que ele não podia afiançar que eles estariam seguindo Hussain Osman, um dos supostos homens-bomba. Também fica implícito que Menezes poderia ter sido capturado vivo.
Sir Ian Blair, o Comissário da Polícia Metropolitana, vai ter que se explicar sobre como uma sofisticada operação policial saiu-se tão incrivelmente errada.
Uma investigação da ITV News afirma que, quando o Sr. Menezes, 27, foi abordado pela polícia no trem da Linha Norte na estação de Stockwell, ele não teve qualquer atitude agressiva. As afirmações da polícia que, na ocasião, o eletricista estava “se comportando de modo errático”, são presumivelmente falsas.
As mancadas começaram quando o Sr. Menezes saiu de seu apartamento em Tulse Hill, na Zona Sul de Londres às 9:30h. O agente disfarçado que deveria estar identificando qualquer um que saísse dos apartamentos, admitiu que abandonou seu posto, de forma que não pode comunicar observações ou fazer imagens de vídeo.
Seu conselho foi: “Seria bom que alguém mais desse uma olhada”, para se assegurar que eles tinham seguido o homem certo. Aparentemente, nenhum outro policial tirou uma foto dele, apesar do Sr. Menezes ter tido que tomar um ônibus. Mesmo assim, o “Gold Command” na Scotland Yard, que dirigiu esta operação, declarou um “código vermelho” e passou a responsabilidade para o CO19 ─ a equipe armada.
Esta equipe armada tinha recebido fotografias dos supostos homens-bomba, ainda assim, ninguém percebeu que o Sr. Menezes não guardava qualquer semelhança com eles. O relatório declara que a equipe armada foi avisada que poderiam ser necessárias “táticas não usuais” e que “tinham sido acionados para interceptar o suspeito e, se houvesse uma oportunidade de abordá-lo, mas o suspeito não cooperasse, poderiam atirar para matar (no original: “a critical shot may be taken”. )
As fitas do Circuito Interno de Vigilância do Metro mostram que o Sr. Menezes estava usando uma jaqueta fina de jeans que não poderia esconder uma bomba, e que não levava uma sacola. Longe de correr da polícia, ele não percebeu que qualquer pessoa o estivesse seguindo e até pegou um dos jornais gratuitos, antes de usar seu bilhete de múltiplas viagens para passar pelas roletas. Ele só começou a correr quando viu seu trem parando na estação. No dia do incidente, a Scotland Yard disse que “a roupa e o comportamento na estação do Sr. Menezes fez aumentar suas suspeitas”. Foi somente quando o Sr. Menezes entrou no trem que um policial da vigilância guiou quatro policiais armados para dentro do mesmo vagão.
Um homem que estava sentado de frente para ele teria declarado: “Em poucos segundos eu vi um homem entrando pelas portas duplas a minha esquerda. Ele estava apontando uma pequena arma preta na direção da pessoa sentada a minha frente”.
“Ele apontou a arma para o lado direito da cabeça do homem. A arma estava a umas doze polegadas (cerca de trinta centímetros) da cabeça do homem quando o primeiro tiro foi disparado”.
O relatório revela que um dos policiais do grupo de vigilância agarrou o Sr. Menezes antes de atirarem nele. “Eu agarrei o homem de jaqueta de jeans abraçando-o com ambos os braços em torno de seu tórax, colando seus braços a seus flancos”, diz um dos depoimentos.
“Então eu o empurrei de volta para o banco onde ele estava sentado antes… Eu ouvi um disparo de arma de fogo muito perto de minha orelha esquerda e caí no chão do vagão”.
Na noite passada Harriet Wistrich, advogada da família do homem morto, disse que ainda há “muito mais perguntas do que respostas” sobre a conduta da polícia. A família pede por uma investigação completa.
Rosangela Rebelo, uma prima que mora na cidade natal do morto, Gonzaga, disse: “A família sempre acreditou no que os primos que viviam com ele em Londres, diziam, ao invés da versão da polícia sobre os eventos. Eu nunca acreditei que ele tivesse corrido para fugir. A família continua esperando por justiça. Eles mataram um homem inocente”.
CONTRADIÇÕES
Polícia: Menezes usava uma roupa suspeita. Provado pela investigação: ele estava usando uma fina jaqueta de jeans.
Polícia: atitude suspeita no caminho para a Estação de Stockwell. Provado pela investigação: nada de estranho em seu comportamento.
Polícia: abordado na estação e se recusou a obedecer às instruções. Provado pela investigação: abordado pela primeira vez quando já estava sentado no trem.
Polícia: Menezes pulou a catraca da estação. Provado pela investigação: não pulou nada; apenas correu para pegar o trem.
Polícia: efetuou oito disparos sobre ele. Provado pela investigação: onze disparos efetuados; três erraram o alvo.

Mentiras, covardia, decisões tomadas por um idiota com um posto de comando dado por um político de merda. Jean Charles foi assassinado porque o filho da puta que deveria estar vigiando a porta do prédio “saiu para dar uma mijadinha”…
Atualizando em 18/8:
O Times publicou, hoje, que o púsutla do Sir Ian Blair (Chefe da Scotland Yard) tentou impedir a instauração do inquérito, alegando que isso “iria prejudicar o trabalho da Polícia”. Com certeza! Se a verdade fosse conhecida, eles perderiam o “direito” de sair matando a torto e a direito! E essa é a “melhor polícia do mundo”… Que sábios são os britânicos: não deixam seus policiais andarem armados. Porque, se andassem armados, a ROTA ia ser considerada aliada da “Amnesty International”…
Polícia de merda por polícia de merda, voltemos ao Brasil. Impressionante como a polícia do Pará encontra rápido assassinos, quando quem morre é um estrangeiro…
E a Polícia Federal! Que rapidez em achar o dinheiro roubado do Banco Central em Fortaleza! Já as malas do Valério…
Quem policia a polícia?…

Deu na Imprensa Internacional

Salve, Pessoal!
Você não está sentindo orgulho de ser brasileiro?! A imprensa internacional toda está publicando:
Le Monde (França): Lula apresenta suas desculpas aos brasileiros pelos escândalos de corrupção
The Times (Londres): Presidente do Povo se Penitencia por Propinas e Corrupção
The New York Times: Assessor do Líder do Brasil Admite que o Partido usou financiamento ilegal (pelo menos essa não é de primeira página)
Atualizando em 14/8:
Quem mandou eu dar idéia a quem não tinha? A edição deste sábado traz, na primeira página, a matéria A Oposição Brasileira protege o Presidente do Escândalo, por enquanto .
The Washington Post: Lula pede desculpas aos brasileiros pelo escândalo
Eu não vou me dar ao trabalho de traduzir os artigos. O Le Monde apenas dá um resumo das últimas notícias e da pesquisa Datafolha que indica Lula perdendo um 2° turno contra José Serra.
O Times de Londres é um pouco mais ácido. A notícia começa com seguinte parágrafo: “O primeiro presidente esquerdista fez ontem uma tentativa desesperada para salvar seu governo, indo à televisão para se desculpar sobre um grande escândalo de propinas e financiamento de campanha”.
O The New York Times dá menor destaque, na parte das notícias internacionais, mencionando também a pesquisa Datafolha.
O Washington Post termina a notícia com o dado de que a Bolsa e a Moeda caíram, junto com a popularidade do Presidente.
Na quarta feira, quando eu fui para o Rio, todas as manchetes falavam do roubo da Agência do Banco Central em Fortaleza (segundo a WikiPedia, o 2° maior assalto a Bancos em toda a história…)
Depois disso tudo, eu vou estranhar que uma das pontes no meu coração esteja entupida? Para corno, todo castigo é pouco…

Voltando ao tema “Educação”

Salve, Pessoal!
Vou voltar a bater em uma tecla que, coitadinha, já quase nem soa mais. A importância da educação para o Brasil deixar de ser o eterno Subdesenvolvido.
O que me motivou a escrever foram dois links que o Daniel colocou no BLOG dele (o link está aí do lado, mas eu vou dar os atalhos: Educação, cidadania e soberania nacional, artigo de Raimundo Braz Filho e Lula sanciona criação da Universidade Federal do Grande ABC
No primeiro, o articulista se lança em uma apaixonada defesa da Universidade Pública, observando, em determinado momento:

Reafirmando o que disse em outra ocasião, julgo oportuno destacar três questões importantes que devem preocupar e mobilizar todo o povo brasileiro, porque dizem respeito à garantia do progresso da ciência como fator de desenvolvimento social e de defesa da soberania do país:
a) democratização da educação através da melhoria, manutenção e ampliação do ensino público e gratuito em todos os níveis;
b) defesa dos recursos do patrimônio público que nos restam em face da síndrome de privatização que se desencadeou no país, principalmente a partir de 1994, preservando a expectativa de reparação e punição dos envolvidos nas transações impatrióticas;
c) melhoria das condições de vida da população brasileira, garantindo-lhe o bem estar a que tem direito, através da oferta de empregos e de serviços básicos, resguardando-se os padrões de qualidade e suficiência compatíveis com uma sobrevivência digna.

Sem dúvida, os ítens a) e c) são, aparentemente, indiscutíveis. O item b) corre por conta do articulista. Se, por um lado, eu concordo que houve mais um processo de “privadização” do que de “privatização”, por outro, só um cego deixaria de perceber que grande parte desse “patrimônio nacional” não tem nada a ver com Governo.
E por que a ressalva de “aparentemente” que eu fiz à indiscutibilidade dos outros itens? Comecemos pelo terceiro: blá, blá, blá e discurso de palanque. Isso é o que em bom jargão da ESG (Escola Superior de Guerra) se chama de “Objetivo Nacional Permanente”. Qualquer governo, de qualquer matiz político, quer isso. O articulista limita-se a exigir o “direito”, sem dizer como fazê-lo. É esse tipo de discurso populista vazio que a choldra do PT fazia, enquanto estava na oposição. Pode crer que você vai achar esse trecho no programa de todos os partidos políticos, dos Integralistas até o Partido Surrealista Exaltado…
(Puxa, como dá trabalho chegar ao assunto a partir de uma demagogia esquerdista…) Chegamos, então, ao ponto que eu considero crucial: a educação. Essa, sem dúvida alguma, é fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação. Mas, analisemos com cuidado o que propõe o articulista: “democratização da educação através da melhoria, manutenção e ampliação do ensino público e gratuito em todos os níveis”.
Eu já começo discordando, quando constato que a educação pré-escolar só começou a ser cogitada pela Proposta de Emenda Constitucional de autoria da Senadora Heloisa Helena (que foi banida do PT por se recusar a aceitar o FMeIrelles na presidência do Banco Central). Então, está faltando o termo “implantação” no elenco de medidas propostas. E continuo discordando quanto à ordem de prioridade dos níveis da educação. Em meu entender, há que se cuidar, primeiro, da pré-escola, que é fundamental para a formação da mentalidade dos cidadãos e que tem sido sistematicamente negligenciada até agora.
Em segundo lugar, há uma urgente necessidade de melhorar e ampliar a Educação Básica. A verdade é que o aluno do ensino fundamental entra analfabeto por uma porta e sai “analfabeto funcional” pela outra. Nem poderia ser de outra forma. Só dois tipos de pessoa vão ser professor de ensino fundamental: os que fazem de sua profissão um sacerdócio e aqueles que não conseguiram, sequer, uma vaga de operador de tele-marketing. Como os primeiros são extremamente raros, percebe-se que a qualidade dos professores não é lá essas coisas… E, como eu já abordei no artigo “Reaprendendo a Ensinar”, há que repensar todo o conteúdo do Ensino Fundamental.
Dito isto, facilmente chegaremos à conclusão de que, sem realmente democratizar, melhorar e ampliar o Ensino Fundamental (e, para isso, a pré-escola é imprescindível), a última prioridade é exatamente a do Ensino Superior, exatamente a Universidade Pública, tão cara ao articulista e a tantos que se iludem com uma grande “produção” de bacharéis e tecnólogos, nas mais diversas especialidades, como se diploma fosse atestado de competência. Eu já disse e torno a repetir: Se o Conselho Federal de Medicina fizesse uma “prova de suficiência”, tal como o faz a Ordem dos Advogados do Brasil, os resultados seriam (para não ser alarmista) alarmantes.
Eu ficaria muito mais contente se o presidente anunciasse a criação de um CEFET no ABC… E se a “elite intelectual de esquerda” abandonasse os velhos bordões do tempo que o (com perdão dá má lembrança) José Dirceu era presidente da UNE…

Perguntinha inocente….

Você, que saiu de “cara pintada” pedindo o impeachment do Collor e, agora, está vendo essa coisa enojante que está surgindo do governo do Lula, não está se sentindo meio “corno”?…

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