A vingança de Bentancurt
Comentamos no mês passado a bizarra nota sobre “ciência e tecnologia” do Diário Catarinense ecoando as idéias e informações de César Bentancurt. Pois bem, ele pode rir por último já que, de certa forma, a idéia geral que sugeriu foi considerada uma das melhores para a defesa contra asteróides em uma análise conduzida por Massimiliano Vasile, da Universidade de Glasgow na Escócia.
O trabalho, “A Multi-criteria Assessment of Deflection Methods for Dangerous NEOs” (PDF), avalia nove métodos propostos para defesa, incluindo o favorito de Hollywood — enviar Bruce Willis para se explodir com uma bomba nuclear e deixar Liv Tyler solteira na Terra. A avaliação considerou três critérios: o quanto o asteróide seria desviado em seu trajeto, o tempo de preparação necessário e a massa das naves exigidas para a missão.
Pois bem, assim como Bentancurt, o método mais eficiente sugerido é o uso de espelhos refletores, uma constelação de espelhos refletores em verdade, que concentrariam a luz solar em um ponto do asteróide. A matéria seria vaporizada nesse ponto, e ao longo de dias (ou anos, dependendo do tamanho do asteróide), a matéria ejetada alteraria a trajetória do objeto, livrando a Terra de seu caminho.
A opção Bruce Willis foi julgada tão ou mais eficiente, mas conta com o risco de fragmentar o asteróide de forma imprevisível, e fazer com que os fragmentos restantes ainda possam causar danos significativos. O trabalho foi comentado na New Scientist.
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