Feist: 1234

Clipe bem alegre, “1234” da canadense Leslie Feist, que se tornou mais famoso em um clipe do novo iPod nano.
Ele ganha mais destaque aqui porque é um único take sem efeitos especiais. Veja o making-off, depois de dois minutos para uma visão do take de outro ponto:

Muito bom, direção de Patrick Daughters. Algo assim só é possível com muito treino e uma câmera com movimentos programados por computador.

Vídeo: Drone – Strange craft

Trabalho fenomenal neste clipe inspirado na saga do Ventilador Transformista. A música é do grupo Drone, que remixou entrevistas feitas por Linda Moulton Howe (que como ufóloga ou jornalista é uma boa cantora), mas o destaque fica claro para o autor dos gráficos.
Sim, todos os gráficos no vídeo, completamente digital, foram criados por uma única pessoa, e não é o responsável pelas imagens originais: é Kris Avery, mais conhecido como “saladfingers”, o artista que vem reproduzindo todas as imagens do Ventilador Transformista para mostrar como tudo pode ser criado em computador. Segundo ele, é tudo uma fraude, embora uma especialmente interessante.
Baixe o arquivo de vídeo original em alta resolução aqui.
Atualização: Kris Avery esclarece suas opiniões no OpenMindsForum:
“Estou feliz com o fato do vídeo ter sido apreciado, e estou muito lisonjeado por algumas das maravilhosas respostas! Nunca esperei uma reação tão estrondosa. Mas [o vídeo] não foi criado para defender que é tudo uma fraude, e a maior parte das pessoas que o viram também não pensam assim. … Real ou não, há alguns aspectos visuais impressionantes na evidência original apresentada. Penso que a parte do vídeo com os diagramas apresenta isto. A resposta a este caso é pessoal a todos, ninguém “provou” nada até agora. São apenas possibillidades, e há tantas para escolher. Descartar este caso baseado em uma intuição é descartar a busca pela verdade”.

Islamismo na era espacial


Como muçulmano devoto e primeiro astronauta da Malásia, o xeique Muszaphar Shukor tem um problema: para que direção deve apontar em suas orações diárias quando estiver na Estação Espacial Internacional, se a Meca (ou melhor, a estação) se move a quase 30.000km/h, em quase 16 voltas pelo planeta ao dia? Ainda que ele aponte inicialmente na direção correta, ao final das preces já estará apontando para algo completamente diferente. E isso sem levar em conta as dificuldades de como definir qual seria a “direção correta” em qualquer momento: deveria ser calculado a partir de uma projeção da posição da estação no solo, ou diretamente da posição da estação em órbita; deveria percorrer a superfície da Terra ou apontar diretamente através do planeta ao local sagrado de sua religião?
A agência espacial malaia, Angkasa, promoveu uma conferência com 150 cientistas islâmicos para discutir a questão, que produziu um documento depois aprovado pelo Conselho Fatwa da Malásia. Recomendaram a seguinte ordem de prioridades para o cálculo da qibla: 1) a Caaba, 2) a projeção da Caaba, 3) a Terra, 4) Qualquer lugar. O xeique ao final ainda não se decidiu, e é bem provável que acabe apontando para qualquer lugar.
Curiosamente, o cálculo da qibla não é um dilema tão novo, porque mesmo na superfície do planeta há pelo menos duas formas de determinar a direção. O alcorão apenas determina que se dirija a face à mesquita sagrada, não diz como isso deveria ser feito.
Poderia comentar como seria um exemplo da irracionalidade em meio à ciência (como de fato é, uma agência espacial nacional promover um simpósio religioso) e como o caso lembra o fiasco do astronauta brasileiro (os malaios conseguiram sua passagem ao espaço em um contrato de bilhões em aviões russos). Mas creio que o pensamento mais interessante que me veio à mente nesse episódio foi como esse detalhe é perfeito em histórias de ficção científica.
Em vários contos de Isaac Asimov, por exemplo, depois de centenas de milhares de anos de expansão pela Galáxia, a humanidade acaba perdendo contato com seu planeta de origem, e ao final não sabe nem onde nem mesmo se a Terra realmente teria existido. Bem, não só isso não acontecerá se o islamismo e o cálculo da qibla continuarem sendo praticados pelos próximos milênios; como mesmo aqueles não-muçulmanos podem passar a praticar um ritual não tão diferente para louvar sua origem.
Ah sim, preciso mencionar também que ao final, todos muçulmanos apontam para um meteorito. Mero detalhe. 🙂
[via Wired]

“Resposta”, de Frederic Brown (1954)

Dwar Ev soldou solenemente a junção final com ouro. A objetiva de uma dúzia de câmeras de televisão se concentrava nele, transmitindo a todo o universo doze enquadramentos diferentes do que estava fazendo.
Endireitou o corpo e acenou com a cabeça para Dwar Reyn, indo depois ocupar a posição prevista, ao lado da chave que completaria o contato quando fosse ligada. E que acionaria, simultaneamente, todos os gigantescos computadores da totalidade dos planetas habitados do universo inteiro – noventa e seis bilhões de planetas – ao supercircuito que, por sua vez, ligaria todos eles a uma supercalculadora, máquina cibernética capaz de combinar o conhecimento integral de todas as galáxias.
Dwar Reyn dirigiu algumas palavras aos trilhões de espectadores. Depois de um momento de silêncio, deu a ordem:
– Agora, Dwar Ev.
Dwar Ev ligou a chave. Ouviu-se um zumbido fortíssimo, o surto de energia proveniente de noventa e seis bilhões de planetas. As luzes se acenderam e apagaram por todo o painel de quilômetros de extensão.
Dwar Ev recuou um passo e respirou fundo.
– A honra de formular a primeira pergunta é sua, Dwar Reyn.
– Obrigado – disse Dwar Reyn. – Será uma pergunta que nenhuma máquina cibernética foi capaz de responder até hoje.
Virou-se para o computador.
– Deus existe?
A voz tonitruante respondeu sem hesitação, sem se ouvir o estalo de um único relé.
– Sim, agora Deus existe.
O rosto de Dwar Ev ficou tomado de súbito pavor. Saltou para desligar a chave de novo.
Um raio fulminante, caído de um céu sem nuvens, o acertou em cheio e deixou a chave ligada para sempre.

[fonte]

ET, sofá, rosto


via Bits&pieces

Tela multitouch por dois dólares

Criando uma tela multitouch com um saco plástico e água colorida. É bem verdade que o computador para processar a imagem, mais a câmera e os programas especiais custarão um pouco mais. Sem contar que a tela sensível ao toque não irá exibir as imagens. Ainda assim, criativo, e poderia ser aplicado como interface barata para uma tela fixa. Confira a página do autor, via Marcianos.
A idéia básica de sensores óticos em telas sensíveis ao toque não é nova, e já é aplicada de forma mais prática com telas que podem ser distorcidas e sensores infravermelhos. Mas custam bem mais que dois dólares.

Summer Time Machine Blues


Você também considera “De Volta para o Futuro” um dos melhores filmes de todos os tempos? Então vai gostar de “Summer Time Machine Blues“, um filme japonês abordando a viagem no tempo ao mesmo tempo mais bobo e mais sério que as aventuras de Marty McFly. É mais bobo com seus personagens mais caricatos, mas muito mais sério em toda sua abordagem do ingrediente essencial: os paradoxos da viagem no tempo.
Em “Summer Time Machine Blues”, um grupo de estudantes passa as férias no escaldante verão japonês (sim, o verão japonês é tão ou mais quente que o dos trópicos) reunido no “clube de estudos de ficção científica”, ainda que estudar ficção científica seja a última coisa que façam. Sua única salvação é um ar-condicionado antigo que só pode ser ligado com um controle remoto. Isto até o dia em que por acidente derrubam refrigerante sobre o controle. De frente com o enorme problema para a humanidade de não poder mais ligar o ar-condicionado, a solução vem quando do nada surge uma máquina do tempo em seu clube. O que eles decidem fazer de posse de algo tão poderoso?
Voltar no tempo e recuperar o controle remoto do ar-condicionado antes que fosse destruído pelo refrigerante, claro. Apenas depois percebem que se buscarem o controle remoto antes que este seja destruído pelo refrigerante, estariam causando um paradoxo temporal. Será que não irão afetar o continuum do espaço-tempo e destruir o Universo? Isto é, na pior das hipóteses, como diria Doc Brown? Assista e reveja esta despretensiosa aventura com atenção, porque acaba sendo quase perfeita em sua abordagem do assunto. Também está repleta de referências a filmes como o próprio De Volta para o Futuro (o relógio na praça) e mesmo A Máquina do Tempo (na adaptação de George Pal, apenas olhe para a máquina).
Infelizmente este excelente filme é muito pouco acessível no Brasil, e só está disponível na versão original em japonês, ou legendada em inglês. Pode ser comprado aqui, mas considerando as muitas dificuldades e abrindo uma exceção, indico que talvez possa ser baixado aqui.
ATUALIZAÇÃO: De alguma forma (pela qual agradecemos, qualquer que tenha sido!), uma tradução da legenda ao português se materializou em nosso computador. Ela pode ser baixada aqui.

Sagrado ateísmo no seu lar

Escute a palavra, com o pastor Graham e o pastor Gym pregando o ateísmo em seu lar.
[via Jorge Jarufe na lista CA]

Comida chinesa


O anúncio do restaurante chinês no Japão lista, logo acima, suas especialidades: “Cocô reforçado”, “cocô chinês” e “cocô japonês”. Tudo porque o letrista não entendeu bem a diferença entre uma letra japonesa e a outra. Abaixo, você confere a sutil diferença entre “unchi” (cocô) e “ranchi” (refeição):

Se você for ao Japão, é bom conhecer detalhes assim. Se for abrir um restaurante, então…
[via Japundit, Tokyomango]

Interpretando expressões comuns

Você é autoritário – você não concorda comigo.
Você tem a mente aberta — você concorda comigo.
Abra sua mente — passe a pensar exatamente como eu. (Recomendo responder abra você a sua.)
Ele é uma pessoa esclarecida — ele pensa exatamente como eu.
Forças populares — nós mesmos.
Demandas sociais — os objetivos do nosso partido. O mesmo que anseios da sociedade.
XXX é um patrimônio do povo brasileiro — alguns políticos e burocratas desejam enriquecer com XXX.
XXX é um direito de todos — quero obter um produto ou serviço sem ter que pagar.
Estou indignado com… — todo mundo vive de maracutaia, menos eu? Quero a minha parte, nem que seja por concurso!
Basta — esse negócio de os efeitos se seguirem às causas é muito opressor! Tudo deveria fluir de nossos corações lindinhos.
Vamos abrir o debate — vamos fazer isso de qualquer jeito, só vamos comunicar com um pouco de antecedência.
Desejamos ouvir a sociedade — desejamos ouvir nossos correligionários.
Tenho direito a um plano de carreira — quero aumentos de salário sem ter que trabalhar mais ou melhor.

Bom, de Pedro Sette Câmara (alguém que precisa abrir a mente 🙂). via De Gustibus.

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