Micrômegas vai à praia (tilt-shift video)

“Beached”, de Keith Loutit, uma aplicação da técnica tilt shift em um vídeo, dando um ar de miniaturas e maquetes às mais gigantescas paisagens.

O efeito curioso se traduz em verdade em um campo de profundidade estreito para as imagens capturadas, e como comentei há alguns anos, “a estranheza que essas imagens evocam também nos lembra de como estamos condicionados às imagens de nossa cultura e mídia”.

Isto é, por que isso nos lembra miniaturas? Porque estamos acostumados a ver miniaturas através de lentes que ao lidar com objetos pequenos acabam produzindo… um campo de profundidade estreito. Mais, em inglês, aqui.

Um homem das cavernas que não tenha sido inculcado inconscientemente em como uma imagem de uma maquete difere de uma paisagem a céu aberto provavelmente não teria a mesma impressão que nós temos ao ver esses vídeos.

E falando em vídeos, Loutit tem mais alguns ótimos com a mesma técnica. [YBNY]

Rubik’s Mirror Blocks: Cubo Mágico Mutante

muitas variações do “Cubo Mágico”, este malévolo e impiedoso objeto multicolorido inventado pelo húngaro Erno Rubik.

Rubik’s Mirror Blocks é uma especialmente interessante, espécie de Transformer que pode adquirir milhares (milhões?) de formas físicas diferentes. Apenas uma delas é um polígono regular. E sem nenhuma cor.

O apelo é muito mais estético, já que a dificuldade e as técnicas para solucionar o cubo permanecem exatamente as mesmas, enquanto manipular o cubo fisicamente se torna mesmo mais difícil.

Mas ao ver um desses caótico por aí, o impulso de resolvê-lo será muito mais irresistível ao obsessivo-compulsivo em todos nós. [Neatorama]

WETI: o novo SETI

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1) WETI é o novo SETI
Encontrar nosso lugar no Universo tem sido um tema subjacente da exploração científica há mais de 5.000 anos. Grande parte deste empreendimento é descobrir se a vida e inteligência são bens raros ou comuns, um resultado comum da evolução cósmica. Em termos mais populares: Será que somos aberrações da Natureza ou a Galáxia está repleta de criaturas inteligentes, com olhos de inseto e muitos, muitos tentáculos?
Há apenas duas formas de obter uma resposta definitiva para a questão: Podemos ou buscar ativamente no ambiente galáctico e encontrar seres inteligentes; ou tais seres podem conduzir uma busca e nos encontrar. A primeira abordagem já é aplicada por uma grande variedade de projetos em grande escala. A segunda abordagem, por outro lado, tem sido até hoje deixada a amadores, e nunca foi tentada em uma configuração científica rigorosamente controlada.
Naturalmente, este é o objetivo do recentemente fundado Instituto WETI (Wait for Extraterrestrial Intelligence, ou Espera por Inteligência Extraterrestre).

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2) A Equação de Brake, e outras idéias sobre a verdade absoluta
A equação de Drake, formulada inicialmente por Frank Drake em 1960, é amplamente usada como uma ferramenta para quantificar as chances de encontrar vida inteligente em nossa Galáxia. Muito menos famosa, mas significativamente mais sofisticada, é a equação de Brake, desenvolvida nos anos 1970 pelo ciberneticista dinamarquês Michael F. Brake (1903-1984), que também inventou o popular aparato de desaceleração.
Ao introduzir o fator fs, a equação de Brake estabelece limites na eficiência da pesquisa: Para todo fs>1/N, o WETI é mais eficiente que o SETI. A equação de Brake é também muito mais transparente com respeito às incertezas inerentes da tarefa em questão. Finalmente, ao adicionar o termo B, a equação engenhosamente permite a própria não-existência

Mais, em inglês, no sítio oficial: weti-institute.org [via Posthuman Blues]

Fósseis alienígenas podem chegar à Terra

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A cápsula espacial Foton-M3 vista acima retornou são e salva, o que não é grande notícia. Ela também retornou abrigando passageiros vivos o que também não seria grande coisa, não fosse o detalhe de que os passageiros eram microscópicos e estavam localizados no seu desconfortável escudo de calor. Nos círculos que podem ser vistos na fotografia acima, cientistas inseriram antes do lançamento amostras de rochas contendo microfósseis e mesmo um tanto de bactérias vivas, Chroococcidiopsis.
Parte do experimento STONE-6, os resultados são animadores e não tão animadores para os entusiastas da teoria de panspermia, segundo a qual a vida na Terra teria sido semada de germes extraterrestres.
Os resultados animadores foram os de que parte das amostras chegou ao solo, depois de uma reentrada na atmosfera a mais de 27.000 km/h e temperaturas acima de 1.700 graus Celsius. Isso incluiu os microfósseis, o que sugere que achados como o famoso meteorito marciano ALH84001 realmente poderiam ser fósseis marcianos que viajaram até nosso planeta.
Já os achados não tão animadores foram os de que as bactérias não sobreviveram. Parafusos no escudo teriam afrouxado, e os microorganismos acabaram carbonizados em temperaturas de 300 a 500 graus. O fato não desprova a idéia de panspermia, mas indica que para que organismos sobrevivam à reentrada devem estar sujeitos a maior proteção que os dois centímetros que as amostras de rocha possuíam.
Referências
Can microfossils in a meteor survive atmospheric entry? (PDF)

Kaijus! Tokyo! Giant Robots!

É Negadon: The Monster from Mars. Bônus: 37 imagens de conceito para a armadura de Iron Man. [via io9]

Visualizações ganhadoras em Ciência e Engenharia

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A National Science Foundation e a Science anunciaram os ganhadores da competição International Science and Engineering Visualization deste ano. Acima você confere “Mad Hatter’s Tea” (Chá do Chapeleiro Louco), ganhador do prêmio de Gráfico Informativo.

No trabalho, parte do livro Alice’s Adventures in a Microscopic Wonderland, os autores Colleen Champ e Dennis Kunkel construíram cenas do clássico infantil de Lewis Carroll usando imagens microscópicas de insetos e outros animais minúsculos.

Clique na imagem para o slideshow de todos os ganhadores na Science, ou aqui para ver apenas as fotos.

Marte virtual terraformado

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“Modified Mars é a maneira como Frans Blok vê Marte terraformado no século 23, inspirado nas obras de autores de ficção científica da altura de Arthur C. Clarke, Carl Sagan, Kim Stanley Robinson, Robert Zubrin, Chris McKay ou Thomas Gangale.

Ele pode ser explorado no próprio sítio em um mashup do Google Maps, ou pode-se baixar um recomendável arquivo KMZ para Google Earth (15.9 Mb) no qual podem ser vistas além de suas luas Deimos e Fobos, a estação espacial Clarke, camadas de nuvens e localizações geográficas entre outras.

Por certo que se você já leu a trilogia de Marte, de Kim Stanley Robinson, e já buscou alguma informação na rede, já deve ter encontrado um trabalho anterior de Frans Blok, the Red, Green & Blue MarsSite, outra visualização da terrformação de Marte menos sofisticada, mas esta sim baseada unicamente na obra de Robinson”.

Mais um post copiado descaradamente do imperdível blog cgredan.

Um dia de tráfego aéreo pelo planeta

Criado pela Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique, o vídeo mostra o tráfego aéreo mundial ao longo de um dia.

Note como a atividade se intensifica de acordo com a luz do Sol, também conhecida como dia, bem como as principais rotas de tráfego pelo céu aro redor do mundo. O vídeo transmite uma sensação orgânica, similar a outras visualizações de movimentos humanos em grande escala.

Confira mais links em cgredan.

A Rebelião de Lúcifer

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Minhas criaturas Spore descobriram a teoria da evolução, e pararam de acreditar em mim 🙁

“Vamos ser racionais” “Deus está morto” “Eu fui abduzido”

hat tip Bruno Brambilla Belo

Paradoxo de Ellsberg

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Há duas grandes urnas à sua frente. Elas são completamente opacas, e você não pode ver o que contêm. A urna à esquerda contém dez bolas pretas e dez brancas. A urna na direita contém vinte bolas, mas você não sabe a proporção de quais são pretas ou brancas. Agora, o jogo é retirar uma bola preta de uma das urnas. Se você acertar ganha $100. Você tem apenas uma chance. Então, de qual urna irá retirar a bola? Mantenha sua escolha em mente.

Vamos jogar novamente. Agora o jogo é retirar uma bola branca. Novamente, você tem apenas uma chance, qual urna será?

A maioria das pessoas, quando confrontada com estas alternativas, escolhe a urna à esquerda – aquela com as proporções conhecidas de bolas brancas e pretas. E aqui está o paradoxo. Se você escolhe a urna esquerda quando tenta retirar uma bola preta, isso significa que pensa que as chances são melhores naquela urna. Porém uma vez que há apenas duas cores em ambas as urnas, as chances de retirar uma bola branca devem ser complementares às de retirar uma preta. Logicamente, se você pensou que a urna esquerda era a melhor escolha para uma bola preta, então a urna direita deve ser a melhor escolha para uma bola branca.

O fato de que a maior parte das pessoas evita a urna direita sugere que têm um medo inerente do desconhecido (também conhecido como aversão à ambigüidade)”.

Do livro Iconoclast de Gregory Burns, via BoingBoing. Mais sobre a aversão à ambigüidade e energia nuclear pela dupla de Freakonomics, em português, e sobre o paradoxo de Ellsberg na Wikipedia, em inglês.

Também em inglês, confira um vídeo sobre o paradoxo e mais sobre Daniel Ellsberg, o economista, que alguns anos depois de chamar atenção ao paradoxo teria um papel importante na história ao expor a má conduta de políticos, sendo um dos que levaram ao processo de impeachment e então à renúncia de Richard Nixon.

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