Em prol do Bule de Chá Sagrado

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Em 2005, a notícia de que a Malásia havia predindo 58 seguidores da seita do bule gigante pareceu, a princípio. mais uma (boa) notícia a respeito do fim de um culto excentricamente cômico. Mas desde então deveria soar estranho que os seguidores da seita tivessem sido presos, enquanto o líder conseguisse escapar.

O Telegraph informa que uma seguidora do bule gigante foi presa novamente há pouco, e detalha melhor o que anda ocorrendo. A "excentricidade" do culto, às autoridades, é o fato de que não é muçulmano. Kamariah Ali, de 57 anos, está sendo detida pela terceira vez pelo mesmo "crime": a apostasia, isto é, abandonar a fé islâmica.

Em sua sentença, o juiz da Sharia declarou que "a corte não foi convencida de que a acusada se arrependeu e está disposta a abandonar ensinamentos contrários ao islã. Rezo a deus que abra as portas de seu coração, Kamariah".

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O fim da seita do Bule Gigante, depois do ataque à sua sede, já não tem mais tanta graça.

Adorar um bule é especialmente curioso, em verdade. Primeiro, porque um bule de chá é um objeto que nas últimas décadas se tornou um ícone de representações 3D computacionais.

Segundo, por causa do bule de chá de Russell.

O problema das virgens

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Para as virgens o paraíso islâmico é mais ou menos como uma versão pornô do mito de Prometheus (aquele do titã que tinha seu fígado devorado todos os dias por uma águia), só que é o hímen das jovens donzelas, e não o fígado do titã, que se regenera perpetuamente.

Se você tem uma ereção permanente e o resto da eternidade nas mãos algumas dezenas de virgens não devem bastar, por isso o paraíso islâmico conta ainda com um local que, cá embaixo seria chamado de "bordel", mas que no paraíso islâmico chamam de "mercado".

Continue lendo no Dragão da Garagem

Cardeais em órbita

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Cinco senhores veneráveis flutuam, em meio à ilusão de azul infinito criada pelos geradores holográficos de São Pedro Extra-Mundos, a principal basílica de Novo Vaticano, em órbita polar, neste momento passando sobre o Oceano Pacífico, rumo à Antártida e a mais uma volta pelos extremos da Terra.

Cardeal Mondego sente, agradecido, o relaxar dos músculos ao redor dos olhos e nos cantos da boca. O azul, mesmo com sua implicação de céu ilimitado, de queda iminente numa esfera sem fim, reconforta. Intimida menos que a decoração usual da basílica, as grandes esculturas de luz que reproduzem, em escala monumental e nas três dimensões, o teto da Capela Sistina – como alguém não se sentiria inconveniente ao flutuar bem entre o dedo de Deus e a mão suplicante de Adão? – e nem de longe é tão assustador quanto as imagens, ou o significado das imagens, que haviam antecedido o fundo cerúleo abismal.

Números. Gráficos. Estatísticas. Projeções.

Não há dúvida – diz o papa Paulo XII, que preside a reunião. – Hoje, completam-se dez anos desde que ocorreu a última canonização. Oito, desde a última beatificação. Não há mais santos. Os milagres simplesmente desapareceram do mundo.

Continue lendo o conto de Carlos Orsi Martinho no Le Monde diplomatique

Russian blues

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 Bebês processam cores primariamente com o hemisfério direito do cérebro, de forma "pura", enquanto adultos o fazem com o lado esquerdo, nos centros de linguagem, segundo o trabalho: Categorical perception of color is lateralized to the right hemisphere in infants, but to the left hemisphere in adults.

Como a Wired comenta, o estudo é especialmente interessante frente a outros achados, como de que a linguagem de fato parece influenciar nossa percepção das cores. Estudos indicam, por exemplo, que aqueles que falam russo possuem maior capacidade de distinguir tons de azul que, aos falantes de outras línguas, são designados pela mesma cor.

Por outro lado, em japonês, por exemplo, azul e verde ainda hoje podem ser classificados como a cor "aoi".

Cores não são nada simples.

Erro fractal

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Erro Fractal: o estado de estar errado em toda escala concebível de resolução. Isto é, à distância, a visão de mundo de uma pessoa fractalmente errada parece incorreta; e se você se aproximar e aumentar qualquer parte dessa visão de mundo, ela será tão errada quanto o todo.

Debater com uma pessoa fractalmente errada leva a um regresso infinito, já que cada refutação que se faça das opiniões de uma pessoa leva a outra falácia, cheia de meias-verdades, incoerências e simplesmente mentiras, que requerem tanta refutação quanto a inicial. É impossível convencer uma pessoa fractalmente errada de qualquer coisa, assim como é impossível caminhar pelas bordas de um conjunto de Mandelbrot em tempo finito.

Se você se envolver em uma discussão com uma pessoa fractalmente errada, seu melhor plano de ação será declarar sua idéia uma vez e ignorar quaisquer respostas, sem desperdiçar tempo.

[via Imposturas, Keunwoo Lee]

George Dyson sobre o projeto Orion

Já abordamos o projeto Orion no blog — "para as estrelas, através de bombas nucleares!" — mas no vídeo acima George Dyson dá uma rápida revisão de toda a história.

Ao final, a boa e a má notícia. A boa: apesar do projeto Orion ter sido cancelado, a NASA ainda mantém um grupo dedicado a preservar o know-how acumulado, caso tal conhecimento venha a ser necessário novamente. Você sabe, se de repente um asteróide gigante for descoberto em nossa direção, a única tecnologia conhecida capaz de enviar uma grande massa além da órbita da Terra é nuclear.

A má notícia: segundo Dyson, quando consultou o grupo da NASA em busca de mais informações sobre o projeto, foi a NASA que acabou comprando dele mais de mil páginas de documentação, que não possuíam.

Mais um portal interdimensional

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Vídeo de pikas

Cardoso já brincou com pikas, mas os bichos são realmente adoráveis. No vídeo acima Attenborough mostra os animais se preparando para o inverno, estocando plantas. [via Neatorama]

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[via Neatorama]

Rocha levemente úmida

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Fabulosa imagem representando toda a água no planeta (1.4087 bilhões de quilômetros cúbicos dela), incluindo água do mar, gelo, lagos, rios, nuvens… em uma única esfera.

Na mesma escala, todo o ar na atmosfera (5140 trilhões de toneladas) em uma esfera com a densidade do ar ao nível do mar.

De autoria de Adam Nieman / Science Photo Library (US), foi ganhadora do concurso de fotos Visions of Science de 2004.

Via Dan Phiffer (clique para seus cálculos), Fogonazos.

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