Televisão na Era Nazista

"De 1935 a 1944, o Third Reich de Hitler criou a primeira rede de transmissões televisivas do mundo — transmissões caracterizadas por programas como eventos de esporte, entrevistas com pessoas nas ruas, noticiários noturnos e segmentos com temas raciais.

Os servos do ditador planejaram inicialmente distribuir em torno de dez mil televisores à população para facilitar seus objetivos, embora a Segunda Guerra Mundial tenha impedido a concretização de tais planos.

Somada à guerra, estavam dificuldades como o fato de que a presença de câmeras de TV nas ruas interrompia a fluidez e coesão da propaganda nazista ao capturar inadvertidamente elementos que os oficiais nazistas não desejavam que o público visse. Hitler também percebi a propaganda partidária como o maior objetivo da TV, o que empobrecia o meio de forma dolorosamente óbvia e sinistra".

Assista ao documentário completo de Michael Kloft, "Television Under the Swastika" (1999), em Smashing Telly.

A Fascinação de uma Bala

Imagens de objetos explodindo em câmera lenta ao serem trespassados por uma bala são fascinantes e clássicas. Aqui, o impacto é ainda maior.

Bela campanha. [via gafanhoto]

Mão de borracha revela ligação mente-corpo

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Na já clássica ilusão da mão de borracha, um brinquedo pode ser percebido como parte do próprio corpo através de um simples truque – confira o vídeo. E agora pesquisadores da Universidade de Oxford descobriram que a ilusão também age no sentido inverso: a mão, de verdade, que o brinquedo de borracha substitui na ilusão acaba tendo sua temperatura levemente diminuída.

O achado confirma a hipótese delineada pelos autores de que a regulação de temperatura do corpo pode ser manipulada ao alterar psicologicamente o senso próprio dos sujeitos. Vítimas de esquizofrenia, por exemplo, podem acabar baixando sua temperatura corporal em até um grau.

O pequeno espiritualista que existe em todos nós, inculcado pela cultura popular, talvez veja tal experimento com “explicações” como a de que o “espírito saindo” da mão faria com que ela ficasse “menos viva”. Mas essas são quando muito apenas metáforas que pretendem explicar o fenômeno sem realmente adicionar conhecimento verdadeiro.

A rigor, o que ficou demonstrado aqui é que a mente sim se relaciona com o corpo, o que em si mesmo não só é mais do que razoável, como já foi demonstrado de inúmeras outras formas.

Vale lembrar que, para empolgação dos “materialistas”, a ilusão da mão de borracha foi averiguada inicialmente com o auxílio de varreduras da massa cinzenta.

Uma pesquisa recente também demonstrou que o efeito é tão intenso e real que uma ameaça à mão falsa se reflete em uma reação automática do cérebro, como se o brinquedo de fato pertencesse à pessoa.

Reação detectada no cérebro, claro.

Imagino como este efeito da ilusão da mão de borracha se manifesta na variação com o corpo inteiro.

Referências:

  1. Psychologically induced cooling of a specific body part caused by the illusory ownership of an artificial counterpart [PNAS]
  2. Threatening a rubber hand that you feel is yours elicits a cortical anxiety response [PNAS]

Zoooom! Milhões de vezes em cabelo, concreto, metal e mais

Vídeos ilustrativos combinando diferentes técnicas de microscopia para gerar um único zoom contínuo indo por vezes a uma magnificação de milhões de vezes.

Acima, você descobre que mesmo cabelos de comercial de xampu não são tão lisos assim.

Na continuação: aço, concreto, bronze, alumínio e fibra de carbono.

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Duas horas de matemática visual

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Dimensions são duas horas de matemática apresentada visualmente, legendada em português, disponível para download gratuito! Ou, se preferir, em um DVD acompanhado de um livreto!
Esta dádiva se divide em nove capítulos, e um tour pelos sumários já é um bom aperitivo:

Capitulo 1 : a dimensão dois
Hiparco explica como dois números permitem descrever a posição de um ponto sobre uma esfera. Ele explica a projeção estereográfica: como desenhar a Terra?
Capítulo 2 : a dimensão três
M.C.Escher conta as aventuras das criaturas de dimensão 2 que procuram imaginar objetos de dimensão 3.
Capítulos 3 e 4 : A quarta dimensão
O matemático Ludwig Schläfli nos fala de objetos na quarta dimensão e nos  mostra um desfile de poliedros regulares em dimensão 4, objetos estranhos de 24, 120 e mesmo de 600 faces!
Capítulos 5 e 6 : Números complexos
O matemático Adrien Douady explica os números complexos. A raiz quadrada dos números negativos explicada de forma simples. Transformar o plano, deformar imagens, criar imagens fractais.
Capitulos 7 e 8 : A fibração
O matemático Heinz Hopf descreve sua “fibração”. Graças aos números complexos constrói  arranjos bonitos de círculos no espaço.
Capítulo 9 : Prova
O matemátco Bernhard Rieman explica a importância das demonstrações em matemática. Ele demonstra um teorema sobre a projeção estereográfica.

Tudo isso, oferecido gratuita e legitimamente pela licença Creative Commons, em uma produção de Jos Leys, Étienne Ghys e Aurélien Alvarez.
DIMENSIONS! [via O Velho]

Tesla Inside: Intel retoma tecnologia de Nikola Tesla

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A imagem acima é parte da apresentação de Alanson Sample, Intel Research:
60 Watts de potência transmitidos sem fio a mais de meio metro de distância a uma eficiência de 75%. Entre as aplicações previstas para o prazo de quatro anos estariam laptops que se recarregariam magicamente a distância das bases de energia espalhadas pela casa, e mesmo a possibilidade de que se abandonem baterias em favor de supercapacitores, infinitamente mais leves e de carregamento praticamente instantâneo.

Afogados hoje com dezenas bases de carregadores, emaranhados de fios e baterias explodindo, parece uma tecnologia encantada e futurista, não?

Agora, olhe bem para as espirais da demonstração acima, e veja então esta fotografia de um curioso sujeito que há mais de cem anos dizia que poderia transmitir energia sem fios pelo mundo:

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Lembra algo? Não é mera coincidência, porque esta figura de fato inventou os circuitos elétricos ressonantes, justamente a base da pesquisa recente. Seu nome era Nikola Tesla, o homem que também concebeu sozinho praticamente todos os princípios básicos do sistema de geração e distribuição de energia, com fios, usado até hoje. Há uma lâmpada ligada sobre sua cabeça? Antes de Edison, agradeça a Tesla. Principalmente se for uma lâmpada fluorescente.

Depois de oferecer ao mundo de uma só vez todo um complexo e completo sistema de energia com fios, o gênio anunciou que era apenas o prenúncio de uma visão muito mais ambiciosa e libertadora. Uma sem fios.

Porém, em uma longa e trágica história, Tesla infelizmente jamais pôde concretizar sua visão de um "Sistema Mundial" de energia sem fios. E o mais trágico é que mesmo que estivesse apenas blefando quando prometia ter prontas as chaves de tal tecnologia dourada — assim como dizia poder partir o planeta ao meio — nunca saberemos se ele não seria capaz ao menos de avançar tais conceitos muito além do que nós, meros mortais, fomos capazes de fazer em mais de cem anos, se ele não tivesse passado as últimas décadas de sua vida falido e na miséria.

As chances são de que Tesla impulsionaria uma área quase ignorada nos anos seguintes, porque a tecnologia desenvolvida inicialmente pelo MIT e explorada agora também pela Intel apenas expande o pouco que se sabe de concreto a respeito das idéias de Tesla para a transmissão de energia sem fios. E a própria pesquisa do MIT referencia, e reverencia, o trabalho mais do que pioneiro de Tesla na área. Mais de um século depois o sonho de Tesla é retomado seriamente agora que passamos mais tempo do que nunca enrolados em cada vez mais fios.

Podemos imaginar o sorriso de Tesla ao ver este vídeo fabuloso de demonstração da Intel, por exemplo:

Ou talvez sua revolta, porque é quase idêntico a fotografias de experimentos que o inventor teria conduzido ao iluminar lâmpadas incandescentes à distância, pouco antes de ter seu laboratório de Colorado Springs incendiado ou o de Wardenclyffe desmontado antes de ser completado por falta de recursos.

Esta incrível figura foi ainda responsável por visões indo da radioastronomia a robôs, passando mesmo por portas lógicas e uma rede mundial de informações partilhadas eletronicamente. Foi recentemente personagem do ótimo — ainda que fictício — filme "O Grande Truque" (The Prestige), e há alguns anos, foi tema de um pequeno zine não-autorizado produzido por este autor: leia Nikola Tesla, Vida e Legado.

Fleshmap: quantas melancias há na música?

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Pesquisando 10.000 músicas, com que freqüência diferentes gêneros musicais mencionam quais partes do corpo? Fleshmap apresenta os resultados de forma gráfica, e o vencedor geral devem ser sem dúvida os olhos, embora muitas outras partes – incluindo diversas que não devem ser vistas no trabalho – tenham destaque, incluindo uma bem previsível no Hip Hop.

O Funk não estava incluído, mas podemos estimar quais seriam seus resultados baseados mesmo em uma pequena amostra.

Fleshmap tem diversas outras representações visuais (com minúsculas imagens não seguras para o trabalho) de nossa relação e desejos com as diferentes partes do corpo.

Por que Daisy, HAL?

Em uma das cenas mais memoráveis de 2001: Uma Odisséia no Espaço, enquanto Dave Bowman finalmente consegue chegar ao cérebro do computador HAL 9000 e vai desativando seus bancos de memória, a máquina psicopata tem entre suas últimas palavras uma cantiga infantil “que seu instrutor lhe ensinou”: Daisy (Bell).

Por que Daisy?

Em 1962, John Larry Kelly Jr. programou um computador IBM 704 para sintetizar a música Daisy Bell em uma demonstração no mítico Bell Labs presenciada por Arthur C. Clarke, autor de 2001, que visitava um amigo. O show foi tão surpreendente que Clarke fez HAL cantar a mesma música, e é fabuloso interpretar a mente de HAL “indo embora” à medida em que sua voz tão irritantemente perfeita se transforma em algo mecânico, regredindo no tempo ao IBM 704.

Confira abaixo a versão inteira da música sintetizada em 1962, com acompanhamento de Max Mathews:

Esta não era a primeira demonstração de voz sintetizada mecanicamente, mas graças a Clarke se tornou um marco na área.

Em Laputan Logic, em inglês, há detalhes sobre a “Maravilhosa Máquina Falante” de Joseph Faber, em fins do século 19, que tentava reproduzir a fala humana através de um aparato similar a um órgão de música. [via Neatorama]

Raios a 7.200 quadros por segundo

Mais rápido que um piscar de olhos, raios traçam intrincados movimentos no céu espalhando-se em inúmeras direções pelo ar até se formar um líder e estabelecer-se o relâmpago que enxergamos de relance.

A 7.200 quadros por segundo, aquele fio de luz de relance transforma-se assim em algo surpreendente a ponto de parecer de outro mundo, mas em torno de 100 raios formam-se a todo segundo pelo planeta. No tempo em que você leva para ler este parágrafo, provavelmente mil raios já devem ter feito algo similar ao que você vê no vídeo acima, capturado em 135 microssegundos.

O vídeo é parte da pesquisa de Tom Warner, americano da Dakota do Sul, e um deles já fez grande sucesso pela rede. A boa nova é que Warner disponibiliza agora nada menos que 14 vídeos estupefomenais em seu canal no Youtube. Imperdível.

O paradoxo da audiência cumulativa

Paradoxo

Clique na imagem para ampliá-la, e passe alguns minutos compreendendo a complexidade e os paradoxos que ela representa. Se a viagem no tempo for possível, no melhor estilo capacitor de fluxo, então imagens assim resumem o tipo de situações inconvenientes que devem surgir, e em algum ponto as duas câmeras do mesmo sujeito devem sugar todo o continuum do espaço-tempo.

Duas dicas de filmes pouco conhecidos lidando de forma mais ou menos rigorosa com a idéia de viagem no tempo: Primer, mais sério e ganhador do prêmio Sloan de 2004 para filmes lidando com ciência e tecnologia; e Summer Time Machine Blues, uma comédia adolescente bem leve mas com uma coerência bem inesperada.

Imagem incompreensível via pya.cc.

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