Amar é…
Colocar sua esposa para demonstrar um vidro à prova de balas. Na frente do rosto. Gostou? Então não pode perder “Gizmo!” (1977), um filme compilando filmagens históricas de bizarrices do início do século na América.
Faça seus cientistas de papel
Einstein, Sagan e Darwin em papercraft. É só imprimir, recortar e colar para ter estes ícones científicos materializados sobre sua mesa. E em criações de nosso Labrother do Rainha Vermelha!
“Vivendo de luz”: um animal que faz fotossíntese?
É o assunto de sonhos relacionados a um certo personagem de Krypton que usa a cueca por cima da calça: um animal capaz de captar energia diretamente do sol. No mundo natural, a habilidade não garante superpoderes, mas é um feito em si mesmo, bem real através da cleptoplastia.
O nome que parece de quadrinhos se relaciona com o radical grego que também dá nome aos cleptomaníacos, aqueles com compulsão por roubar. Isto porque a cleptoplastia é um fenômeno simbiótico pelo qual alguns animais se alimentam de algas, digerindo-as completamente mas conservando seus plastídeos, que continuam realizando fotossíntese por dias a meses. Simbiótico sim… mas também poderia ser chamado de roubo de cloroplastos. O animal adquire a capacidade de “viver de luz” roubando os plastídeos das algas.
Uma lesma-do-mar da espécie Elysia chlorotica, por exemplo, pode se alimentar de algas por duas semanas e sobreviver então o resto de sua vida – de um ano – sem se alimentar. Parece uma vida boa?
Infelizmente, não há almoço gratuito, mesmo se você fizer fotossíntese. Não é mera coincidência que a lesma-do-mar E. chlorotica se pareça com uma folha – porque a imagem no topo do post é do molusco, não de uma folha. Provavelmente uma adaptação, evolução convergente para que haja maior área para captar luz solar.
E as adaptações não páram aí. Não basta apenas roubar cloroplastos para sair fotossintetizando adoidado – o processo envolve diversas proteínas, e os genes necessários para codificá-las são, sem surpresa, naturais de plantas. Mas a complexidade da peripécia da lesma acaba de ser desvendada mais um pouco.
Uma equipe liderada por Mary Rumpho da Universidade do Maine publicou um estudo indicando que a lesma verde também “roubou” o gene das algas que come. Em uma Lamarckiana “transferência horizontal”, de alguma forma, em algum ponto de sua evolução, os genes pularam das plantas para os moluscos, permitindo que os cloroplastos realizem finalmente fotossíntese. Lamarck daria um sorriso, ainda que tal transgenia seja extremamente rara.
Agora, satisfazendo a dúvida que todos devem ter, a New Scientist também perguntou se algo similar poderia algum dia ser reproduzido em humanos. A resposta? Improvável. “Nosso trato digestivo apenas tritura tudo – cloroplastos e o DNA”, respondeu Rumpho.
Uma curiosidade é que o estudo foi editado por Lynn Margulis, bióloga notória por suas idéias sobre a origem de organismos eucariotos em nosso planeta. Não é tanto surpresa porque essa espécie de oba-oba com organelas, genes e organismos roubando, ou melhor, cooperando de maneira simbiótica é exatamente o que Margulis propôs em 1966.
A idéia de que a célula eucariótica, repleta de estruturas especializadas e complexas surgiu da união de células procariotas primitivas pode parecer óbvia hoje, mas seu trabalho original foi “rejeitado por quinze periódicos científicos”.
A propósito, Margulis foi também a primeira esposa de um certo sujeito chamado Carl Sagan. [via io9]
– New Scientist: Solar-powered sea slug harnesses stolen plant genes
– Proceedings of the National Academy of Sciences: DOI: 10.1073/pnas.0804968105
Uma máquina a vapor em três minutos
Vídeo mostrando o passo a passo da construção de um motor a vapor extremamente simples e engenhoso, criado com um tubo de cobre e uma vela tealight (um maçarico talvez seja necessário se você tiver apenas um tubo de latão, que precisará ser aquecido, o que torna o projeto um pouco mais complicado).
O princípio pelo qual esse motor a vapor funciona é igual ao do “barco pop-pop”. Mas de construção um pouco mais simples, e com uma vela girando na água produzindo efeitos de luzes, parece um projeto ainda mais interessante.
Esta máquina a vapor também é idêntica em seu movimento à reação à primeira máquina a vapor registrada: a eolípila de Herão, de quase 2.000 anos atrás. [via neatorama]
Atualização: Não tem uma vela tealight? Uma latinha serve. Clique para instruções em português, no Imperdível.
Role para baixo…
Adorável. Simbólico também, se você parar para contemplar a imagem. Que possamos lançar nossos descendentes para explorar os confins do Cosmo. E eles se divirtam.
Se você contemplar a imagem, contudo, também pode notar que o bebê está sem fralda, cueca, nada. Não sei o que isso simbolizaria.
Há algum tempo, o sempre excelente xkcd publicou uma tira similar, e mais acurada, com uma escala logarítmica.
Marcha Imperial
Por nenhum motivo aparente, a marcha imperial tocada pela Beloit Janesville Symphony Orchestra em fevereiro de 2007. Algo me diz que a Marcha Imperial ainda será lembrada séculos depois que as últimas cópias de Star Wars forem perdidas. [via RicBit]
Vídeo de Aurora Boreal vista do espaço
O astronauta Donald Pettit passou cinco meses e meio na Estação Espacial Internacional em 2003, de onde capturou imagens de auroras boreais… e, não contente, as compilou em um vídeo simplesmente estupendo que você confere acima.
É o mesmo Pettit que conduziu a série “Ciência de Sábado de Manhã”, com inúmeros vídeos simples exibindo os efeitos da micro-g no que ele chama apenas de “Estação”. [via Nerdcore]
Futurama Now
Antes de ser uma série animada, Futurama foi uma exibição na Feira Mundial de Nova Iorque de 1939 apresentando uma grande visão Malufista do distante mundo futuro de 1960, repleto de rodovias expressas cruzando todo o continente, com vastas pontes, viadutos e túneis.
O sistema de highways americano se concretizou, mas não tão extravagante quanto os sonhos dourados. Pelo menos não nos EUA, porque no Japão, há um discreto mas fenomenal prédio atravessado por uma rodovia expressa:
É o Gate Tower Bulding, ou “Bee Hive” (Colméia), em Osaka. Construído em 1992 e atravessado pela rodovia expressa Hanshin, é um prédio de escritórios. Atravessado por uma rodovia expressa.
O guia de andares é uma visão do futuro de carros voadores e jetpacks silenciosamente estampado à sua frente:
“Andares 5~7: Rodovia Expressa Hanshin”
Na foto abaixo pode-se ver que a estrutura da rodovia é independente da do prédio, que abre um buraco através de três andares.
[via Englishman in Osaka]