2009: Uma Odisséia no Espaço

Com oito anos de atraso, temos uma nave espacial que partiu da Terra realizando acrobacias em órbita, filmado de uma estação espacial internacional permanente. A valsa ocorre a 350 quilômetros de altitude entre a Tasmânia e Austrália, com o fim de fotografar a parte inferior da Atlantis e checar a integridade das placas negras de proteção térmica (procedimento de segurança adotado depois do trágico ocaso da Columbia).

Os movimentos parecem lentos, mas tanto a estação quanto o ônibus espacial estão a quase 30.000 km/h.

A visão de Clarke e Kubrick, abaixo:

[via Fogonazos]

Mandelbulb: Uma visualização tridimensional do fractal de Mandelbrot

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Pode ter pouco mais de 30 anos, mas a representação do conjunto de Mandelbrot, lembrando uma espécie de coração (ou cardióide) cercada por infinitos detalhes já é uma das mais belas e celebradas imagens da matemática. A figura fractal inspirou desde paródias a visualizações com referências curiosamente religiosas. Seria possível explorar a imagem de outra forma?

“No final, é apenas bidimensional, plana, não há profundidade, sombras, perspectiva ou iluminação”, escreve Daniel White, que seguindo uma proposta original original de Marco Vernaglione está em busca da visualização definitiva do conjunto de Mandelbrot em três dimensões.

É uma tarefa difícil porque não existe um análogo verdadeiro do plano complexo em três dimensões, não há uma representação óbvia e ao mesmo tempo rica do conjunto a partir de sua definição. Essa tradução terá necessariamente que transformar características do conjunto de Mandelbrot em coordenadas tridimensionais através de alguma manipulação que permita que a riqueza de detalhes do fractal floresça nesta nova dimensão. Vernaglione, White e outros estão em busca dessa manipulação.

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A que encontraram até agora é a que gera o “Mandelbulb” visto acima. É um objeto fractal fabuloso, não deixe de clicar para uma viagem nos detalhes. Sem tanta surpresa, o objeto lembra organismos biológicos, e em particular as gravuras de Ernst Haeckel tão caras aos Sciblings do Discutindo Ecologia. [via girino]

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El Silbo, agora o mundo acaba

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Com vocês, o esquema para o fim do mundo, a gênese do juízo final, a espada do Armageddon. Ou alguma coisa assim. Em tese. Explico.

É apenas o circuito criado por Michael J. Rainey para “El Silbo”, um adorável rádio-transmissor movido unicamente pela energia da voz do operador. Nada de baterias, nem mesmo manivelas, basta falar e a energia das ondas sonoras é convertida em pequenos sinais elétricos que por sua vez se transformam em sinais de rádio, com potência variando de 5 a picos de 15 mW.

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Pode ser muito pouco, mas Rainey diz ter conseguido usar seu “El Silbo” para falar com outros rádio-amadores a uma distância de até 160 km! É a energia de uma voz humana, cruzando distâncias literalmente muito além do horizonte, graças à engenhosidade do cérebro humano.

O próprio nome “El Silbo” é uma referência à Silbo Gomero, uma linguagem assobiada – !!! – falada por habitantes de La Gomera nas Ilhas Canárias – acredite se quiser, ou leia na BBC e em trabalhos acadêmicos. Aproveitando-se do relevo montanhoso, e com seus altos assobios, a linguagem Silbo aparentemente permtiria conversas com interlocutores a pouco mais de três quilômetros de distância. Fascinante como possa ser, o “El Silbo” eletrônico multiplicou em dezenas de vezes o melhor que a biologia pôde nos oferecer. Nenhum assobio humano deve chegar a 160 km de distância.

A parte rápida e curiosa do post acaba aqui… caso queira adentrar uma longa divagação sobre como isso se relaciona com o Apocalipse, continue lendo. Explico.

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Pi in the Sky

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SPOILER: Em um final muito mais impressionante que a versão cinematográfica, em “Contato” de Carl Sagan a protagonista acaba descobrindo uma mensagem especial escondida nas infinitas casas decimais da constante pi.

Pois bem, se você escrever o pi com duas casas decimais, 3.14, e olhá-lo no espelho, verá a palavra PIE. Caso entenda inglês saberá que além de torta, a palavra é homófona, isto é, lê-se da mesma forma que… pi.

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De onde se conclui que se Deus é brasileiro, fez curso de inglês. tudumpa. [via MLIA]

Morte por ouro derretido

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No filme Goldfinger de James Bond, há uma cena em que o vilão excêntrico mata uma mocinha de uma maneira digna de vilões de James Bond. Ele pinta todo o corpo da pobre donzela com ouro, e ela morre por… asfixia! Isso porque, oras, você devia saber, nós também respiramos pela pele. Dançarinas profissionais que costumam pintar o corpo costumam deixar uma parte na base da espinha sem pintura justamente para evitar a asfixia.

É uma fabulosa lenda, mas é apenas uma lenda, isto é, é falsa, não é verdade. Respirando normalmente pelo nariz, você não deve morrer asfixiado, por mais que feche todos os poros de sua pele com ouro ou outras formas um tanto menos caras. O principal problema com que pode se deparar é que a tinta sim impedirá a transpiração. Você não irá suar e a regulação de temperatura corporal não funcionará corretamente. Se você poderá morrer por causa disso é outro assunto, os Mythbusters, ou Caçadores de Mitos, dedicaram-se ao tema várias vezes, sempre interrompendo os testes após alguns minutos.

Se a morte pela pintura do corpo com ouro é um tema incerto, a execução através do derramamento de grandes quantidades de ouro derretido garganta abaixo é muito certa. No fim do século 16, um governador espanhol no Equador colonial foi morto por membros da tribo Jívaro – mais conhecidos por criar miniaturas de cabeças – exatamente desta forma. Como os pesquisadores holandeses Goot, Berge e Vos notam, despejar metais derretidos goela abaixo das vítimas era em verdade uma prática levada a cabo nos dois lados do Atlântico, dos Romanos a, ironicamente, a Inquisição Espanhola.

“Várias fontes mencionam a explosão de órgãos internos. A questão permanece se este é realmente o caso e qual seria a causa da morte”, escrevem os pesquisadores. “Para investigar isto, obtivemos uma laringe bovina de um matadouro local. Depois de fixar a laringe em posição horizontal a um pedaço de madeira e fechar o fim distal com papel higiênico, 750 g de chumbo puro (ao redor de 450 graus) foi aquecido e despejado na laringe”.

São métodos curiosamente similares aos praticados pelos Mythbusters (ou vice-versa). Afinal, as infelizes vítimas acabam mesmo explodindo? Fique conosco para que Adam e Jamie, digo, Goot, Berge e Vos contem os resultados na continuação. Não se preocupe, não há nenhuma imagem chocante.

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O Triste Fim do Pequeno Albert

“Das filas de bebês que se arrastavam a quatro pés, elevaram-se gritinhos de excitação, murmúrios e gorgolejos de prazer. O Diretor esfregou as mãos. – Excelente! – comentou. E, levantando a mão, deu o sinal. A Enfermeira-Chefe baixou uma pequena alavanca. Houve uma explosão violenta. Aguda, cada vez mais aguda, uma sirene apitou. Campainhas de alarme tilintaram, enlouquecedoras. As crianças sobressaltaram-se, berraram; suas fisionomias estavam contorcidas pelo terror. – Mas isso basta — continuou, fazendo um sinal à enfermeira. As explosões cessaram, as campainhas pararam de soar, o bramido da sirene foi baixando de tom em tom até silenciar. Os corpos rigidamente contraídos distenderam-se, o que antes fora o soluço e o ganido de pequenos candidatos à loucura expandiu-se novamente no berreiro normal do terror comum. – Ofereçam-lhes de novo as flores e os livros. As enfermeiras obedeceram; mas à aproximação das rosas, à simples vista das imagens alegremente coloridas do gatinho, do galo que faz cocorocó e do carneiro que faz bé, bé, as crianças recuaram horrorizadas; seus berros recrudesceram subitamente. – Observem – disse o Diretor, triunfante. – Observem.

Os livros e o barulho intenso, – já na mente infantil essas parelhas estavam ligadas de forma comprometedora; e, ao cabo de duzentas repetições da mesma lição, ou de outra parecida, estariam casadas indissoluvelmente. O que o homem uniu, a natureza é incapaz de separar. – Elas crescerão com o que os psicólogos chamavam um ódio "instintivo" aos livros e às flores. Reflexos inalteravelmente condicionados. Ficarão protegidas contra os livros e a botânica por toda a vida”. [Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo”, 1932]

A distopia de castas condicionadas de Huxley não era apenas ficção, e sua similaridade com o filme que pode ser visto acima está longe de ser mera coincidência. Um dos personagens principais do romance, Helmholtz Watson, é em seu sobrenome uma referência a John Watson, um dos psicólogos fundadores do Behaviorismo e que pode ser visto no filme, acompanhado da assistente Rosalie Rayner e do bebê que é tema deste texto: o Pequeno Albert.

“Albert” era o nome fictício para o bebê muito real sujeito aos experimentos de Watson. Filho de uma enfermeira que trabalhava onde o psicólogo behaviorista realizava seus experimentos, Watson o escolheu para demonstrar o fenômeno de condicionamento em humanos – porque ele foi originalmente demonstrado em cães, nos famosos experimentos de Pavlov. Eram outros tempos, era o ano de 1920, e o pequeno Albert tinha pouco menos de um ano.

Soando o gongo

Watson inicialmente estabeleceu como o bebê não parecia ter praticamente nenhum medo inato. Foi na sala controlada de Watson que o pequeno Albert conheceu pela primeira vez na vida coelhos, macacos, cachorros e mesmo um pequeno rato branco, com que tentou brincar. Nenhum deles o assustava, e Albert não temia nem mesmo o fogo. Uma das poucas coisas que desagradava Albert era um desconforto natural com barulhos altos repentinos, como bater em uma barra metálica.

O primeiro passo do condicionamento em si envolveu assim associar a resposta natural de Albert – o desconforto com barulhos altos – com aquelas não-condicionadas. Como na ficção de Huxley, toda vez que Albert via o pequeno rato branco, a assistente Rosalie passou a assustá-lo com o súbito estrondo ao martelar a barra metálica. Depois de várias repetições, sempre associando o rato branco ao desagradável susto do estrondo, Watson pareceu ter obtido sucesso. “Na mente infantil essa parelha estava ligada de forma comprometedora”, escreveria Huxley anos depois.

Mesmo sem nenhum barulho, Albert passou a chorar com a visão do pequeno rato branco com que antes queria brincar. Mais do que isso, o bebê teria generalizado sua resposta condicionada, passando a temer vários outros objetos felpudos, desde coelhos até casacos de pele que, relembrando, inicialmente não temia, e os quais nunca foram mostrados acompanhados do estrondo. No filme vemos o pobre Albert chorando inclusive quando Watson coloca uma máscara de Papai Noel, com sua barba branca.

Cruel, sem dúvida. Ainda pior porque o estágio seguinte dos experimentos, em que Watson tentaria reverter o condicionamento, tentando habituá-lo novamente ao ratinho branco ou mesmo associando-o a doces, nunca foi realizado. Albert foi levado pela mãe para nunca mais ser encontrado.

Rumores davam conta de que a mãe teria descoberto o que o psicólogo estava fazendo com seu filho, e indignada teria fugido sem deixar pistas. Albert teria sido adotado por outra família, e a fobia condicionada teria persistido até a vida adulta. Eram, contudo, apenas rumores. O “Pequeno Albert”, parte de um dos mais famosos experimentos psicológicos e inspiração para parte de uma das obras literárias mais importantes do século passado havia desaparecido.

Há pouco ele parece ter sido finalmente encontrado.

Encontrando o Pequeno Albert

Na mais recente edição de American Psychologist, comentada em Mind Hacks, o psicólogo Hall Beck revela os resultados de uma exaustiva investigação de sete anos que liderou em busca do paradeiro de Albert. Literalmente como detetives, os psicólogos partiram dos poucos dados conhecidos, começando do local e data em que os experimentos foram realizados, e através deles localizaram o nome da enfermeira Arville Merritte. Tudo indicava que deveria ser a mãe, mas o rastro não levava muito além.

Foi uma busca pelo seu nome de solteira, Arvilla Irons, que permitiu voltar ao caminho. Isso sugeria que seu nome de casada era provavelmente em si mesmo fictício, escondendo o fato de que seu bebê era ilegítimo. Arvilla era uma mãe solteira, e seu bebê não se chamava Albert, e sim Douglas. “Douglas Merritte”. Seria o Pequeno Albert?

Para finalmente confirmar o achado, Beck e sua equipe contaram com a colaboração da família Irons, que enviou fotos do bebê que foram então analisadas por peritos forenses do FBI. Embora as fotografias não fossem muito boas, os resultados, combinados com a coincidência dos diversos outros dados rastreados, sugerem fortemente que o pequeno Albert havia sido finalmente encontrado. Noventa anos depois, finalmente saberíamos qual teria sido o destino de Douglas.

Foi um triste destino. Poucos anos depois dos experimentos, em 1922 Douglas parece ter contraído meningite e desenvolvido hidrocefalia, um acúmulo de fluido no cérebro. Com apenas seis anos de idade, em 1925, o pequeno Douglas faleceu.

Todos os rumores sobre a vida de “Albert” eram falsos. Douglas viveria apenas mais cinco anos, e não se sabe se nesta curtíssima vida deixou de temer ratos, coelhos ou casacos de pele. Mind Hacks cita o final melancólico do artigo da investigação de Beck, que visitou o túmulo do pequeno Douglas:

“Enquanto observava Gary e Helen colocando flores no túmulo, lembrei-me de um sonho que tive acordado onde imaginava mostrar a um ancião surpreso o filme de Watson dele ainda bebê. Minha
pequena fantasia estava entre as dúzias de enganos e mitos inspirados por Douglas.

‘The sunbeam’s smile, the zephyr’s breath,
All that it knew from birth to death.’

Nenhuma das lendas que encontramos durante nossa investigação possuía base factual. Não há evidência de que a mãe do bebê tenha ficado ‘ultrajada’ com o tratamento de seu filho ou que a fobia de Douglas tenha provado ser resistente a extinção. Douglas nunca foi decondicionado, e não foi adotado por uma família ao norte de Baltimore.

Nem ele chegou a ser um senhor de idade. Nossa busca de sete anos foi mais longa que a vida do pequeno garoto. Coloquei flores no túmulo de meu ‘companheiro’ de longa data, voltei-me e simultaneamente senti uma grande paz e uma profunda solidão”.

Watson, educador infantil

O triste fim do pequeno Albert deve cortar o coração de qualquer um, e em um primeiro momento, é tentador culpar John Watson. No entanto, ainda que a ética de seus experimentos seja mais do que questionável, o psicólogo dificilmente pode ser responsabilizado pela morte prematura da criança. O fato de Douglas ser um filho ilegítimo, combinado com tratamentos muito mais limitados da década de 1920 e finalmente, o simples e desafortunado acaso são explicações muito mais razoáveis para seu trágico fim.

Curiosamente, pouco depois dos experimentos com o Pequeno “Albert”, Watson foi forçado a deixar a universidade Johns Hopkins devido a seu caso com a assistente Rosalie Rayner. Sim, exatamente a assistente que pode ser vista nos filmes. Watson era casado e a revelação da sua relação com a assistente provocou certo escândalo. Assim como com seus experimentos com Douglas, logo surgiriam rumores sobre seu afastamento, incluindo o de que teria conduzido pesquisas sobre a resposta sexual humana… com a sua amante.

Eram outros tempos, era a década de 1920, e enquanto o adultério de Watson escandalizava a sociedade, ninguém pareceu se importar com as implicações éticas dos experimentos com bebês. Afastado da vida acadêmica, Watson adentraria o mundo da publicidade e, o que pode soar absurdo, a educação infantil, escrevendo um livro e vários artigos populares sobre como pais deveriam criar seus filhos.

O absurdo de que o psicólogo que teria traumatizado um bebê passaria a dar conselhos sobre como educar crianças é apenas o choque entre a sociedade atual e a de quase um século atrás. Watson não era um monstro. Justificou-se argumentando que o bebê poderia ter experiência assustadoras no berçário, de uma forma ou de outra. Com seus experimentos eles poderiam lhe causar “relativamente pouco dano”, escreveu. Watson era um homem de seu tempo. Era, inclusive, um homem talvez um pouco à frente de seu tempo, sendo severamente contrário à agressão como corretivo infantil.

Finalmente, e o que é realmente importante: talvez nem tenha “traumatizado” Douglas. Assustado, sim. Traumatizado, talvez não.

Nem tão condicionado

Embora o experimento original tenha sido saudado como uma demonstração inequívoca do condicionamento clássico em humanos, e ainda que evidencie sim o fenômeno, uma revisão crítica do estudo mostra que não há realmente evidência sólida de que o Pequeno Douglas tenha chegado ao extremo de desenvolver uma fobia por ratos e outros objetos felpudos. Ele pode ter chorado ao ser forçado a tocar Watson com a máscara de Papai Noel, mas então, quantos bebês não-condicionados também não fariam o mesmo?

O próprio estudo original nota que depois de um mês, não era sempre que Douglas chorava ao ser apresentado a objetos felpudos… ou mesmo ao pequeno rato branco. Diversas descrições dos experimentos de Watson costumam exagerar seus resultados. Este foi apenas um experimento, com apenas uma criança, sendo que após um mês a resposta condicionada não ocorria sempre.

Watson chega a sugerir que Douglas era um “tipo extremamente fleumático”, que raramente chorava, e que com outro bebê mais emocionalmente instável o condicionamento persistiria inalterado mesmo após um mês. Apenas especulação de sua parte.

“Pode ser útil que teoristas modernos de aprendizado vejam como o estudo de Albert motivou pesquisa subsequente (…) mas parece hora de, finalmente, colocar os dados de Watson e Rayner na categoria de resultados ‘interessantes, mas não-interpretáveis’”, avaliou Ben Harris.

O Behaviorismo, do qual Watson foi um dos fundadores, ainda seria influenciado por B.F. Skinner e passaria por diversas outras modas e modificações pelas próximas décadas. Pesquisas posteriores mostraram de forma mais clara que sim estamos sujeitos ao condicionamento, mas que as coisas não são tão simples como Watson imaginava.

Por outro lado, as propostas de Watson e Rayner para reverter o condicionamento precederam práticas terapêuticas futuras, incluindo a Terapia Cognitivo Comportamental (CBT) praticada atualmente, com bons resultados experimentais.

E, para quem ainda se pergunta, hoje em dia experimentos passam por comitês de ética, que não aprovariam a condução de experimentos como o do Pequeno Albert. Ainda que há não tanto tempo outros experimentos duvidosos tenham sido realizados.

Douglas poderia ser pequeno e sua vida foi tragicamente curta. A sua história, no entanto, é bem longa. Ao final, um caso emblemático do que seria o controle da natureza humana, pilar de uma das mais famosas distopias imaginárias do século 20, revela a realidade muito crua e imprevisível de uma mãe solteira, a morte prematura de seu filho, sujeito de uma pesquisa com resultados ambíguos, cujo pesquisador é afastado de sua posição pela revelação de um caso extra-conjugal… para tornar-se educador infantil. [via Mindhacks, Guía para perplejos]

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ResearchBlogging.org Beck HP, Levinson S, & Irons G (2009). Finding Little Albert: a journey to John B. Watson’s infant laboratory. The American psychologist, 64 (7), 605-14 PMID: 19824748

Watson, J., & Rayner, R. (1920). Conditioned emotional reactions. Journal of Experimental Psychology, 3 (1), 1-14 DOI: 10.1037/h0069608

Harris, B. (1979). Whatever happened to little Albert? American Psychologist, 34 (2), 151-160 DOI: 10.1037/0003-066X.34.2.151

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