O Paradoxo de Braess e a Ampliação da Marginal

 escheraudi

Ampliação da marginal em São Paulo. Um paradoxo matemático de resultado dos mais curiosos, abrangendo desde o congestionamento de carros até a lentidão de sua internet. E uma Mente Brilhante? Todos estes nexos arrematados neste post. Na continuação, claro, clique na imagem e read on.

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Curso “O que é a Vida?” de Marcelo Gleiser

 gleiserlagoa

“Em dois encontros especiais, o físico Marcelo Gleiser conduzirá um percurso de investigação e reflexão sobre um tema fundamental: a vida. No primeiro encontro, analisará o que é a vida sob o ponto de vista da Biologia moderna – e como é difícil defini-la. Explicará ainda o que sabemos e o que não sabemos da história da vida na Terra, desde as suas origens até a incrível diversidade de hoje. No segundo encontro, o destino é o espaço, quando se discutirá a possibilidade de vida extraterrestre e a diferenciação de vida não inteligente e inteligente. Em seguida, ganham lugar as reflexões sobre as implicações filosóficas da possibilidade de vida extraterrestre e como a sua descoberta mudaria profundamente a História da humanidade.
Início: 03 AGO
Duração: 2 encontros
Dias/horários: Segundas-Feiras, Quartas-Feiras, às 20h (03/08, 05/08)
Valor: R$ 90,00 na inscrição + 1 parcela de R$ 100,00”

Os encontros acontecem na Casa do Saber na Lagoa, RJ. Mais informações no website.

Força da mente provada em vídeos?

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É honestamente um dos vídeos mais curiosos demonstrando supostos poderes paranormais a que já assisti. Não é um feito em si extraordinário como a multiplicação de pães, afinal é apenas um pedaço de papel girando. Tão útil quanto entortar talheres. Mas as inúmeras formas pelas quais o autor do vídeo busca deixar claro que não há nenhum truque envolvido elevam o efeito banal a algo genuinamente intrigante.

Antes de abordar em detalhe o vídeo, gostaria de pedir que você anote em um papel, no bloco de notas ou aonde for, exatamente como responderia sucintamente a duas perguntas: 1-“Este vídeo prova o paranormal?” e 2- “Como ele foi feito?”. É importante que deixe anotadas suas respostas, porque elas podem surpreendê-lo logo mais.

Senta que lá vem a história.

Argumentando com Deus

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Uma adaptação do original de Michael Anissimov, que indica ensaios ótimos de Eliezer Yudkowsky como Semantic Stopsigns e "Science" as Curiosity-Stopper para maior reflexão. Antes de criticar a imagem por sua caricaturização ou mesmo por algum tropeço epistemológico fatal, confira os ensaios indicados.

“Porque sim” não é resposta. “Porque Deus quis” também não. Se descobrir os infinitos mecanismos e fenômenos interligados que explicam o funcionamento de algo ainda não nos levou à “resposta”, e talvez nunca leve, o ponto é que não nos leva a falsas respostas. É preciso evitar os pontos finais semânticos do questionamento. [montagem sobre imagem via sxc.hu]

Uma erupção observada do espaço faz barulho?

A resposta é sim, ainda que os astronautas não possam ouvir. As imagens mais do que devem compensar, capturadas em plena órbita a 350km de altitude. Foi assim que no último dia 12 de junho registraram os primeiros estágios da erupção do vulcão Sarychev em uma desabitada ilha russa próxima da fronteira com o Japão.

No quadro abaixo, vêem-se os diversos fenômenos empolgando meteorologistas, geocientistas e vulcanologistas. A gigantesca coluna de fumaça é a primeira das plumas lançadas pelo vulcão, em uma combinação de cinza marrom e vapor branco. Enquanto a mistura aquecida se eleva rapidamente pela atmosfera, a umidade acaba se condensando e formando a peculiar nuvem branca em forma de domo: é uma nuvem pileus, cuja aparência inusitada já foi motivo de confusão com discos voadores.

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Também há cinzas mais densas estendendo-se pela terra, em um fluxo piroclástico, do qual distância é mais do que recomendada. Finalmente, a cobertura de nuvens ao redor da ilha está aberta em um círculo, com centro aparentemente no ponto de erupção. Cientistas discordam sobre o que pode ter causado este “furo” que permitiu uma visão tão clara. Vários indicam que seria a estrondosa onda de choque da explosão, enquanto outros sugerem ser o ar quente da pluma retornando ao solo ou simplesmente uma disposição natural das nuvens ao redor da ilha, sem relação com a erupção.

Fato é que são imagens fenomenais, motivando muito mais reflexão do que se a erupção fez ou não barulho – tanto fez que, repetindo, a onda de choque pode ter aberto o furo quilométrico da cobertura de nuvens, o que significaria que os astronautas podem ter “visto o som”.

O vídeo que inicia esta nota, por exemplo, é uma composição da série de fotografias capturadas a bordo da Estação Espacial Internacional. Note como entre a primeira e a última imagem os astronautas deslocaram-se bastante em relação à erupção, capturando-a primeiro de um lado e depois de outro. Natural, pois estão a quase 30.000km/h, completando uma volta ao planeta a cada 91 minutos. Lembrando que estão a 350 km de altitude e que a distância ao vulcão deveria ser uma diagonal muito mais longa, as imagens são uma façanha.

sarychev_pluma

Falando em quilômetros, escalas são necessárias. O pico Sarychev alcança pouco menos de 1,5km de altura, mas a pluma que lançou ultrapassou 8km de altitude, podendo ter chegado aos 16km. Mais do que o dobro do Everest em questão de horas. Ela não se estendeu apenas verticalmente, e na imagem acima, capturada dois dias depois, as cinzas marrons se estendem por toda a região. As várias erupções levaram cinzas do Sarychev a mais de 2.400km de distância, e a enorme extensão destas cinzas ressalta o impacto em escala planetária que erupções podem ter.

Sarychev_Eruption_Generates_Large_Cloud_of_Sulfur_Dioxide

Somando tudo, é algo fabuloso em escala incomensurável. Uma erupção ocorrida há menos de um mês em uma ilha desabitada é observada do espaço por astronautas em órbita, fotografada em câmeras digitais cujos arquivos foram enviados à Terra muito antes que os astronautas retornem. Seis astronautas, a propósito, lotação recorde nesta vigésima expedição, com americanos, russos, um canadense e o engenheiro de vôo japonês Koichi Wakata, que andou com um tapete voador. Arquivos digitais, a propósito, divulgados pela NASA em seus sítios, discutidos por especialistas e apreciados por leigos, partilhados no Twitter e Youtube até chegar a este blog.

“Apesar de todos os nossos fracassos, a despeito de nossas limitações e falibilidades, somos capazes de grandeza”. Só posso esperar que Carl Sagan perdoe o abuso de suas palavras para definir a maravilha que é o registro e a forma de divulgação dessas Manchas Marrons vistas do espaço em nosso Pálido Ponto Azul. [dica do Atila]

Curso gratuito do Observatório Nacional

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O Observatório Nacional abriu inscrições para o curso a distância de Astrofísica do Sistema Solar. Completamente gratuito, realizado online e com duração até agosto de 2010 (carga horária de 120 horas), o curso ainda fornece um certificado àqueles que o completarem com nota mínima 7,0.

Clique para maiores informações e inscreva-se! [dica do RicBit]

Quadrinho mais sexy de todos os tempos

Clique para ampliar 

Dinosaur Comics de Ryan North, com roteiro genial de Randall Munroe, do xkcd. “Você pede uma tira de convidado ao Randall e ele te dá infinitas!”.

Não sabe quem foi Zenão e o que ele tem a ver com um quadrinho infinito? Conheça os paradoxos de Zenão de Eléia.

Design Inteligente… Malevolamente Inteligente

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“Quando Criacionistas falam de Deus criando toda espécie individual como um ato separado, sempre usam como exemplo beija-flores, ou orquídeas, girassóis e coisas lindas. Eu tendo a pensar ao invés no verme parasita cavando seu caminho através do olho de um garoto sentado no leito de um rio na África Ocidental, [um verme] que cegará a criança. E [eu lhes pergunto], ‘Você está me dizendo que o Deus em que você acredita, que você também diz ser um Deus todo misericordioso, que preza por cada um de nós individualmente, você está dizendo que este Deus criou este verme que não pode viver de qualquer outra forma além do globo ocular de uma criança inocente? Porque isso não me parece coincidir com um Deus cheio de misericórdia”.

É o comentário de Sir David Attenborough quando é frequentemente questionado se seu trabalho e fascinação com as maravilhas naturais o fazem contemplar um criador. Há, no entanto, uma resposta muito simples aos argumentos agnósticos de Attenborough. São as idéias defendidas pelo Dr. Ralph D. Winter, que faleceu recentemente e para quem todas as formas violentas de vida são obra de uma “força maligna inteligente” que busca destruir a criação divina.

“Nossa literatura teológica corrente, até onde sei, não considera seriamente patógenos de doença de um ponto de vista teológico – isto é, são obra de Deus ou de Satã?”, pergunta Winter. “Tenho uma forte suspeita que esses defeitos [falhas genéticas] são comumente na verdade distorções malignas de Satã e não apenas coisas que deram errado acidentalmente. Por quê? Porque, simplesmente, algumas delas são tão engenhosamente destrutivas. Representam, penso eu, o envolvimento de inteligência. Não são apenas evolução cega, ou muito menos, erros na criação”.

Tais idéias podem soar cômicas, mas possuem uma honestidade intelectual, ou pelo menos, uma honestidade, gritante. Principalmente quando descobrimos que Winter desenvolveu tais idéias enquanto estava ao lado de sua esposa, vítima de câncer, no último mês de sua vida. “[Há] uma tradição teológica que não compreende as forças demoníacas que têm a capacidade de distorcer o DNA”. O próprio Winter também faleceu após lutar contra o câncer.

Se as idéias do design malevolamente inteligente pareceram curiosas, vale lembrar que também há a proposta do design estúpido. [via 忘却からの帰還]

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