Incrível truque de baralho com cores que mudam

Richard Wiseman, promovendo seu mais novo livro: Quirkology. O “truque” é na verdade um fenômeno sério estudado inicialmente na década de 1970, como Wiseman explica (em inglês). Prometemos publicar um artigo com mais demonstrações em português em CeticismoAberto em uma próxima atualização.

A fabulosa magia de Daniel Chesterfield

Ainda melhor que David Copperfield. Tão verdadeiro se você souber, por exemplo, como ele voa ou como ele fez a Estátua da Liberdade desaparecer. Mas no ilusionismo, a apresentação é tudo.
Veja também a mágica inacreditável de David Blaine (em inglês).
[via haha.nu]

2007: o ano em que fomos para a cidade


O dia 23 de maio de 2007 foi um marco único na história da humanidade, pelo menos segundo as estimativas de cientistas da North Carolina State University e da University of Georgia. Pela primeira vez na história da nossa espécie, há mais pessoas morando em cidades do que no campo. Projeções da ONU apontam que em 2010, a população mundial será 51,3% urbana, e os pesquisadores estimaram um dia exato para a transição, quando 3.303.992.253 pessoas morando em zonas urbanas superarão as 3.303.866.404 em áreas rurais.

Paciência budista


Oito monges budistas refugiados. Dois dias inteiros de trabalho em sua mandala de areia. Mais da metade da obra completada. Uma criança de dois anos. O resultado? “A criança meio que sapateou sobre a obra, destruindo-a completamente“, disse Chuck Stanford, do Centro Budista de Kansas. Ao descobrir o que a criança havia feito, a mãe ainda tentou fugir, mas ela não esperava pela reação dos monges.
“Não há problema”, declarou o líder, Geshe Lobsang Sumdup. “Ainda temos mais três dias, só precisaremos trabalhar mais rápido”. O mandala representava uma figura de compaixão, e tais obras de areia costumam ser destruídas depois de completadas em rituais, para lembrar as pessoas da impermanência de tudo. É um belo ritual particular do budismo Tibetano.

Aplicações de um CD player no espaço

O astronauta Don Pettit, como parte do Saturday Morning Science, demonstra os efeitos da estabilização giroscópica usando CD players em microgravidade na Estação Espacial Internacional. Ele primeiro mostra como um CD player desligado se comporta no ambiente, movimentando-se desajeitadamente a qualquer toque. Quando o tocador é ligado, contudo, e o CD dentro dele começa a girar, ele se torna um giroscópio — algo como um pião — e os efeitos podem ser visivelmente notados. Pettit dá uns empurrões, e o CD player comporta-se de forma mais estável, como se tivesse alguns fios.
Claro que sendo um engenheiro, e tendo três CD players disponíveis, Pettit não parou aí. Ele amarra dois e então três players com fita de forma perpendicular e mostra como eles se comportam quando ligados. Com três CDs girando em três eixos, ele tem um conjunto razoavelmente estável e mostra como pode ajudá-lo a manter uma lanterna “fixa” em pleno ar, sem gravidade, enquanto escuta música!
Mais vídeos do Saturday Morning Science você confere na página oficial da NASA ou no Youtube. A propriedade de estabilização de giroscópios é fascinante, o que levou muitos a confundir tais efeitos com algo como anti-gravidade. Há o infame efeito Podkletnov, jamais reproduzido, e mesmo as palestras de Eric Laithewaite, que à primeira vista parecem demonstrar que giroscópios deixam tudo mais leve. O que eles fazem, infelizmente, é apenas estabilizar objetos, e o mais próximo de desafiar a gravidade a que podem levar é o Levitron.
[via Marcelo Mendes, obrigado!]

Brincadeira do copo

Não, não é aquela brincadeira do copo, mas esta envolve fenômenos sobrenaturais verdadeiros! Ou não. No Chongas o pessoal dá várias explicações, e no Youtube você vê várias vídeos explicando o efeito de forma claramente errada. Dica: veja quão branco é o líquido no início, e quão branco ele é no final. Percebeu que o branco “desbotou”? Ou melhor se diluiu? O truque aqui é que os copos já estavam parcialmente cheios de água. Para que você não percebesse isso, usaram copos de vidro que distorcem a imagem e viraram um copo no outro bem rápido. O segredo está em começar com um leite em pó bem carregado (e mais denso), na forma como ele vira um copo em outro, e nos copos que não permitem ver claramente os momentos iniciais em que o líquido se mistura com a água já existente no copo. Mas nada de copos dentro de copos especiais.

Teste seu ceticismo

Você é um cético, e se orgulha de seu pensamento crítico desenvolvido. Responda então ao seguinte teste:

Há quatro cartas acima, e cada uma delas possui uma letra em um lado e um número no outro lado. Temos então a alegação nada extraordinária de que “se uma carta tem uma vogal de um lado, então tem um número par do outro lado”. A questão é: quais cartas você precisa virar para descobrir se a alegação é verdadeira ou falsa?
Apenas 5% de 128 estudantes universitários deram a resposta correta. E mesmo em um famoso congresso cético, apenas 26 céticos entre 156 — pouco mais de 15% — resolveram o problema da forma correta, mostrando que mesmo a carteirinha cética não o tornará imune a falhas muito humanas. E você, superará as expectativas e fará juz ao legado crítico? A solução você confere aqui em três dias.
Reposta
É preciso virar as cartas “A” e “7” para descobrir se a alegação é verdadeira ou falsa. Quase todas as pessoas acertam que é preciso virar a primeira carta “A” para confirmar a alegação de que “se uma carta tem uma vogal de um lado, então tem um número par do outro lado”. Muitas cometem então o erro de tentar confirmar que uma carta com um número par, como “4”, deva ter uma vogal em seu verso, mas a alegação sendo testada não atestava tal. Ela tampouco alegava que cartas com consoantes deveriam ter números ímpares do outro lado, assim a carta “D” é igualmente irrelevante para testar a alegação. A outra carta que deve ser virada para falsificar a alegação é “7”, que não pode revelar uma vogal no verso. Virar todas as cartas seguramente testaria todo o enunciado, mas é uma malandragem
Este é o problema de seleção de Wason, apresentado pelos psicólogos Peter Wason e Philip N. Johnson-Laird em um livro em 1972, onde apenas 5% de 128 estudantes testados forneceram a resposta correta. Nada menos que 59 estudantes responderam “A e 4”, enquanto 42 responderam apenas “A”. Como os psicólogos notaram, isso sugere que a enorme maioria tentou apenas confirmar a alegação sendo testada, esquecendo-se de também tentar prová-la falsa. É uma falácia muito comum, Popper que o diga, e é especialmente relevante a pensadores críticos. Mas como a aplicação do teste em uma Amazing Meeting demonstrou, mesmo céticos não se saem muito melhor. Que muitos céticos digam que seria bom virar todas as cartas talvez não deva surpreender 🙂
Curiosamente, a taxa de acertos melhora consideravelmente, para céticos de carteirinha ou não, se exatamente o mesmo problema lógico é dado em uma variante ligada a relações sociais. Por exemplo, suponha que o dono de um bar alegue que das quatro pessoas servindo-se de bebidas em seu estabelecimento, as que tomam cerveja são todas maiores de idade. Você vê uma pessoa bebendo cerveja e outra bebendo água em um canto, e de outro canto um senhor de idade bebendo algo e finalmente uma criança bebendo um líquido que pode ser tanto guaraná quanto cerveja. A maior parte das pessoas acertará quais pessoas devem ter sua idade ou bebida checadas para testar a alegação do dono do bar.
Psicólogos evolucionários sugeriram que esta facilidade se deva a adaptações evolutivas que nos permitem resolver com maior desenvoltura problemas lógicos ligados a relações de contratos sociais, especialmente em situações onde o sujeito testado deva aplicar uma regra e apanhar infratores. Isto porque variantes aplicadas igualmente ao “mundo concreto”, mas lidando com relações físicas como pratos de comida e dores de estômago ou viagens e meios de transporte, ainda que levem a certa melhora no desempenho dos sujeitos testados, não chegam próximas da taxa com aplicações a relações de contratos sociais: 75% de acerto. Veja mais, em inglês, PDF, em “Cognitive Adaptations for Social Exchange“.
A taxa de acerto entre listeiros e visitantes do 100nexos foi bem maior do que cinco, ou mesmo 15%, o que é excelente. Se você errou, console-se com o fato de que realmente ninguém sabe ao certo o que faz com que tantos errem, tampouco exatamente porque variantes como a acima alteram tanto a taxa de acertos — há trabalhos contestando a ambiciosa hipótese de adaptação evolutiva, defendendo que o problema aqui estaria simplesmente em detalhes sutis da apresentação da alegação. Conhecer a resposta desta pequena brincadeira de “testar seu ceticismo” leva a questões muito mais interessantes, que ainda não têm resposta clara.

Vídeos em câmera lenta

Seis minutos e dezenas de clipes que você talvez não tenha visto. Mais dez minutos em câmera lenta aqui, outros sete minutos, e finalmente seis minutos (alguns clipes repetidos).
[via haha.nu]

CeticismoAberto.com atualizado 21.05.2007

:: Fotos de fantasmas

Há algo aí! Há algo aí! (Tucumán, Argentina)

Ônibus Ônibus (Brasil)

Vela Vela (Brasil)

Espectro Espectro (Mafra, Lisboa, Portugal)

Cabelo Cabelo (Brasil)

Criatura estranha na marginal Criatura estranha na marginal (São Paulo, Brasil)

Vareta luminosa Vareta luminosa (Brasil)

Como endireitar a Torre de Pisa


Imagem ganhadora de melhor ilusão visual de 2007, é um novo efeito descoberto por Frederick Kingdom, Ali Yoonessi e Elena Gheorghiu da Universidad McGill, Canadá.

Aqui está uma nova ilusão que é tanto surpreendente quanto simples. As duas imagens da Torre Inclinada de Pisa são idênticas, mas tem-se a impressão de que a torre à direita está mais inclinada, como se fotografada de um ângulo diferente. A razão para tal é que o sistema visual trata as duas imagens como se fossem parte de uma só cena. Normalmente, se duas torres adjacentes se erguem no mesmo ângulo, elas convergem com a distância devido à perspectiva, e isto é levado em conta pelo sistema visual. Assim, quando confrontado com duas torres com linhas paralelas, o sistema visual supõe que devem estar divergindo enquanto se elevam, e isto é o que percebemos.

O mais notável é que se você espelhar a imagem, poderá fazer com que a Torre de Pisa pareça ficar quaaaase reta… o que é apenas uma ilusão, já que como vimos, as duas imagens abaixo são idênticas!

Outras imagens finalistas no concurso de ilusões da Neural Correlate Society podem ser vistas aqui. via o incomparável MarcianitosVerdes.

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