Isto é… incrível! Terrível dor-de-cabeça
Antes de mais nada, o duplamente incrível: Shafique El-Fahkri, o sujeito que teve uma perna de cadeira atravessada pela cabeça, está se recuperando sem maiores complicações à parte uma voz rouca e a visão levemente prejudicada; e Liam Peart, o sujeito que fincou a perna na cabeça de El-Fahkri, foi condenado apenas a prestar 400 horas de serviço comunitário.
A briga aconteceu em um clube noturno na Austrália, e Peart teve a sorte de não acabar na cadeia porque apenas jogou a cadeira a três metros de distância de El-Fahkri. Que teve o azar de ter uma perna da cadeira atingindo seu olho direito, entrando pelo seu crânio e saindo pelo seu pescoço. Mas sem atingir nenhuma parte vital, não houve maiores seqüelas.
O caso, e principalmente a tumografia de dar calafrios, lembra o caso clássico de Phineas Gage, que no século XIX teve uma barra de metal atravessada em sua cabeça em uma explosão. Gage não teve tanta sorte quanto El-Fahkri, e a barra atingiu seu olho e cérebro, mas talvez com mais sorte, sobreviveu. Mas com muitas seqüelas, tornando-se “extravagante e anti-social, praguejador e mentiroso, com péssimas maneiras, e já não conseguia manter-se em um trabalho por muito tempo ou planejar o futuro. ‘Gage já não era Gage’, disseram seus amigos. Ele morreu em 1861, treze anos depois do acidente, sem dinheiro e epiléptico”.
Em casos assim é comum enfatizar a sorte, o azar, mas isso não tem nada a ver com intervenção divina, destino ou o que for — ou pelo menos, não há qualquer evidência disto. MIlhares de pessoas têm barras de metal atravessadas na cabeça, a enorme maioria morre, e é esperado por mero acaso (ou mera sorte, como acaso), que alguns casos raríssimos sobrevivam. O que seria realmente sobrenatural seria que não houvesse nenhum caso de sobrevivência, ou que todas as pessoas fossem salvas. Como está, é apenas mais um caso para que Silvio Santos diga… isto é… incrível! (E quase que totalmente inútil).
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