Argumentando com Deus
Uma adaptação do original de Michael Anissimov, que indica ensaios ótimos de Eliezer Yudkowsky como Semantic Stopsigns e "Science" as Curiosity-Stopper para maior reflexão. Antes de criticar a imagem por sua caricaturização ou mesmo por algum tropeço epistemológico fatal, confira os ensaios indicados.
“Porque sim” não é resposta. “Porque Deus quis” também não. Se descobrir os infinitos mecanismos e fenômenos interligados que explicam o funcionamento de algo ainda não nos levou à “resposta”, e talvez nunca leve, o ponto é que não nos leva a falsas respostas. É preciso evitar os pontos finais semânticos do questionamento. [montagem sobre imagem via sxc.hu]
Discussão - 8 comentários
Olá Kentaro,
vou indicar os mesmos links que indiquei para o Atila:
1. André Comte-Sponville – Apresentação da Filosofia – Deus
http://serpensar.vilabol.uol.com.br/deus.htm
2. Bertrand Russell – Porque não sou cristão
http://www.scribd.com/doc/6908748/Russell-Bertrand-Por-Que-Nao-Sou-Cristao
São filosofos materialistas que abordam a questão Deus de uma maneira bem interessante.
( )’
C.
Mas será que nem se se chegasse ao final dessa árvore decisória e se depara-se com Deus Criador, e ele mesmo dissesse que criou tudo seria possível considerar essa resposta científica?
Pois que pode ser uma hipótese pode!
Estou falando não pergunta ou a resposta em si mas do método!
Carlos, será que a definição de mitologia é muito complicada para ser admitida por aqueles que ainda não tiveram suas respectivas religiões esmagadas por idéias novas?
Deus cristão como criador é tão válido quanto Vishvakarma ou Bumba.
Uma “deidade” ao fim dessa “árvore” não invalida a explicação científica aos fenômenos. Ciência é explicação comprovada e não imposição justificativa de idéias.
Como sempre, a questão é apresentada de modo errado. Um cientista religioso honesto não se pergunta se foi Deus quem fez ser assim – pergunta: “como Deus fez?”
A crença em uma Inteligência Criadora não exclui a curiosidade.
Por outro lado, um ateu convicto, mas sem curiosidade investigativa, pode se contentar com um “porque é assim…” — que, convenhamos, explica tanto quanto a hipótese teísta.
É por isso que eu gosto da explicação de Pascal, quando perguntado se ele acreditava em Deus:
“Se Deus não existir e eu acreditar nele, não perco nada. Mas se Ele existir e eu não acreditar, tenho muito a perder. Por isso prefiro acreditar que existe.”
Abraço, Rodolfo.
“a questão é apresentada de modo errado. Um cientista religioso honesto não se pergunta se foi Deus quem fez ser assim – pergunta: como Deus fez? ”
Sou cristã, futura bióloga e não me contento com um: Porque Deus quis.
Caros, leiam os ensaios de Yudkowsky indicados. Em um deles ele nota como até
mesmo “ciência” pode ser um terrível ponto final semântico do
questionamento (“como isso funciona? É ciência! E ponto final).
Genial.