A Evolução do Homem – e da Mulher
Em uma das variações do ícone “Marcha do Progresso”, original que todos conhecem mas não pelo nome, o artista Tom Rhodes criou “A Evolução do Homem e da Mulher”, explorando com uma boa licença artística o gênero Homo, do habilis até o neanderthalensis e o sapiens, vulgo “é nóis”. Clique na imagem para a versão completa e sem censura.
Como explica no processo de criação, Rhodes pentelhou um tanto os antropólogos da Universidade de Calgary, com várias contribuições da dra. Anne Katezenberg, que sugeriu o detalhe mais interessante na arte: retratar também uma mulher. Por incrível que pareça em retrospecto, todas as representações derivadas da Marcha do Progresso são da evolução do gênero masculino. É ainda mais incrível dado que a evolução não aconteceria se homem e mulher não fizessem o que homens e mulheres podem fazer.
Como Tim Dean nota, contudo, a ilustração também tem seus problemas, como o que parece uma tendência à cor da pele ir clareando, algo que de forma alguma é sugerido pela evidência, que indica em verdade o contrário. Os primeiros indivíduos de nossa espécie deviam ser negros. Mesmo outras tendências aparentes, como o aumento de estatura, não são tão claras assim – até porque, ao contrário do que a imagem parece indicar, até onde se sabe Neandertais não foram nossos antepassados.
“Mas, ei, não é uma ilustração científica, é uma ilustração de algo científico”, perdoa Dean. É mesmo uma divertida ilustração dos últimos milhões de anos.
Discussão - 1 comentário
Quando se fala de uma ilustração como essa, acho imprescindível lembrar que ela retrata não a evolução de Darwin, que não impele criaturas ao "progresso", mas algo mais parecido com uma versão idealizada do conceito de evolução pré-Darwin (medieval na verdade), a Scala Naturae: http://www.macroevolution.net/scala-naturae.html
Uma ilustração muito melhor do conceito de evolução como a entendemos seria a Árvore da Vida de Darwin.
Chato lembrar isso? Não acho. Esse é um dos principais equívocos que os criacionistas gostam de explorar. Não é bom educar as pessoas com conceitos equivocados da ciência de outrora.