Mola Maluca

Pode não ser uma máquina de movimento perpétuo, mas é sem dúvida hipnotizante. Confira outras máquinas fascinantes de robotjim1951 em seu canal no Youtube.

Por aqui, o assunto do post é mesmo o “Slinky”, “Lazy Spring” ou “Mola Maluca”. Inventado por acaso pelo engenheiro naval americano Richard James durante a Segunda Guerra Mundial enquanto desenvolvia uma sistema de estabilização para instrumentos em navios sacolejantes, uma das molas caiu da estante e fez seu hoje conhecido malabarismo, caindo por uma série de degraus de livros, uma mesa até o chão. Com alguns ajustes para fazer a mola “andar” melhor, e vendida inicialmente logo após o fim da guerra, mais de 300 milhões de unidades já foram produzidas desde então.

A Mola Maluca é fascinante por sua simplicidade. É geralmente usada em sala de aula para demonstrar a propagação de ondas, principalmente a diferença entre ondas transversais e longitudinais. Mas há experimentos mais complicados.

Por exemplo, o que acontece com uma Mola Maluca suspensa em microgravidade? Tente adivinhar, é um tanto óbvio. Abaixo, a mola inicialmente sob efeito da gravidade, e então na microgravidade de um avião em um arco parabólico:

O que não é tão óbvio é curiosamente o que acontece sob efeito da gravidade. Em “A Slinky Problem”, o matemágico Martin Gardner pergunta: “Se você segurar uma extremidade de uma Mola Maluca, deixando o resto pendurado, e então soltá-la, o que acontece?”. Novamente, tente imaginar o experimento. “Estudantes dificilmente adivinharão a resposta e serão surpresos pela demonstração”, notou Gardner.

Bem, você confere o resultado no vídeo abaixo:

Axt, Bonadiman e Schmidt, da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul, explicam o que acontece em um ótimo artigo sobre “O Uso de uma espiral de encadernação como mola” (PDF):

“Por estar ela esticada pela ação do próprio peso antes de ser solta, existem tensões internas no seu sistema de elos. Ao ser deixada cair, durante o breve intervalo de tempo em que a espiral recobra seu comprimento original, as tensões internas fazem com que sua extremidade superior se mova para baixo com aceleração maior do que g. Enquanto isso, a extremidade inferior permanece temporariamente contida no espaço. De qualquer modo, durante a queda, o centro de gravidade da espiral se move com a aceleração g da gravidade”.

Maluca mesmo.

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