Gols de tremer a terra

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No jogo decisivo da Liga dos Campeões na semana passada, os gols de Mess e Eto’o fizeram literalmente tremer o chão, como registrado por um sismógrafo. Nada de grave para falhas sísmicas e placas tectônicas, no entanto: o sismógrafo registrou os gols porque foi colocado a apenas 500 metros do estádio, em uma brincadeira-experimento (ou experimento-brincadeira) de pesquisadores do Instituto de ciências da Terra Jaume Almera.

“Em realidade o que estamos registrando são as celebrações dos aficcionados que se congregaram no Mini Estadi”, explicou Jordi Díaz Cusí a Antonio Martínez Ron. Sismógrafos são sensíveis a interferências locais, e é a combinação dos dados de vários dispositivos a grandes distâncias que permite maior precisão. Confira a nota completa, em espanhol, em la informacion: “Un sismómetro detectó los goles de Eto’o y Messi en la final de Champions“.

Ron é o blogueiro responsável pelo imperdível Fogonazos, que chupinhamos periodicamente.

Bizarra face humana em cimática

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A cimática, ou estudo das ondas, é mais conhecida pelas figuras de Chladni, padrões geométricos que se formam de ondas estacionárias em superfícies em vibração.

No vídeo acima (clique para assistir), o padrão lembra um rosto humano. Tenha medo. Ou não. Padrões relativamente complexos, mais ou menos regulares podem emergir de fenômenos relativamente simples. No caso do rosto aparente, a superfície parece assimétrica e composta de um líquido com alguma viscosidade. Pode ser mesmo um fluido não-newtoniano (vulgo piscina de maisena com água).

Mais vídeos cimáticos aqui.

Cheirando estrelas nos confins do Universo

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As estrelas só estão acessíveis a nós por exploração visual à distância. … Nunca poderemos por qualquer meio estudar sua composição química … Considero qualquer noção a respeito da verdadeira temperatura média de várias estrelas como para sempre negadas a nós”. – Augusto Comte, Curso de Filosofia Positiva, 1835.

Para o famoso filósofo francês, certos conhecimentos seriam eternamente inacessíveis. Entre eles estava a composição química ou mesmo física das estrelas, tão imensamente distantes. Mesmo nosso Sol se situa a em torno de 150 milhões de quilômetros de distância, à velocidade luz são oito minutos de viagem. Se o Sol explodisse neste exato momento, ainda teríamos oito minutos da mais completa normalidade até que a catástrofe fosse finalmente notada.

Praticamente todas as outras estrelas no céu estão a distâncias medidas em muitos e muitos anos-luz, tão distantes que mesmo com os mais potentes telescópios continuam sendo pouco mais que minúsculos pontos de luz. Como poderíamos pretender descobrir algo sobre a composição química ou mesmo a estrutura física de pontos de luz que jamais visitamos? As estrelas poderiam ser mesmo pontiagudas, de formas excêntricas ou terem grandes propagandas de marcas intergalácticas em sua superfície, e nós provavelmente nunca saberíamos porque à distância em que se encontram, são meramente pontos de luz. Poderiam ser mesmo pequenos furos em uma grande abóbada celeste.

Pois bem, ainda não cheiramos estrelas. Nem mesmo nosso Sol. Nunca enviamos sondas para coletar amostras da superfície solar, e é pouco provável que o façamos tão cedo. Ainda temos as estrelas acessíveis apenas por “exploração visual à distância”. E ainda assim sabemos, ou pelo menos os astrônomos nos dizem muito, a respeito do Sol e até mesmo estrelas e objetos celestes a bilhões de anos-luz.

Com o perdão do terrível trocadilho, o que os astrofísicos andam cheirando?

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