4) Que postura devo adotar?

Seja aberto e receptivo, sem perder o senso crítico. Você tem todo o direito, até o dever, de opinar e tomar decisões, mas não passe por cima da hierarquia. O orientador espera que você tenha suas próprias idéias, mas sabe provavelmente melhor que você sobre falhas lógicas, metodológicas ou conceituais. Mas não acate a tudo sempre, discutir decisões não precisa ser um processo traumático e demonstra iniciativa. Argumente! Saiba, porém, que algumas coisas não estão abertas a negociação. Aqui no LECR (Laboratório de Ecologia Comportamental da Reprodução), onde eu trabalho, tenho quatro regras: i) Nossas reuniões de quarta-feira são sagradas; ii) Todo o mundo tem que sair dos cafundós do Mato Grosso para participar pelo menos uma vez de um congresso em nível nacional; iii) Todo o mundo precisa divulgar para a sociedade de alguma forma o trabalho que está desenvolvendo; e iv) Trabalho concluído significa artigo submetido. Todo orientador terá as suas reivindicações. Descubra-as antes de vender-lhe a alma ou será tarde demais.

3) Como funciona a rotina?

Graças ao dia-a-dia cheio de atividades dos professores de ensino superior eles não estarão sempre disponíveis. Tenha certeza de compreender quais os horários que seu orientador tem para te orientar. Fora isso, fique por dentro da rotina do laboratório, de limpar frascos de meio de cultura fedendo a banana podre a proferir seminários para os colegas, os laboratórios em geral têm uma rotina com divisão de tarefas para todos. Fure com estas responsabilidades e o orientador terá todo o direito de furar contigo também.

Pensamento de segunda

“Faça muito exercício para manter-se saudável e não leia tanto, mas poupe-se um pouco até que esteja crescido.” (Albert Einstein a seu filho)