Um conto biológico de natal

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Recebi hoje o vídeo da notícia acima por whatsapp. No melhor estilo “você que é biólogo”, me pediram para comentar o assunto, então resolvi fazê-lo no blog. Como num conto de natal, um casal de tico-ticos fez seu ninho na árvore de natal de uma casa e lá alguns filhotinhos nasceram.

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As festas de fim de ano aos olhos de um etólogo ateu

Várias pessoas que me conhecem pessoalmente se surpreendem com o minha ligação com as festas de fim de ano, já que sou ateu convicto e um cientista. Por isso resolvi explicar aqui a conexão que tenho com essas datas sob um ponto de vista etológico.

Que venha mais um movimento de translação!

Primeiramente, somos uma espécie altamente adepta a simbologias. A data de nascimento de um importante personagem histórico ou a virada do ano nada mais são que símbolos. Existem fortes imprecisões na determinação da data do nascimento de Cristo. Um ano, nada mais é que o período (com 4 horas de imprecisão) que a Terra leva para rodear o sol. Além disso, não existe nada astronomicamente memorável no momento estabelecido como nosso ano novo. Talvez fosse melhor mudarmos de ano no solstício do dia 21 de Dezembro. É por isso que, sendo puramente racionais, não faria sentido idolatrar esses símbolos.

Mesmo assim não acho incongruente da minha parte celebrar as festividades de fim de ano sendo ateu e materialista (no sentido de valorizar o concreto, não de me apegar aos bens materiais). Encaro o natal como a celebração da nossa vida em sociedade, especialmente nossa unidade social, a família. O natal para mim é a principal época de retribuir o altruísmo que me foi concedido, ou pelo menos agradecer por ele (o agradecimento funcionando como uma nota promissória de reciprocidade futura). Sem reciprocidade a socialidade perece, especialmente se não houver laços fortes de parentesco. Por isso considero o natal uma data extremamente importante.

Já o réveillon para mim é a data da renovação. É quando analisamos o ano que passou para projetar o futuro. Obviamente também é simbólico, uma meia-noite como qualquer outra das 364, mas precisamos de uma data para fazer as coisas, como uma meta socialmente imposta para repensarmos a vida e celebrarmos os acertos.

Assim sendo, seja você cristão, budista, macumbeiro, cubista, corintiano ou ateu, feliz ano novo e até 2014.

Eduardo Bessa Entrevista o Papai Noel

Entrevista com o Papai Noel em plena noite de natal. Conversamos sobre a natureza humana, a existência do bom velhinho e presentes.

Agradecimentos à camera-woman Luisa Matos e ao Clóvis Matos, seu pai e nosso Papai Noel.

Ganhadores do sorteio de natal

Já temos o que colocar aos pés dela imagensdahora.com.br

Pessoal, desculpem a demora em soltar o resultado do sorteio de natal. Professor universitário ainda assim é professor e final de semestre é com certeza meu inferno astral. Então vamos ao que interessa, os sorteados pela minha função =aleatórioentre(1;19) do meu Excel foram o Onézimo e o Breno. Já enviei um e-mail para eles pedindo um endereço para remeter os livros. Parabéns aos ganhadores e obrigado e feliz natal a todos os que participaram.

Compras de natal e a teoria da mente

Sempre escuto todo mundo que escreve dizer o quanto busca inspiração nas coisas do dia-a-dia para escrever. Comigo, claro, não é diferente. Também é claro que não consegui escapar do furor das compras de natal. Na verdade nem me esquivo muito, adoro fazer a lista dos presenteados, entrar nas lojas e ficar pensando no que dar a cada um, o que combina mais com cada parente ou amigo e foi justamente isso que suscitou o ensaio natalino de hoje.
Ao parar diante de um produto e imaginar o quanto ele combina com alguém o que estamos fazendo é colocar à prova, talvez à prova mais difícil do ano, a teoria da mente. Teoria da mente é a habilidade de atribuir ao outro um desejo ou uma intenção.
Ninguém é capaz de provar a mente dos outros, só temos acesso a nossa própria mente com seus desejos e intenções (E olhe lá! Meu pai psicólogo e frequentemente indeciso, além de excelente companhia nas cerimônias natalinas, diria.) através da introspecção. Mas obviamente temos uma possibilidade de perscrutar, mesmo que imprecisamente, a mente alheia.
Quando olhamos para a cara de um deputado dando depoimento numa CPI e sacamos que ele está mentindo, esta é a teoria da mente. Quando deixamos de dizer uma coisa a alguém para não magoá-lo, esta é a teoria da mente. Quando escolhemos um presente com nossa parca renda para alguém de quem gostamos por combinar com aquela pessoa, esta é a teoria da mente outra vez.
Feliz natal a todos e espero que a teoria da mente de quem lhes presenteou tenha funcionado a contento.