O que o comportamento animal tem a dizer sobre delações?

Conta tudo, mas tudo mesmo, Marcelo! (Foto: Worldsteel; CC BY-SA)

Conta tudo, mas tudo mesmo, Marcelo! (Foto: Worldsteel; CC BY-SA)

Será que o comportamento animal pode nos dizer algo sobre a operação Lava Jato? Outro dia conversava com o colega Ricardo Machado sobre como a Biologia pode nos ajudar a compreender diversos fenômenos. Um exemplo é a delação premiada dos executivos da Odebrecht, que me lembrou um assunto comum no estudo da socialidade, o dilema do prisioneiro.

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Um conto biológico de natal

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Recebi hoje o vídeo da notícia acima por whatsapp. No melhor estilo “você que é biólogo”, me pediram para comentar o assunto, então resolvi fazê-lo no blog. Como num conto de natal, um casal de tico-ticos fez seu ninho na árvore de natal de uma casa e lá alguns filhotinhos nasceram.

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Quetognatos – A criptozoologia que existe

Pavor descreveria sua sensação ao se deparar no mar com um quetognato se você tivesse menos de 2 cm. Na verdade estes monstros marinhos só não são mais assustadores por casa de seu pequeno tamanho. Com o corpo em forma de dardo, os quetognatos possuem uma série de punhais ao redor da boca prontos para injetar um veneno asfixiante em suas presas. Para completar, são praticamente invisíveis porque têm o corpo transparente. Em geral eles se movem muito lentamente, mas as nadadeiras que flanqueiam seus corpos permitem arrancadas muito velozes para dilacerar a presa incauta.

Quem dera os designers de alienígenas holywoodianos fossem criativos como a natureza (Imagem: Zatelmar)

Sua anatomia quase invisível e muito pequena faz com que até hoje seja difícil posicioná-los na árvore genealógica dos animais. Ele já foi considerado um deuterostômio aparentado de nós vertebrados, um grupo de verme cilíndrico ou até algo semelhante ao ancestral de todos os animais bilaterais. O fato é que ninguém sabe exatamente onde eles se encontram na história evolutiva. Já nos oceanos, esses assassinos são fáceis de encontrar. Apesar de serem poucas espécies reconhecidas, quetognatos são muito numerosos no plâncton marinho. Ainda bem que não somos seus alvos na hora da caça.