Pensamento de Segunda

“Todo conhecimento científico passa por três fases. Primeiro dizem que ele contradiz a Bíblia, depois que ele já havia sido descoberto e por último que sempre acreditaram nele.”

Louis Agassiz

Pensamento de Segunda

“O conhecimento científico é feito menos pelas respostas corretas do que pelas perguntas mais interessantes.”

Claude Levi-Strauss

Produção de material didático – Profissão Biólogo

Biomas do Brasil na Rio+20

Exposição Biomas do Brasil na Rio+20

Exposição Biomas do Brasil na Rio+20

Entre as diversas atividades que colocam o Rio de Janeiro em ebulição durante a Rio+20 estão ainda algumas opções culturais para a sociedade em geral. Participei de uma delas, a Exposição Biomas do Brasil, como membro da equipe de conteúdo científico. Quem quiser dar uma volta virtual pela exposição pode acessar esse link (que maravilha essas ferramentas que a internet proporciona, quase dispensa uma visita real, com a excessão que não tem picolé grátis no final).

Num cilindro de 6x10m coberto de imagens interativas é possível sentir-se dentro da floresta. Foto: José Sabino

Num cilindro de 6x10m coberto de imagens interativas é possível sentir-se dentro da floresta. Foto: José Sabino

A exposição traz uma amostra da imensa biodiversidade brasileira, discute seu valor e coloca em xeque a visão de que o desenvolvimento econômico rivaliza com a conservação ambiental. O passeio pela exposição oferece uma visita ao que há de mais bonito (boa parte das imagens foram produzidas pelo Luciano Candisani, excelente fotógrafo brasileiro) nos nossos biomas, incluindo uma imersão na Amazônia com um ambiente interativo de mata inundada de 360°.

A exposição ocorre até o dia 22 de Junho no Pier Mauá e a entrada é gratúita. Ficamos na torcida de que, terminada a Rio+20, a exposição viaje pelo país. Para quem não puder ir ao Rio, é possível ver parte da exposição no portal dela na internet.

A exposição é um produto do trabalho vitorioso do José Sabino através da Natureza em Foco. Contamos com o financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e com a execução da UnB e da FINATEC.

Ministro Marco Antônio Raupp na inauguração da exposição. Foto: José Sabino

Ministro Marco Antônio Raupp na inauguração da exposição. Foto: José Sabino

Se algum leitor for à exposição adorarei ver aqui nos comentários o que acharam.

 

Pensamento de Segunda

“A cura natural para o dogma foi encontrada, pesquisa científica.”

Ronald Fisher

Pensamento de Segunda

“Não se dedica pesquisa científica o suficiente na busca da cura para a ignorância.”

Bill Waterson

Pensamento de Segunda

“Nosso poder científico superou nosso poder espiritual. Temos mísseis guiados e homens desviados.”

Martim Luter King

Pensamento de Segunda

“A sorte favorece a mente preparada.”

Louis Pasteur

Pensamento de Segunda

“A ciência pode purificar a religião de erros e superstições. A religião pode salvar a ciência da idolatria e dos falsos absolutos.”

Papa João Paulo II

Erbos a atircse ad eset – Ou de como se escrever de trás pra frente

Escrever de trás para frente

Escrever de trás para frente. Fonte: artlivros.wordpress.com

Essa semana o Mauro Rebelo publicou no Você que é Biólogo um texto com a tese dele sobre como escrever uma tese. Eu ia fazer um comentário no texto dele, mas aí o comentário foi crescendo tanto que resolvi transformá-lo num post apresentando minha própria tese sobre como escrever uma tese.

Eu e o Mauro concordamos em pelo menos uma coisa, começar pelo título e terminar na bibliografia é bem pouco produtivo. Mas acredito que meu método seja um pouco mais direto que o dele. Gosto de dividir a tese (artigo, monografia etc) em dois longos argumentos, um para a introdução e um para todo o resto do texto. Depois basta escrevê-los de trás para frente, começar pela conclusão e então escrever as premissas.
O primeiro argumento para mim termina com algo do tipo: “Portanto, responder a pergunta… é importante.” Daí vou preenchendo com os argumentos que me levaram a chegar àquela pergunta, em especial mostrando o que já foi estudado e onde o assunto está mal explicado.
No segundo argumento eu começo contando a principal conclusão do estudo numa resposta bem direta à pergunta do argumento anterior. É isso que dá ligação às duas partes do texto. A partir dessa conclusão busco listar os argumentos que me levaram a ela colocando meus dados para dialogar com a bibliografia, a soma desses dois pedaços produz minha discussão. Os resultados são a lista dos dados que usei na discussão para embasar minha conclusão. Na metodologia listo os procedimentos que me levaram àqueles resultados. Por fim, volto a amarrar as duas partes do texto listando as predições que me levaram àqueles métodos.
Acredito que assim os textos ficam mais concisos e é difícil omitir alguma premissa importante sem querer. Para ser honesto, a tese não é exatamente minha. A ideia de escrever de trás para diante é do Prof. Bill Magnunson do INPA. Já a dos dois argumentos é do Prof. Gilson Volpato da UNESP. Pronto, essas formulas são sempre um clichê e meio inúteis, mas fica aí o meu modelo. Espero que ajude alguém.