Profissão Biólogo
Esse ano publicarei uma série de posts sobre a profissão do biólogo. A cada mês apresentarei um caso de sucesso profissional de um biólogo em áreas bem diversas. Quero aproveitar a série para destruir dois mitos sobre minha profissão.
O primeiro é que a sina profissional do biólogo é dar aulas. Não me entendam mal, não há demérito nenhum em dar aulas. Eu dou aulas na universidade e gosto muito disso, mas acho que só quem gosta de lecionar e está disposto a fazê-lo com dedicação é que deveria dar aulas. Ensinar ciências não é seguro desemprego, é vocação. Se dar aula não é o seu projeto de vida deixe-se inspirar pelos meus entrevistados e veja a miríade de outras opções que você tem.
O segundo mito é que o caminho natural para um biólogo após formado é fazer um mestrado. Por ficarem expostos por quatro anos a acadêmicos cuja carreira (aí sim) depende de um mestrado e um doutorado, os estudantes de biologia criam a ilusão (nutrida pelos programas de pós) de que só existe vida após o mestrado. Bobagem! Não se deixem seduzir por nós acadeêmicos que necessitamos de pós-graduação. Isso inclusive fará bem aos programas de pós, que terão apenas alunos qualificados e mais decididos. Nem todo biólogo vai em direção à torre de marfim da academia e essa série irá demonstrar isso.
Já tenho algum material em preparação, mas seria muito legal ter sugestões dos leitores sobre áreas de interesse de vocês e possíveis entrevistados. Amanhã sai a primeira entrevista com a Gesivânia Pires, analista de qualidade microbiológica de um frigorífico.