Doutores e o mercado de trabalho- Enquete
Passei a semana no Encontro Brasileiro de Ictiologia, em Manaus, e nem ia postar nada porque o evento me tomou muito tempo. Resolvi pelo menos soltar aqui um comentário para a apreciação de vocês e para instigar as discussões.
Vivenciei desde o término da minha graduação e minha pós um período de transição entre a insegurança de um futuro incerto no qual havia muito pouca vaga nas universidades e um frenesi de concursos relacionados ao Reuni do governo federal. Este sim um programa de facilitação do acesso ao ensino superior que eu acredito. Até o início do século muitos colegas que eu via terminando o doutorado eram aprisionados em uma série de pós-doutorados que não terminavam mais (conheci pessoas que fizeram 7 pós-docs, DCR’s e JP’s). Muitos colegas se desesperavam com a falta de perspectiva ou não tinham sua bolsa aprovada pela FAP e deixavam a vida acadêmica. Isto era um desafio aos estreantes, que não enxergavam muito futuro na carreira de pesquisador ou docente do ensino superior. Só permaneciam no processo os mais convictos.
Após 2003, com o Reuni, as vagas começaram a surgir de maneira a fixar melhor o pessoal qualificado em nível superior. Apareceu uma luz no fim do tunel. Isso tudo me ocorreu nas conversas dos happy hours do congresso. As festinhas, que antes eram palco de discussão de oportunidades de pós-doc e sonhos de uma vaga numa universidade, esse ano eram palco de discussão sobre universidades jovens, estruturação de laboratórios e esforços pioneiros em locais menos tradicionais em pesquisa.
Resta agora a incerteza nova dos pesquisadores que estão se formamndo nos próximos anos.
Gostaria muito das opiniões de vocês abaixo nesta enquete sobre o futuro profissional dos cientistas. A enquete termina dia 20 de fevereiro. Quem responder pode deixar um comentário abaixo que ao final da enquete irei sortear um brinde cujo sorteado será avisado por e-mail.