Evitando virar almoço 8 – Mimetismo batesiano
Lembra que na semana passada falamos que vários animais venenosos têm a mesma coloração para passar a mesma mensagem? Chamamos essa mensagem de uma sinalização honesta (é verdade, os animais são venenosos), e esse padrão de mimetismo mülleriano. No entanto, existem casos em que presas perfeitamente comestíveis e saborosas enganam seus predadores se fazendo passar por venenosas. Essa é uma sinalização desonesta e chamamos esse padrão de mimetismo batesiano.
Nesse caso, animais palatáveis imitam os padrões de cor de animais venenosos. É o caso das falsas corais, por exemplo. É também o caso dessa mosca (direita), que imita com perfeição essa vespa do lado esquerdo. Perceba que, para a mentira continuar colando, alguém precisa confirmar a história de que aquela cor significa perigo. Ou seja, é preciso haver mais modelos (corais verdadeiras e vespas) do que mímicos (corais falsas e moscas).
Evitando virar almoço 7 – Coloração de advertência
Até agora falamos de formas da presa não ser visível, mas alguns animais estão longe disso. Muitas vezes isso tem a ver com a seleção sexual (pense num tiê-sangue), mas algumas vezes essas cores berrantes, aposemáticas é o termo técnico, são um aviso de que predar aquele animal não seja uma boa ideia.
Esse é o caso da coral verdadeira, de alguns maribondos (sempre parece que falta um M nessa palavra) e sapos veneno de flecha. Repare em como o vermelho o amarelo e o preto são comuns nesses animais. Isso acabou se tornando meio que um padrão na natureza. Assim os predadores aprendem (formam uma imagem mental como no caso da semana passada) que aquelas cores devem ser evitadas. É o que os especialistas chamam de mimetismo mülleriano. Semana que vem falaremos mais sobre mimetismos.