Admirável Mundo Velho

brown,rain,robots,city,ruins,illustrationO futuro não somos nós. São eles.
Eles quem?
Os robôs, não percebes.
Não avariam, não chateiam, enfim, não nada do que impede o desenvolvimento e o avanço.
Avanço e mais avanço, que ficar quieto é tudo menos bom e ser menos que bom é pior do que ser mau.
E isso não é bom.
Ser robô então é o futuro e o futuro será deles e feito por eles.
Nisso é que os japoneses são bons.
Em serem futuro.
Ou isso era no passado, que agora o futuro é dos chineses.
Ou dos robôs?
Bem, o que interessa é que eles, os robôs, fariam tudo, melhor e mais rápido e assim é que era.
Máquinas. Carros.
Isso, a fazerem carros é que eles maquinam bem.
Mas a máquina não pára, pelo menos a humana. E pensa.
E maquinou tanto e tão bem que chegou à conclusão de que se calhar era bom não ser só bom.
Como os robôs.
E devolveu esses primatas com pernas, com defeitos e pensamentos, ao lugar na fábrica.
Que defeitos e pensar é bom, melhor do que ser bom sem pensar, penso eu.
E os robôs?
Bem, esses ficam para outras coisas.
Antes é que era bom.
O depois é que o confirmou.
Apenas isto.

 

P.S. delírio sugerido pela notícia de que a Toyota vai substituir os robôs

Imagem: daqui

“Toyota já começou a substituir robots por humanos

Publicado em 20 de Abril de 2014.

Os fabricantes de automóveis há muito que abraçaram a automação e substituíram os humanos por robots. Contudo, a Toyota está a dar um passo atrás e a substituir as máquinas por pessoas em algumas fábricas no Japão.

A decisão da Toyota é uma escolha não convencional para uma empresa japonesa. O Japão tem, de longe, o maior número de robots industriais de qualquer país. Apenas é ultrapassado pela Coreia do Sul no que toca ao rácio de robots para humanos.

Esta nova estratégia da fabricante japonesa assenta em dois aspectos. Primeiramente, a Toyota quer certificar-se de que os seus trabalhadores percebem o trabalho que estão a fazer em vez de apenas fazerem chegar as peças às máquinas e não terem utilidade quando estas se avariam. Em segundo, a marca quer desenvolver maneiras de aumentar a qualidade do processo de montagem e torná-lo mais eficiente a longo prazo. A automação pressupõe que a empresa tenha muitos trabalhadores medianos e poucos artesãos e mestres.

Desde que a Toyota implementou esta estratégia em 100 fábricas, o desperdício de material na linha de produção diminuiu 10% e o processo de montagem tornou-se mais curto. Foram também registadas melhorias no processo de corte das partes e a redução dos custos relativos à montagem dos chassis.

“Não podemos simplesmente depender de máquinas que repetem a mesma tarefa vezes sem conta”, afirmou o director de projectos Mitsuru Kawai, citado pelo Quartz. “Para se ser mestre das máquinas é necessário ter o conhecimento e ferramentas para ensinar as máquinas”, assevera.”