Arena com Dinos

Um espectáculo, repito, espectáculo a não perder.
Dias 14, 15 e 16 de Maio de 2010.
Dinossauros no Pavilhão Atlântico: “Dinosaurs – The Arena Spectacular”.
Já tinha visto o vídeo há cerca de 2 anos e não pude deixar de pensar que este tipo de acontecimentos podem ter dois tipos de impacto no grande público:
1) atrair muitos jovens para a Ciência, em geral, e para a Paleontologia, em particular;
2) gerar alguns mal-entendidos se a descodificação do que se vê não for feita, nomeadamente ao delimitar o que é e não é especulação sobre a paleobiologia de dinossauros.
Ainda assim parece-me que o balanço é positivo e deverá constituir espectáculo obrigatório para todos aqueles que nutrem um fascínio pela fauna passada.

Fonte: daqui

What’s Up, Doc?

Uma prenda de Natal que recebi e ofereci, na 6ª feira dia 18 de Dezembro de 2009, na Universidad Autónoma de Madrid.
O doutoramento.
Foram anos de trabalho, milhares de quilómetros percorridos, bastantes tristezas, e muitas alegrias.
Agora vou descansar…
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Para quem estiver interessado no abstract da minha tese (PDF).

Referências:
“Sauropodomorpha (Dinosauria, Saurischia) appendicular skeleton disparity: theoretical morphology and Compositional Data Analysis”, Luis Azevedo Rodrigues
Dissertation presented for the PhD degree in Sciences with the Doctor Europaeus Mention
Unidad de Paleontología, Departamento de Biología.
UNIVERSIDAD AUTÓNOMA DE MADRID
Madrid, December 18, 2009
Supervised by Dr.
Ángela D. Buscalioni
Departamento de Biología
Unidad de Paleontología
Universidad Autónoma de Madrid
Co-Supervised by Dr.
Jeffrey A. Wilson
Department of Geological Sciences
Museum of Paleontology
University of Michigan

Jantares

PALEO_MEAL.jpgPartilhar uma refeição parece ser um dos indicadores de civilidade. Além das iguarias que são consumidas em conjunto, parte do prazer que os seres humanos retiram destes momentos são consequência das conversas que se têm.
Há, assim, dois patamares de prazer: o gastronómico, onde quer as papilas gustativas, quer o nariz e a visão, são estimuladas. O outro nível de prazer envolve, na maioria dos casos, as pessoas com quem se reparte a refeição, ou seja, os comensais.
Por vezes, imaginamos jantares onde se colocariam convivas de difícil coabitação – o nosso chefe à mesa com um cardume de piranhas…
Outras vezes desejamos ter assistido ou partilhado um jantar com personagens históricas ou mediáticas.
Um desses almejados jantares, pelo menos para mim, foi o que ocorreu a 29 de Outubro de 1836, pouco após o Beagle ter regressado a Inglaterra.
Charles Lyell foi o anfitrião desse repasto onde outros dois ilustres cientistas oitocentistas partilhariam a mesma mesa: Charles Darwin e Richard Owen. Lyell, conhecido de ambos, acabou por os apresentar. Darwin acabou por ceder a Owen alguns dos fósseis de mamíferos que havia recolhido na América do Sul.
Se de Darwin me omito referir a óbvia influência no pensamento biológico moderno, já Lyell e Owen são, digamos, um pouco menos populares.
O escocês Charles Lyell (1797-1875) é considerado com sendo um dos pais da Geologia moderna, devido sobretudo à sua obra em três volumes The Principles of Geology (1830).
Richard Owen (1804 – 1892), à altura um afamado anatomista, é conhecido actualmente por ter sido quem cunhou o termo Dinosauria.
Adoraria ter partilhado este jantar.
Poderia ter sido apenas a escutar, disfarçando como pudesse o mal-educado acto; mas tê-lo-ia feito à mesma…
Referências:
daqui
Imagem:
daqui

Darwin, a Geologia e o Paradoxo da Biodiversidade

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Cartaz de Susana R. dos Reis.

Ciência Pop

Depois de uma adolescência a admirar o som punk dos Bad Religion, que vim a descobrir mais tarde serem liderados pelo biólogo evolutivo Greg Graffin, os They Might Be Giants lançam agora o tema “I Am a Paleontologist”.
Apesar de estar cheio de lugares comuns sobre a Paleontologia, é um tema saltitante e, acima de tudo, fala de uma profissão que me diz muito…

Apesar de não ter ouvido o álbum, parece-me ser só sobre a Ciência.

Literacia do Salgueiro

Quando vi e ouvi o que o senhor disse tive que me levantar.
Não para aplaudir ou para insultar.
Apenas porque quando me sinto aprisionado sinto uma vontade enorme de andar.
Foi o que senti.
Aprisionado.
Pela estupidez de uma parte da classe empresarial que considera a literacia uma factor menor.
Aprisionado porque o ilustre senhor até reconheceu que a literacia é boa para as pessoas, mas não é boa para a economia.”
Mas a economia de quem?
Não são as pessoas que fazem a economia?
O medieval senhor ainda esboçou um sorriso para com curiosidade aberrante que deve ser a literacia.
Tolerante até.
O douto Salgueiro exalou estupidez.
E que me deixou aprisionado por esta não ser singular neste país.
E a estupidez aprisiona.
Fonte:
Telejornal, RTP1, dia 2 de Dezembro de 2009

Natura nusquam magis est tota quam in minimis

Natura_minimis.jpgNatura nusquam magis est tota quam in minimis
Plínio, o Velho (23-79 d.c.)
“em parte alguma encontramos a natureza na sua totalidade como nas suas mais pequenas criaturas”
(in O Polegar do Panda, S.J. Gould, Gradiva, 2002)
Imagem:
daqui