PALEOPUBLICIDADE
Nada como ver os colegas em anúncios…Xu Xing e a Toyota…
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GENTE MINHA
Pinta-se-me o regresso a Casa de cores de alegria pois a gente voltou.
Tal como Agosto na aldeia, os meus emigrantes voltam a casa no Natal. São diferentes daqueles dos anos 60.
Já não vivem nos guetos, físicos e mentais.
Apropriam-se dos seus refúgios e trazem-nos para Casa.
Foram e voltam pelos mesmos motivos.
Alegram-me o regresso.
Dá vontade de partir só pelo prazer da volta.
Quase se esquece tudo o mais da distância. Como é bom o Natal na minha Casa.
Fora de época, relembrei um texto meu publicado noutras paragens…
Tudo a propósito de parte da minha gente que partiu… Gente que compreende as plantas, ou que produz música ou ainda que fazem vídeos como este…
Imagem – Dorothea Lange ”Migrant Mother” (1936)
ORCAS – CAÇAR NO LIMITE
Como caçar no limite…mas quem não arrisca…
http://www.reuters.com/resources/flash/includevideo.swf?edition=US&videoId=80411
Imagem – Stuart Franklin/Magnum Photos
Video- Reuters
CSI NO HOSPITAL
Antes era a investigação criminal que fazia uso das técnicas médicas através da Medicina Forense.
Agora parece que o crime entrou nos hospitais.
Pesquisadores do Hospital holandês de Daventer foram “requisitar” métodos da investigação criminal para avaliarem riscos de contaminação nos seus laboratórios.
O valioso auxílio vem de uma molécula quimiluminescente, o luminol . O luminol, derivado da anilina, tem sido largamente utilizado na investigação criminal pois é catalisado com o ferro existente na hemoglobina sanguínea. Posteriormente a substância resultante emite luz azul permitindo identifiar vestígios de sangue.
O referido hospital utilizou o luminol para identificar marcas de sangue na sua unidade de hemodiálise e assim diminuir focos de contaminação nessa unidade, como teclados de computador, telefones e (!!) canecas…
REFERêNCIAS – PWM Bergervoet, N van Riessen, FW Sebens and WC van der Zwet. Application of the forensic Luminol for blood and infection control. Journal of Hospital Infection, doi:10.1016/j.jhin.2008.01.026
e aqui, aqui e aqui
IMAGENS – daqui e daqui
TROMBAS NA ÁGUA
Depois disto e disto, só isto para percebermos melhor de onde vieram os Proboscidea, vulgo elefantes e companhia.
Imagem – BBC News
BORBOLETAS NO PÚBLICO
As borboletas do Lagartagis, no Jardim Botânico, vão poder ser observadas na Web, através do site criado pelo jornal Público, onde durante 24 horas elas são as estrelas.
Aqui
Informação recebida de Gabinete de Comunicação e Imagem
Fotografia de Vladimir Nabokov – Philippe Halsman/Magnum Photos
ACORDO ORTOGRÁFICO?
O Google tem mistérios insondáveis.
Um destes dias “veio” ter ao Ciência Ao Natural um pesquisador que buscava informação sobre…astronaltas!
Antes ou depois do acordo ortográfico…?
CHERNES E ORNITORRINCOS
(Publicado no jornal O Primeiro de Janeiro a 18/10/2007)
“A prova de que Deus tem sentido de humor é o ornitorrinco”, Woody Allen
A atribuição de características humanas a seres vivos ou a elementos naturais – antropomorfismo – é recorrente na literatura, pintura ou na linguagem do dia-a-dia. O inverso – zoomorfismo – que é designar ou conceder singularidades animais a pessoas ou instituições humanas, é frequente na vida política portuguesa. O mais recente caso compara a situação do maior partido da posição ao ornitorrinco – Ornithorhynchus anatinus.
Mas quais os motivos pelos quais o ornitorrinco exerce um fascínio tão grande?
Apesar de mamífero, as fêmeas ornitorrinco colocam ovos sendo as crias posteriormente alimentadas com o leite materno. Este animal apresenta ainda a mandíbula semelhante a um bico de pato, morfologia ímpar entre os mamíferos, morfologia que está na justificação etimológica do seu nome científico Ornithorhynchus – focinho de ave.
É esta amálgama de particularidades reptilianas, avianas e mamiferóides que contribuem para que este monotrémato – grupo de mamíferos primitivos a que pertence o ornitorrinco – desempenhe um papel quase mitológico no imaginário colectivo.
Num dos capítulos de “A Feira dos Dinossáurios” do paleontólogo e historiador da Ciência Stephen Jay Gould, é feita a resenha histórica de como os naturalistas dos sécs. XVIII e XIX observavam o ornitorrinco. Primitivo, ineficiente e imperfeito foram alguns dos adjectivos utilizados então para descrever o mamífero australiano.
A Natureza, para aqueles cientistas, deveria apresentar divisões claras e inequívocas na sua diversidade de formas. Estas divisões seriam o resultado da sabedoria divina.
A miscelânea morfológica do ornitorrinco originava, assim, acesos debates não só biológicos mas também teológicos.
Os monotrématos (como o ornitorrinco) divergiram evolutivamente das linhagens de mamíferos marsupiais
(como o canguru) e placentários (como o ser humano) há mais de 100 milhões de anos. Assim, sempre se pensou que estariam desprovidos da fase REM do sono (nos humanos a fase do sono em que se sonha) pois esta seria uma característica moderna. Um estudo de 1998 veio desmentir aquela suposição – o ornitorrinco apresenta sono REM. A quem interessar…O aparente paradoxo, seja político, morfológico ou outro, materializado na forma do ornitorrinco, assenta na errada premissa evolutiva de que os organismos não devem apresentar fusão de características – um animal não deveria colocar ovos e alimentar as suas crias com leite produzido por glândulas mamárias, entre outras.
Gould contrapõe que é precisamente essa amálgama de especificidades que teriam concedido ao ornitorrinco vantagens evolutivas.
Um outro caso de zoomorfismo político envolveu, no passado recente, um conhecido político português e o poema de Alexandre O’Neill:
Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria…
Adivinhem quem é…
Imagens (fontes) – links nas imagens