Rangelices

O sr. Rangel passou os últimos meses a massajar caminho para que lhe dessem um canal de TV.
Propagava o iluminado que um dia arrombou as portas da TSF, alarvidades subservientes como esta ou esta.
Sempre humilhando professores com epítetos como “hooligans” ou “pseudoprofessores”.
Mas não chegou.
Não lhe deram o brinquedo audiovisual.
Ultrajado pela fraca recompensa de tanta devoção canina, Rangel agora morde.
Rangelices.
A não seguir, por pessoas com um mínimo de espinha dorsal.

Imagem – daqui. Adaptado por Luís Azevedo Rodrigues

Marcas

A Icnologia estuda marcas.
De vários tipos.
Mas sempre deixadas por seres vivos.

Imagens – Luís Azevedo Rodrigues – Ann Arbor, Michigan (2005); Ferragudo (2008).

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…nos comentários.

Imagem – daqui

Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve

III Encontro de Professores de Geociências do Alentejo e Algarve
As novas Fronteiras da Geologia
1 e 2 de Maio de 2009
Auditório do Centro Cultural – Vila do Bispo
Acção acreditada com 0,6 créditos.

Informações:
3encontrogeociencias@gmail.com ou
http://www.associacaodpga.org

Dança Sísmica

O conceito parece-me prometedor – fundir a dança e o minimalismo (?) de dados sísmicos.

A Terra toca para nós…


Dançaremos a contento de ambos?

“Technology and art unite to create dance show based on volcanic sounds of the earth

Wednesday 25 March 2009, Cambridge, UK: For the first time ever, a modern dance company has performed to music generated from seismic data, recorded from four volcanoes across three continents. This unique event was facilitated by DANTE, the provider of high speed research and education networks, the two distributed computing projects, Enabling Grids for E-sciencE (EGEE) and E-science grid facility for Europe and Latin America (EELA), as well as CityDance Ensemble, a prestigious company based in Washington, DC.

The dance, titled The Mountain, was part of CityDance Ensemble’s Carbon, a work-in-progress about climate change. Originally presented in sold-out performances on 14 and 15 of March at the Music Centre, Maryland, USA, it is now available to view here. To download the video click here.”

Referência daqui

Imagem – da referência

A Liberdade e a Cardiologista

Abandonei o silêncio penitente a que se remetem os pacientes.
Farto da parede muro-das-lamentações que me tapava a vista, falei.

“E o sal, doutora?”.

Não o meu; o da Assembleia da República.

“Acho que legislaram bem. Apesar de não ser original, já que os teores de sal são já controlados em muitos alimentos…Olhe, até nos refrigerantes eles põem sal!”.

Reforçou o argumento espetando-me o peito com maior intensidade.

“Bem…”, ganhei balanço, entre o desconforto do ecocardiógrafo e um novo quebrar do silêncio asséptico.

“Bem, não se trata só de uma questão de Saúde Pública. É também uma questão de liberdade individual, de escolha pessoal. A seguir vem o quê? A cor dos meus boxers?”.

Agradeci encontrar-me num cardiologista e não num urologista, já que estética cromática é uma lacuna da minha personalidade.

“Liberdade? O sr. sabe o custo para os contribuintes que o consumo excessivo de sal origina? Sabe que o cancro do estômago está intimamente relacionado com teores de sal na urina, que por sua vez reflectem o consumo de sal? É caríssimo, não há dinheiro. É preferível cortar essa pequena liberdade!”.

O miocárdio neste momento deve ter posto a língua de fora porque me perguntou:

“Tem andado a sentir-se bem?”.

Maldita tecnologia, pensei. Não dá a mínima hipótese, qual detector de mentiras.

“Claro que tenho, doutora. O meu dealer salino está em promoções!”.

Imagem – daqui

Ciência? Decida você mesmo…

Na secção Ciência do DN é relatado que o Ministério da Defesa britânico decidiu revelar os segredos de OVNIS que as mentes castrenses de Sua Majestade andaram a ocultar ao mundo.
Apenas um trecho da secção Ciência do DN de hoje:

“Uma dos casos que consta nos dossiês do DI55, e que foi contado pela imprensa britânica, é o de uma mulher que disse ter encontrado um extraterrestre louro e com sotaque escandinavo quando andava a passear o cão.
Esta história(…), ocorreu em Norwich, em Novembro de 1989. A mulher que a protagonizou explicou ter conversado durante dez minutos com um homem louro que lhe explicou que as formas circulares traçadas em alguns campos de cereais eram obra de seres extraterrestres como ele e que o propósito da sua visita era amigável. “

Sugiro outros casos a serem analisados pela referida secção de Ciência:

Freeport Legalizado Por Hordas de Advogados Voadores
ou
200 mil Pessoas Imaginárias
Estes cidadãos surgem esporadicamente e apenas nas mentes de sindicalistas, segundo especialistas. Os delirantes sindicalistas afirmaram, segundo as mesmas fontes, que foram “abduzidos” e regressaram ao convívio dos comuns com ordens precisas de “provocarem ajuntamentos populares”. A Comissão de Festas de Cavernães, declarou à secção de Ciência, vir a contar, num futuro próximo, com estes profissionais da imaginação, vulgo, sindicalistas.
ou
Contentores de Reeducação
Uma especialista do norte do país em fenómenos para-educativos, referiu à secção de Ciência, que estas construções de “último grito tecnológico” facilitam a “lavagem civilizadora de mentes”, uma vez que permitem “aos imberbes nómadas” um contacto privilegiado com “estruturas focalizadoras de energias pedagógicas”.

Notícias de Ciência que poderiam muito bem aparecerem em qualquer jornal diário nacional…
Ou não.

Ver ainda: “Qualquer dia prefiro os Criacionistas”

Imagem – daqui

Paleo humor

Vestígios do primeiro dinossaúrio molestador.
Taradices de outros tempos.
🙂
http://www.theonion.com/content/themes/common/assets/onn_embed/embedded_player.swf?image=http%3A%2F%2Fwww.theonion.com%2Fcontent%2Ffiles%2Fimages%2FPERVERT_DINO_article.jpg&videoid=93917&title=Paleontologists%20Discover%20Skeleton%20Of%20Nature%u2019s%20First%20Sexual%20Predator
Paleontologists Discover Skeleton Of Nature’s First Sexual Predator

Referência – dica de Gorgul

Espanca

No Dia Mundial da Poesia, o único poema que já soube de cor…

“Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus barcos…

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca… o eco dos teus passos…
O teu riso de fonte… os teus abraços…
Os teus beijos… a tua mão na minha…

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca…
Quando os olhos se me cerram de desejo…
E os meus braços se estendem para ti…”

Florbela Espanca, 1894-1930

Imagem – daqui

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