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… nos comentários.

Don’t be so humble – you are not that great.”

Golda Meir (1898-1978) to a visiting diplomat Israeli (Russian-born) politician

Imagem – Yaakov Saar, retrato de Golda Meir, 1976. “Golda”, Elinor Burkett, Harper Collis e-books, 2008.

O Terceiro Olho

Lobsang Rampa sempre foi um nome que me inspirou enorme desconfiança intelectual, desde tenra idade.
Nunca havia visto um terceiro olho nos que me rodeavam, como era possível que aquele homem com aspecto tresloucado tivesse escrito um livro sobre o invisível?
Quer a capa, quer o título, A Terceira Visão (The Third Eye, 1956), deixavam-me um misto de receio e desdém intelectual, pouco habituais numa criança.
Mais o segundo que o primeiro.

Deambulando bibliograficamente, dei de caras com um verdadeiro terceiro olho.
O vertebrado Xantusia vigilis possui um olho parietal.
O místico Rampa sabia mais de herpetologia do que eu com 10 anos.

«The parietal eye is a photosensory organ connected to the pineal body, active in triggering hormone production (including reproduction) and thermoregulation. It is sensitive to changes in light and dark, it does not form images, having only a rudimentary retina and lens. It is visible as an opalescent gray spot on the top of some lizard’s heads; also referred to as “pineal eye” or “third eye.”»

Citação:
daqui

Imagens:
daqui e daqui

BPN Korsakoff

Dias Loureiro e companhia deveriam ler o artigo abaixo transcrito.
Não que a neurologia seja escape para os tempos conturbados do BPN mas porque o director do Expresso o acusou de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito.
Dias Loureiro não mentiu.
Apenas a realidade que narrou foi a que ele visceralmente viveu.
Ou julga ter vivido.
Dias Loureiro e companhia sofrem de Síndrome de Korsakoff.
O dinheiro foi substituiu o álcool .
Os efeitos inebriantes são semelhantes: amnésia efabulante.

“In a study (…) published by Elsevier in the May 2009 issue of Cortex, researchers found that a patient with severe amnesia reported detailed false memories in answering this type of question («Do you remember what you did on March 13, 1985»).
People with normal memories are unable to answer this type of question because it is beyond their memory capacity. This is the first reported case of a pathological condition that the authors of the article named «Confabulatory Hyperamnesia».

Patient LM (…) is a 68-year-old man, who, following more than 30 years of heavy drinking, developed Korsakoff’s syndrome, a condition characterized by severe amnesia and confabulation, the unintentional production of false memories by amnesic patients who are unaware of their memory deficits.

Patients who confabulate produce more or less plausible false memories answering questions like «What did you do yesterday?» or «How did you spend your last vacation?», but, just like people with normal memory, they answer “I don’t know” to questions like «Do you remember what you did on March 13, 1985».”
daqui

P.S. – Podcast que, entre assunto, descreve o Síndrome de Korsakoff

Imagens – daqui e daqui

Gripe a Metro


Mil e uma maneiras de arranjar um better place.
Ou como uma campanha da Schweppes pode utilizar o tema da gripe A…ou gripe mexicana…

P.S. – a imagem foi publicada no dia 15 de Maio de 2009 no The Times, tendo a marca decidido não continuar a campanha após queixas da embaixada mexicana no Reino Unido.

Campanha – “How to get a seat on the Tube”
Imagem e inspiração – daqui

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…nos comentários.

Imagem – Michel Comte, daqui

Dias assim…

…em que é bom ouvir isto.
Deixando escorregar as críticas à utopia de quem não acredita.

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… nos comentários.

P.S.- obrigado aos twitters esgravatar, mariaarvore, HVelho, vanessaquiterio e Ivan_C, por me terem ajudado na eleição da imagem.

Imagem – daqui

Cara de Livro


A ideia é simples, como a maioria das boas ideias.
Mas não tem nada de facilitismo ou de básico.
Duas portuguesas, a residir na Holanda, decidiram dar nova cara a livros já publicados.
Recriar capas, parece ser o lema, com fotos próprias.
Alguns exemplos estão aqui publicados.
O restante trabalho está no site – r e-cover project.

Declaração de Interesses:
Conheço pessoalmente as autoras; e gosto delas.

Cara de Livro


A ideia é simples, como a maioria das boas ideias.
Mas não tem nada de facilitismo ou de básico.
Duas portuguesas, a residir na Holanda, decidiram dar nova cara a livros já publicados.
Recriar capas, parece ser o lema, com fotos próprias.
Alguns exemplos estão aqui publicados.
O restante trabalho está no site –r e-cover project.

Declaração de Interesses:
Conheço pessoalmente as autoras; e gosto delas.

O Artista

Recriando o poeta, não sei o que sou, mas sei que não sou um artista. Peguei nas palavras e adaptei-as. Porquê? Porque me deu na real gana, ou simplesmente me deu jeito. Não que tivesse sido um acto artístico, mas é uma actividade eminentemente humana. Todos o fazem. Jogar, recriar, manejar palavras.

Vem este devaneio a propósito de algo que recentemente vi na TV e li nos jornais. Leonel Moura, artista plástico, não deseja “ser como os pintores dos séculos XIX e XX”. Legítima aspiração da insatisfação criadora.
E que fez o autor para ascender a esse Olimpo cultural?
Adoptou um robô. O bichano, construído pelo Instituto Superior Técnico (IST), foi alimentado a palavras de Herberto Helder e amestrado para garatujar, qual protoaprendiz de pintor. O toque divino da coisa foi inculcar na natureza robótica um algoritmo que permitiu ao bicho grafar palavras aleatórias do poeta em folhas imaculadas. O artista transportou o ser para museus ou galerias, onde a mascote foi exibida como singularidade moderna.

Mas que raio, não poderia simplesmente a maravilhosa criatura artística de polegar oponível ter copiado Herberto?
Não.
Pelos vistos, para Leonel Moura tudo o que é humano lhe é estranho. Iluminado pelo aconchego mecânico, o artista afirma-se moderno e declarou ao jornal i ser a “sua” obra “um marco na História da Poesia e da Literatura”. O jornal não se deu ao trabalho de entrevistar o verdadeiro obreiro…
Pode ser que seja um marco na História, mas netos meus far-me-ão rolar na cova se se recordarem do artista e do livro, agora editado, com rabiscos da estimável criação do IST.

Como dizia alguém: “não interessa saber fazer; interessa ter o número de quem sabe fazer.” Número de telefone, ou, neste caso, até mesmo número de série, digo eu.
Bastou, então, ligar para o IST, pois, como toda a gente sabe, o Herberto Helder não deve atender telemóveis.
Além disso, uma faca não basta para cortar o fogo criativo do Moura.

Notas:
Herberto Helder

Leonel Moura – “Poesia robótica”

Imagens:
daqui

poema de “Poesia Robótica”