Λεόντιον, Leontium, Leontion, Leontina ou Leôncio de Atenas

Leôncio de Atenas foi uma filósofa que viveu por volta de 300 a.C. e é comumente associada à escola epicurista. Infelizmente, assim como é o caso de muitas filósofas antigas, poucos detalhes sobre sua vida foram preservados, mas sua presença no Jardim de Epicuro, uma comunidade filosófica em Atenas, é reconhecida, e ela é mencionada em fontes antigas, como Diógenes Laércio e Plutarco. Como nos mostra Raquel Wachtler Pandolpho, autora do verbete, Leôncio foi uma pensadora ativa, tendo escrito refutações filosóficas, incluindo uma crítica a Teofrasto, sucessor de Aristóteles. Esse escrito, embora perdido, foi suficiente para que fosse lembrada como uma pensadora audaciosa.

 

Apesar de sua importância filosófica, Leôncio foi retratada diversas vezes ao longo de escritos de sua época de maneira sexista, sendo frequentemente alvo de rumores difamatórios. Essas descrições buscavam diminuir a autoridade de Leôncio e enfraquecer o movimento epicurista como um todo. Contudo, tais acusações não apagaram a relevância de suas ideias, que eram discutidas e respeitadas dentro do círculo epicurista. O verbete nos mostra que Leôncio também foi inclusive mencionada em algumas fontes como possível líder do Jardim, o que sugere sua influência significativa na comunidade filosófica. Ela teria ocupado uma posição de autoridade ou gestão no Jardim, responsabilidade atribuída a pensadores avançados. Sua figura representa não apenas a mulher pensadora que desafiava as normas de seu tempo, mas também a intelectual que contribuiu para a formação e consolidação do pensamento epicurista.

Quer saber mais sobre a vida e a obra de Leôncio de Atenas? Leia o verbete aqui e acesse a entrevista com a autora aqui!

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