Russian blues
Bebês processam cores primariamente com o hemisfério direito do cérebro, de forma "pura", enquanto adultos o fazem com o lado esquerdo, nos centros de linguagem, segundo o trabalho: Categorical perception of color is lateralized to the right hemisphere in infants, but to the left hemisphere in adults.
Como a Wired comenta, o estudo é especialmente interessante frente a outros achados, como de que a linguagem de fato parece influenciar nossa percepção das cores. Estudos indicam, por exemplo, que aqueles que falam russo possuem maior capacidade de distinguir tons de azul que, aos falantes de outras línguas, são designados pela mesma cor.
Por outro lado, em japonês, por exemplo, azul e verde ainda hoje podem ser classificados como a cor "aoi".
Discussão - 2 comentários
Isso significa que Steven Pinker estava errado?
Não sou habilitado a opinar com nenhuma autoridade, Patola, mas acredito que esses estudos indicam que a percepção de cores, embora hardwired no cérebro — há evidências disto — também está sujeita a alguma flexibilidade de cultura.
O que só reforça como o cérebro e o processo de percepção e consciência não são nada preto no branco…
Abraço