Telescópio de Green Bank
O radiotelescópio original de Green Bank, EUA, construído em 1962, já tinha a sua beleza clássica. Não tão clássico quanto o telescópio Lovell em Jodrell Bank, Reino Unido, mas o de Green Bank preenchia o ideal.
Tudo bem até a fatídica noite de 15 de novembro de 1988, quando aparentemente sem mais nem menos, toda a estrutura desabou. Descobriu-se depois que um elemento estrutural vital havia falhado por fadiga, mas felizmente ninguém se feriu.
E, para tomar o lugar do antigo telescópio, veio um estilo completamente novo, aplicando novas tecnologias, e um incrivelmente atraente. Concluído há pouco, em 2002, o novo radiotelescópio de Green Bank:
O novo radiotelescópio não é uma parabólica convencional. Aqui o foco não está no centro, e sim deslocado, permitindo que o coletor tenha uma visão completamente descobtruída do céu (não muito diferente das antenas de TV digital). Não apenas isso, ele é composto de milhares de elementos independentes, que ajustam levemente seu ângulo para compensar as distorções da estrutura dependendo de para onde ela aponta, permtindo uma precisão inédita em altas freqüências.
E é completamente lindo, claro. Com mais de 100 metros de diâmetro, o telescópio Robert C. Byrd de Green Bank é hoje o maior radiotelescópio de movimento livre do mundo – o famoso telescópio de Arecibo, com 300 metros, aponta sempre apenas para cima –, e também a maior estrutura terrestre em movimento.
Através dele, podem-se fazer coisas como este mapa lunar via radar, onde o transmissor era Arecibo, e Green Bank o receptor. Deve ser um dos mapas mais legais de nosso satélite (clique para baixar também o filme):
Confira mais imagens de Green Bank e outros radiotelescópios em Dark Roasted Blend.
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