Contagem intuitiva
Muitos devem ter ouvido aquela historinha sobre a capacidade de corvos contarem até quatro (consigo rastrear a origem da história pelo menos até Dantzig, 1930 [1]). Corvos são inteligentes [2], mas não sei até que ponto essa história é verdadeira. Papagaios cinzentos africanos, pelo menos, sabem contar [3].
E quanto a humanos? Como se saem em uma comparação numérica instintiva? Aqui tem um teste online para verificar sua habilidade: são exibidas por 200 ms (o tempo de uma piscadela) círculos amarelos e azuis de diferentes tamanhos. É preciso depois indicar qual das duas cores possuía mais bolinhas. Depois de 25 testes, a porcentagem de acertos considerada razoável é de 75%.
É um recurso relacionado com esta reportagem do NY Times: Gut Instinct’s Surprising Role in Math. A reportagem se baseia em um estudo publicado na Nature que mostra que a acuidade numérica não-verbal se correlaciona com o desempenho em testes matemáticos padronizados [4].
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[1]Dantzig 1930 – Number, the language of science. London. George Allen & Unwin, 260 pp.
[2]Emery & Clayton 2004 – The Mentality of Crows: Convergent Evolution of Intelligence in Corvids and Apes. Science 306: 1903-7.
[3]Pepperberg 1994 – Numerical competence in a African gray parrot (Psittacus erithacus). J. Comparative Psychol. 108(1):36-44
[4]Individual differences in non-verbal number acuity correlate with maths achievement
Do Takata, na Ciencialist.
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