Fósseis alienígenas podem chegar à Terra

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A cápsula espacial Foton-M3 vista acima retornou são e salva, o que não é grande notícia. Ela também retornou abrigando passageiros vivos o que também não seria grande coisa, não fosse o detalhe de que os passageiros eram microscópicos e estavam localizados no seu desconfortável escudo de calor. Nos círculos que podem ser vistos na fotografia acima, cientistas inseriram antes do lançamento amostras de rochas contendo microfósseis e mesmo um tanto de bactérias vivas, Chroococcidiopsis.
Parte do experimento STONE-6, os resultados são animadores e não tão animadores para os entusiastas da teoria de panspermia, segundo a qual a vida na Terra teria sido semada de germes extraterrestres.
Os resultados animadores foram os de que parte das amostras chegou ao solo, depois de uma reentrada na atmosfera a mais de 27.000 km/h e temperaturas acima de 1.700 graus Celsius. Isso incluiu os microfósseis, o que sugere que achados como o famoso meteorito marciano ALH84001 realmente poderiam ser fósseis marcianos que viajaram até nosso planeta.
Já os achados não tão animadores foram os de que as bactérias não sobreviveram. Parafusos no escudo teriam afrouxado, e os microorganismos acabaram carbonizados em temperaturas de 300 a 500 graus. O fato não desprova a idéia de panspermia, mas indica que para que organismos sobrevivam à reentrada devem estar sujeitos a maior proteção que os dois centímetros que as amostras de rocha possuíam.
Referências
Can microfossils in a meteor survive atmospheric entry? (PDF)

Discussão - 1 comentário

  1. O interessante é que microorganismos mais próximos a nós, por exemplo, os que habitam ou habitaram estações espaciais, como a MIR e a ISS,nunca foram estudados.
    Lembro que a queda da estação espacial MIR chegou a despertar interesse, e preocupação, dos especialista exatamente por causa da presença de vários microorganismos existentes nela.
    Em uma notícia de 2001, da agência da France Presse, isso chegou ao grande público:
    Os especialistas do Instituto Russo de Problemas Médicos e Biológicos afirmaram hoje que os micróbios da estação espacial Mir "não representam perigo" para a Terra.
    "Não há perigo derivado dos micróbios", afirmou a chefe do laboratório de microbiologia do instituto, encarregada de controlar o estado de saúde dos cosmonautas russos e do meio ambiente da Mir, Natalia Novikova, citada pela agência russa Itar-Tass.
    Entretanto, Novikova admitiu que "os micróbios que viveram nas naves espaciais têm sido pouco estudados" e que causaram várias vezes danos nos equipamentos técnicos da estação.
    Os especialistas do instituto consideram que há mais de 250 espécies de microrganismos a bordo da Mir.
    Um técnico do Centro Russo de Política Ecológica, Serguei Krichevski, declarou no entanto que havia "grande número de microorganismos agressivos a bordo da estação", que poderiam cair no oceano ou em qualquer lugar do planeta.
    Durante os 15 anos que a Mir está em órbita, os cosmonautas que trabalhavam a bordo da estação nunca sofreram infecções e a taxa de presença de micróbios no ar e na água potável dentro da Mir não supera a norma terrestre, afirmou Novikova.

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