Darwin te Ama

Um homem barbudo que revelou quem somos, de onde viemos e cujas descobertas são essenciais para compreender e definir para onde iremos. Há duzentos anos, em 12 de fevereiro de 1809, nascia Charles Robert Darwin, cuja Teoria da Evolução se mostraria uma das mais poderosas idéias científicas já concebidas – quem somos, de onde viemos e para onde iremos são questões respondidas de forma ainda mais revolucionária porque o são no plural. Darwin descobriu que todos temos uma descendência comum, somos todos parentes, não apenas entre humanos, como entre todos os seres vivos.

Muito oba-oba simplesmente por uma “teoria”? Somos realmente macacos, viemos do puro acaso e iremos para um mundo sem deus onde tudo vale? Afinal, a banana é uma criação divina?

Comemorando o Dia de Darwin no Ano de Darwin, compilamos e resumimos algumas respostas e links variados para entender melhor como Darwin Te Ama.

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Escorregador eletrizante

estatica

Imagem muito boa para não publicar. Explica-se: o atrito entre a roupa do garoto e o plástico do escorregador eletrizou o garoto. O mesmo que ocorre quando você esfrega um pente de plástico com lã e atrai pedaços de papel, ou quando arrasta os pés no carpete e dá um choque em alguém. O cabelo fica assim eriçado porque cada fio fica eletrizado com cargas de mesmo sinal, e como sabemos, elas se repelem.

O que me deu a idéia de criar uma espécie de gerador de Van der Graaf gigante, gigante mesmo, com um monte de crianças subindo e descendo em seu interior agindo como a correia carregando e transportando carga.

Não, eu não tenho filhos, e a idéia de um exército de pupilos andando como hamsters para alimentar uma arma elétrica mortífera gigante me é muito atraente. Mwahahaha.

Johnny Cash – “A Boy named Sue”

Legenda: Meninos com nomes incomuns têm mais chances de cometer crimes.

Mais, em inglês, em MindHacks: Hello, my name is Trouble.

Ciência com Johnny Cash. How cool is that? [Letra e tradução da música aqui]

Como escolher o gráfico certo?

grafico

Gráfico de barras, colunas, linhas, histogramas, tortas, pilhas, bolhas, blocos…?

O gráfico (haha) acima pode ajudar. Clique para ampliá-lo. [via cgr]

Como vencer um debate (sem ter razão)

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A arte de discutir, e discutir de forma a vencer um debate, quer se esteja certo ou errado, por meios lícitos ou ilícitos. Um homem pode estar objetivamente certo, e ainda assim aos olhos de espectadores, e por vezes a seu próprio ver, parecer estar errado”.

É assim que o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) introduz “A Arte da Controvérsia”, onde detalha exatamente as táticas e em sua maior parte as falácias pelas quais se pode vencer um debate “quer se esteja certo ou errado, por meios lícitos ou ilícitos”.

A obra completa, em alemão e inglês, está disponível na íntegra na rede, mas circula também uma lista resumida de “38 maneiras de vencer uma discussão” baseada na obra de Schopenhauer e que deve ser muito esclarecedora.

Reproduzimos a lista traduzida das páginas de Bertoldo Schneider Jr. na continuação.

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Um Jetpack que vale a pena

Ele resume um futuro dourado que nunca chegou: o Jetpack, uma mochila a jato com a qual poderíamos voar pelo mundo. O mais perto que se chegou de tal sonho foram os rocketpacks movidos a peróxido de hidrogênio, com alguns segundos (!) ou no máximo minutos de autonomia. Servem apenas para animar carnaval (ou Olimpíadas ou filmes do James Bond).

No vídeo acima, contudo, você confere um Jetpack que vale a pena, com trilha sonora mais do que apropriada. É o Jetlev Flyer, patenteado pelo americano Raymond Li em 2007 e recém chegado ao mundo dos esportes aquáticos.

Permitindo chegar a uma altura de até 15 metros e velocidades de até 75 km/h, os motores de até 300 cavalos que alimentam a diversão ficam sempre presos ao homem-voador, mas com uma autonomia de até 300 km em distância, o brinquedo até faz algum sentido. Por enquanto só há vídeos no site oficial, que começou a produzir a geringonça neste mês. [via Geeks are Sexy]

Além do “efeito da outra raça”

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Clique para uma versão em maior resolução. Mesmo para mim é difícil reconhecer muita diversidade nos rostos aí. Como comentaram, parece carimbo do Photoshop. Como sou oriental posso dizer isso sem soar racista.

Além do efeito outra raça, isso sugere que há algo em ação por aqui, e algo além de mera maquiagem e penteados uniformizados dos bizarros encontros ultra-nacionalistas da Coréia do Norte.

Pense sobre o assunto: caucasianos parecem exibir uma maior variação de traços. E ninguém menos que o Straight Dope endossa a impressão, embora note que “não exibam a maior variação de todos os traços, apenas alguns mais superficiais – cor e textura de cabelo, cor dos olhos, além de cor da pele que varia de muito clara a quase escura. Quando se trata de altura, por outro lado, caucasianos perdem para africanos, cuja estatura média varia de menos de 1,50m de pigmeus adultos a mais de 1,75m para Batutsis adultos. De forma similar, outras raças exibem maior variação na configuração do nariz, distribuição de gordura corporal e assim por diante”.

Segundo o mesmo onisciente Cecil Adams, “a teoria menos controversa para explicar tal é que caucasianos são a raça mais ‘hibridizada’ – isto é, tiveram a maior adição de genes a seu patrimônio genético como resultado de invasões, migração, tráfico de escravos, etc”. Racialmente explosivo, não?

Pois em um Straight Dope posterior, Adams indicou um estudo de Alvin Goldstein publicado em 1979 que descobriu que rostos de mulheres japonesas mostram maior variação do que os de irlandesas (!). De fato, segundo o estudo, as mulheres japonesas exibiram mais variação do que todos os outros grupos raciais estudados, incluindo negras e brancas. Ah, ciência, sempre destruindo mitos.

Ou não.

“Estudando o trabalho de Goldstein com mais calma, descobrimos que enquanto ele comparou um monte de traços faciais – circunferência da cabeça, altura da testa, “protrusão transversa do nariz” e assim por diante – ele omitiu algumas das características mais óbvias (ainda que efêmeras) como cor, estilo e comprimento do cabelo e tom de pele. Outro cientista social faz mais ou menos o mesmo ponto: ‘[Medidas faciais] podem não ser relevantes para discriminação perceptual, e a cor e estilo do cabelo podem ser usados mais prontamente como pistas de discriminação”.

Isto é, embora as cabeças japonesas medidas variassem mais – de acordo com esse estudo – elas podem estar variando em parâmetros que não são muito utilizados para diferenciar rostos. Um cabelo que varia de castanho para loiro parece uma diferença maior do que alguns centímetros de circunferência de crânio. A questão se torna ainda mais complexa quando se nota que diferentes grupos étnicos, diferentes culturas, podem dedicar mais atenção a determinados traços faciais do que outros, e todos podem diferir entre si. Talvez isto resuma o próprio “efeito da outra raça”: aprendemos a diferenciar rostos de determinada etnia pelos traços que mais os diferem, e sem surpresa, esses traços podem diferir em menor grau em rostos de outra etnia – que, contudo, podem estar variando tanto ou mais em outros traços.

Complicado? Confuso? Afinal, o que concluir? Não se culpe, em resumo pelo visto, dada a complexidade envolvida na questão, estudos científicos ainda não esclareceram a questão de se, além do “efeito da outra raça” os japoneses realmente são mais (ou menos!) parecidos entre si de forma objetiva e não apenas subjetiva. De forma subjetiva o “efeito da outra raça”, já bem documentado, mostra que tendemos a achar os rostos de outras raças (ou outras idades) “todos iguais”.

“Enquanto me desespero destilando 30 anos de pesquisas complexas e comumente contraditórias em uma ou duas sentenças, há motivos para acreditar que tanto fatores subjetivos quanto objetivos figuram na impressão comum de que pessoas de outras raças são todas parecidas”. E já que esta nota é pouco mais que um comentário sobre a pesquisa de Adams, encerremos com seu comentário sobre a questão racial aqui:

“A igualdade racial é dificilmente promovida insistindo que diferenças entre grupos não existem. Mesmo uma questão aparentemente elementar como identificar faces envolve um jogo sutil entre o que vemos e o que percebemos”, termina Adams. Tão poucos estudos sobre diferenças objetivas entre grupos étnicos, em contraponto à relativa abundância sobre o “efeito da outra raça”, centrando-se em um relativismo e suposta igualdade racial, provavelmente indica questões políticas e ideológicas afetando a pesquisa científica da questão. É notável também que os estudos sobre o efeito da outra raça também pareçam ignorar a possibilidade de que realmente existam diferenças entre a variação de traços faciais entre grupos étnicos.

Afinal, talvez japoneses (ou norte-coreanas) sejam grosso modo todos iguais.

Jardim de areia: Zen, Sísifo e o Dalai Lama

Sisyphus é uma série de instalações de arte de Bruce Shapiro onde uma esfera de aço move como por mágica sobre areia, criando belos padrões que são então rapidamente apagados pela mesma esfera. Do artista:

“Observando os caminhos de areia sendo lenta e metodicamente criados, apenas para serem apagados e refeitos, lembrei-me do mito de Sísifo, um homem condenado eternamente a rolar uma rocha colina acima apenas para descobrir no dia seguinte que ela rolou de volta ao início”.

A mágica é em verdade concretizada controlando a esfera de aço com um eletroímã em movimento abaixo da mesa, em um design surpreendentemente simples. Além da mitologia grega, a obra remete aos jardins do Zen budismo ou as Mandalas de areia tibetanas.

Construa as reflexões religiosas ou filosóficas que se queira, a arte tecnológica aplicando ciência de Shapiro é inspiradora e hipnotizante enquanto observamos a esfera mover-se e criar – e destruir – os padrões elaborados. Sisyphus II está em exibição no Learning Technology Center do Museu de Ciência de Minnesota, EUA, enquanto o Sisyphus III foi instalado no Technorama, no Centro de Ciência da Suíça próximo de Zurique.

Continue lendo para mais vídeos, imagens e links da série Sisyphus e outras obras curiosas de Bruce Shapiro.

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